Kingdom, do príncipe Alwaleed, supera Berkshire, de Buffett
Uma alta de cinco meses da Kingdom Holding Co. está apoiando o investimento recorde da pessoa que se autoproclama o “Warren Buffett da Arábia Saudita”
Da Redação
Publicado em 11 de fevereiro de 2014 às 14h22.
Londres e Dubai - Uma alta de cinco meses da Kingdom Holding Co. está apoiando o investimento recorde do príncipe Alwaleed bin Talal Al Saud, a 18ª pessoa mais rica do mundo, que se autoproclama o “ Warren Buffett da Arábia Saudita”.
As recentes apostas de Alwaleed na empresa de microblog Twitter Inc., com sede em São Francisco, e na firma de varejo on-line JD.com Inc., com sede em Pequim, além de potenciais ofertas públicas das empresas de hotelaria Four Seasons Hotels Inc. e Fairmont Hotels Resorts Inc., ajudaram a reverter uma queda que arrastou para baixo sua holding de capital aberto desde a crise financeira global de 2008.
“Nós temos tesouros escondidos, muitos ativos valiosos que não são negociados publicamente”, disse Alwaleed, 58, por telefone, de Crans-Montana, Suíça, onde ele passa férias com sua família. “Eles estão avaliados entre US$ 11 bilhões e US$ 12 bilhões e o mercado poderia avaliá-los em mais que o dobro disso”.
A Kingdom, 95 por cento controlada por Alwaleed, subiu 52 por cento desde 3 de setembro, mais que o triplo do retorno do índice Standard Poor’s 500 no período. O salto aumentou seu patrimônio líquido em 26 por cento, ou US$ 6,6 bilhões, segundo o índice Bloomberg Billionaires, enquanto a fortuna de Buffett e as ações de sua Berkshire Hathaway Inc. ficaram estagnadas.
Buffett é a quarta pessoa mais rica do mundo, com uma fortuna avaliada em US$ 57,8 bilhões. A liderança do bilionário no ranking da Bloomberg está a salvo, segundo Alwaleed, que disse não esperar passar seu “modelo” tão cedo.
A ascensão de Alwaleed ocorre após equívocos anteriores em investimentos, incluindo a venda de ações da Apple Inc. em 2005, a manutenção de papéis da Citigroup Inc. durante a crise financeira e a perda de US$ 200 milhões após aportar recursos na WorldCom Inc., em 2000.
“Como ele mesmo admite, o príncipe faz escolhas boas e ruins”, disse Riz Khan, autor de “Alwaleed: Businessman, Billionaire, Prince” (“Alwaleed: Homem de negócios, bilionário, príncipe”, na tradução livre), uma biografia publicada em 2005. “Contudo, sua tomada de decisões se baseia muito em informações e análises de longo prazo”.
Steve Jobs
Em 2005, Alwaleed vendeu a maior parte da participação na Apple que ele adquiriu em 1997, e disse à Bloomberg News em uma entrevista que todos os incrementos promovidos pelo iPod e por esforços de Steve Jobs “já haviam sido somados ao preço”.
O bilionário se recusou a chamar de engano a venda das ações da Apple e disse que investiu esses recursos em projetos imobiliários sauditas que igualaram o retorno de sete vezes da Apple ao longo dos oito anos. Avaliar as propriedades sauditas é difícil porque as transações de terras na Arábia Saudita não são tributadas ou informadas pelo governo.
De seu preço de oferta em 29 de julho de 2007, de 10,25 riais sauditas (US$ 2,73), a Kingdom deu retorno de 134 por cento, contra 269 por cento da Apple. A empresa responde por mais de dois terços da fortuna de US$ 32 bilhões de Alwaleed, segundo o ranking da Bloomberg.
O valor de mercado da empresa é ocultado pelo fato de que apenas 5 por cento de suas ações são negociadas e, segundo dados coletados pela Bloomberg, nenhum analista cobre a empresa.
Desde setembro, a antecipação da oferta pública da Twitter Inc. foi parcialmente responsável pela subida da Kingdom, segundo Alwaleed. A Twitter Inc. teve uma queda recorde de 24 por cento no dia 7 de fevereiro após seu primeiro relatório de lucros desde que mostrou uma desaceleração do uso da ferramenta e do crescimento do número de usuários. Em dezembro, Alwaleed disse que o valor de sua participação na Twitter Inc. havia quadruplicado para US$ 1,2 bilhão.
“Nós estamos impulsionando todas as empresas nas quais investimos -- Four Seasons, Fairmont, JD.com, todos os projetos na Arábia Saudita -- para a monetização”, disse Alwaleed. “Eu não quero usar o termo IPO, monetização. Isso poderia significar tornar-se pública, poderia significar fusões e aquisições. Essas empresas são joias e são nomes realmente incríveis em suas arenas”.
