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Kroton lucra quase 17% menos no 3º trimestre com queda em receita

Grupo registrou uma queda no lucro líquido ajustado do terceiro trimestre em comparação com o mesmo período de 2017

Imagem de arquivo da Kroton: As despesas operacionais cresceram 4,4 por cento, para 145,3 milhões de reais (Germano Lüders/EXAME/Exame)

Imagem de arquivo da Kroton: As despesas operacionais cresceram 4,4 por cento, para 145,3 milhões de reais (Germano Lüders/EXAME/Exame)

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Reuters

Publicado em 9 de novembro de 2018 às 11h17.

São Paulo - A Kroton Educacional registrou uma queda de 16,9 por cento no lucro líquido ajustado do terceiro trimestre ante igual período de 2017, para 440,4 milhões de reais, pressionada pelo aumento dos níveis de depreciação derivado dos investimentos maiores, bem como por queda na receita e despesas mais altas.

Sem considerar itens não recorrentes, a amortização do intangível e efeito líquido da emissão de debêntures, o lucro líquido caiu 22,9 por cento, para 347,8 milhões de reais no terceiro trimestre na comparação anual, de acordo com balanço divulgado nesta sexta-feira.

O desempenho operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado recuou 7,2 por cento, para 535,4 milhões de reais. Sem ajustes, o Ebitda caiu 13,4 por cento, para 471,2 milhões de reais.

"A redução de rentabilidade verificada neste ano é consequência das pressões oriundas da mudança no perfil dos alunos na base, com um maior nível de provisionamento para suportar os produtos de parcelamento, além da manutenção de um ambiente econômico desafiador e do aumento de custos e despesas referentes às novas unidades", informou a Kroton no balanço.

Mesmo assim, o maior grupo de ensino superior do país reforçou a expectativa de que o resultado do ano ficará em linha com as previsões (guidance).

As despesas operacionais cresceram 4,4 por cento, para 145,3 milhões de reais, com movimento puxado pelo aumento de 9,7 por cento nas despesas com pessoal.

Entre julho e setembro, a empresa conseguiu reduzir os gastos para provisão de créditos de liquidação duvidosa, que tinha afetado negativamente o resultado do segundo trimestre, em 6,3 por cento ano a ano e em 15,2 por cento na comparação trimestral.

A receita líquida somou 1,25 bilhão de reais, queda de 5,5 por cento em relação ao terceiro trimestre do ano passado e de 18 por cento sobre o segundo trimestre, refletindo venda de ativos, redução no número de alunos e maior pressão do tíquete de entrada.

A empresa destacou que, "apesar das dificuldades econômicas e o cenário concorrencial bastante desafiador", conseguiu um resultado "bastante sólido" na captação do segundo semestre de 2018, tanto no segmento presencial quanto no ensino à distância (EAD).

Conforme adiantado em meados de outubro, a Kroton adicionou 183,3 mil novos alunos de graduação presencial e EAD, um avanço de 2,6 por cento na comparação anual. Apesar disso, a base total de alunos encolheu 2,8 por cento ao fim de setembro ante igual período de 2017, para 871.243, após queda de 4,2 por cento nas rematrículas, alta de 8,3 por cento nas formaturas do primeiro semestre e evasão maior no EAD.

A Kroton elevou em 9,7 por cento os investimentos no terceiro trimestre, para 121 milhões de reais, dos quais 35 por cento foram destinados a obras e benfeitorias e 39 por cento ao desenvolvimento de conteúdo, sistemas e licenças de software.

O resultado financeiro foi positivo em 5,4 milhões de reais entre julho e setembro, queda de 77,8 por cento ante o mesmo trimestre do ano anterior.

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