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Justiça decide soltar Pedro Faria, ex-presidente da BRF

Joesley Batista. da J&F, também teve a prisão preventiva revogada hoje

Pedro Faria: ele estava preso desde a última segunda-feira, após a operação Trapaça da Polícia Federal (Ana Paula Paiva/Agência O Globo)

Pedro Faria: ele estava preso desde a última segunda-feira, após a operação Trapaça da Polícia Federal (Ana Paula Paiva/Agência O Globo)

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Da Redação

Publicado em 9 de março de 2018 às 19h03.

Última atualização em 10 de março de 2018 às 10h14.

Pedro Faria — ex-presidente da empresa de alimentos BRF — e Joesley Batista — acionista da grupo J&F — voltaram a conhecer a liberdade nesta sexta-feira.

Faria estava preso desde a última segunda-feira, após a operação Trapaça da Polícia Federal. O executivo teria encoberto fraudes em amostras laboratoriais que identificavam a bactéria salmonella em amostras de frango.

O juiz federal André Wasilewski Duszczak entendeu que havia a necessidade de prorrogar a prisão temporária uma vez que Faria está fora da empresa e não teria como atrapalhar as investigações.

Em e-mails interceptados pela PF, Faria, ao saber de uma ação trabalhista em que uma funcionária denunciava a falsificação dos testes, escreve que a BRF sempre tomava “bucha nos mesmos lugares” e pedia “medidas drásticas”. Para o Ministério Público, o executivo tentou esconder o problema. Em sua defesa, Faria disse que “medidas drásticas” se referem a demissões para a solução do problema.

Já Joesley, preso desde de setembro em São Paulo, teve a prisão preventiva revogada pelo juiz Marcus Vinícius Reis Bastos, da 12ª Vara Federal de Brasília. Como justificativa para libertá-lo, o juiz alegou o “induvidoso excesso de prazo da prisão cautelar”. Ele também argumentou que o empresário tem residência e atividades fixas, o que justifica que tenha a prisão revogada.

Joesley estava preso pelo processo em que é acusado de mentir em seu acordo de delação premiada com a Procuradoria-Geral da República. Em fevereiro, ele já havia conquistado um habeas corpus pelo Superior Tribunal de Justiça no processo em que responde pelo uso de informações da própria delação para obter vantagens indevidas na Bolsa de Valores de São Paulo. Mas na ocasião, apenas seu irmão, Wesley Batista, foi solto, uma vez que só pesava contra este uma ordem de prisão. Joesley continuou preso em virtude do primeiro processo.

Nesta sexta, as ações do frigorífico JBS, controlado pela J&F, subiram 4,49%. As ações da BRF fecharam o dia em alta de 6,11%.

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