Londres e Dubai - Uma alta de cinco meses da Kingdom Holding Co. está apoiando o investimento recorde do príncipe Alwaleed bin Talal Al Saud, a 18ª pessoa mais rica do mundo, que se autoproclama o “ Warren Buffett da Arábia Saudita”.
As recentes apostas de Alwaleed na empresa de microblog Twitter Inc., com sede em São Francisco, e na firma de varejo on-line JD.com Inc., com sede em Pequim, além de potenciais ofertas públicas das empresas de hotelaria Four Seasons Hotels Inc. e Fairmont Hotels Resorts Inc., ajudaram a reverter uma queda que arrastou para baixo sua holding de capital aberto desde a crise financeira global de 2008.
“Nós temos tesouros escondidos, muitos ativos valiosos que não são negociados publicamente”, disse Alwaleed, 58, por telefone, de Crans-Montana, Suíça, onde ele passa férias com sua família. “Eles estão avaliados entre US$ 11 bilhões e US$ 12 bilhões e o mercado poderia avaliá-los em mais que o dobro disso”.
A Kingdom, 95 por cento controlada por Alwaleed, subiu 52 por cento desde 3 de setembro, mais que o triplo do retorno do índice Standard Poor’s 500 no período. O salto aumentou seu patrimônio líquido em 26 por cento, ou US$ 6,6 bilhões, segundo o índice Bloomberg Billionaires, enquanto a fortuna de Buffett e as ações de sua Berkshire Hathaway Inc. ficaram estagnadas.
Buffett é a quarta pessoa mais rica do mundo, com uma fortuna avaliada em US$ 57,8 bilhões. A liderança do bilionário no ranking da Bloomberg está a salvo, segundo Alwaleed, que disse não esperar passar seu “modelo” tão cedo.
A ascensão de Alwaleed ocorre após equívocos anteriores em investimentos, incluindo a venda de ações da Apple Inc. em 2005, a manutenção de papéis da Citigroup Inc. durante a crise financeira e a perda de US$ 200 milhões após aportar recursos na WorldCom Inc., em 2000.
“Como ele mesmo admite, o príncipe faz escolhas boas e ruins”, disse Riz Khan, autor de “Alwaleed: Businessman, Billionaire, Prince” (“Alwaleed: Homem de negócios, bilionário, príncipe”, na tradução livre), uma biografia publicada em 2005. “Contudo, sua tomada de decisões se baseia muito em informações e análises de longo prazo”.
Steve Jobs
Em 2005, Alwaleed vendeu a maior parte da participação na Apple que ele adquiriu em 1997, e disse à Bloomberg News em uma entrevista que todos os incrementos promovidos pelo iPod e por esforços de Steve Jobs “já haviam sido somados ao preço”.
O bilionário se recusou a chamar de engano a venda das ações da Apple e disse que investiu esses recursos em projetos imobiliários sauditas que igualaram o retorno de sete vezes da Apple ao longo dos oito anos. Avaliar as propriedades sauditas é difícil porque as transações de terras na Arábia Saudita não são tributadas ou informadas pelo governo.
De seu preço de oferta em 29 de julho de 2007, de 10,25 riais sauditas (US$ 2,73), a Kingdom deu retorno de 134 por cento, contra 269 por cento da Apple. A empresa responde por mais de dois terços da fortuna de US$ 32 bilhões de Alwaleed, segundo o ranking da Bloomberg.
O valor de mercado da empresa é ocultado pelo fato de que apenas 5 por cento de suas ações são negociadas e, segundo dados coletados pela Bloomberg, nenhum analista cobre a empresa.
Desde setembro, a antecipação da oferta pública da Twitter Inc. foi parcialmente responsável pela subida da Kingdom, segundo Alwaleed. A Twitter Inc. teve uma queda recorde de 24 por cento no dia 7 de fevereiro após seu primeiro relatório de lucros desde que mostrou uma desaceleração do uso da ferramenta e do crescimento do número de usuários. Em dezembro, Alwaleed disse que o valor de sua participação na Twitter Inc. havia quadruplicado para US$ 1,2 bilhão.
“Nós estamos impulsionando todas as empresas nas quais investimos -- Four Seasons, Fairmont, JD.com, todos os projetos na Arábia Saudita -- para a monetização”, disse Alwaleed. “Eu não quero usar o termo IPO, monetização. Isso poderia significar tornar-se pública, poderia significar fusões e aquisições. Essas empresas são joias e são nomes realmente incríveis em suas arenas”.