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Jeep Renegade acelera crescimento enquanto mercado dá ré

Lançado no início do ano passado, o Renegade já está entre os 10 carros mais vendidos no país

Renegade: Lançado no início do ano passado, o Renegade já está entre os 10 carros mais vendidos no país (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2016 às 14h46.

São Paulo - No último ano, o Jeep Renegade fez algo que quase nenhum outro veículo conseguiu. As vendas do modelo aceleraram enquanto o mercado estava dando ré.

Lançado no início do ano passado, o carro já está entre os 10 mais vendidos no país. No acumulado do ano, as vendas chegaram a quase 35.000, crescimento de 135%. A montadora Jeep está em 9º lugar e números de vendas, com 3,22% do mercado. No ano passado, ela não aparecia no ranking.

Segundo especialistas ouvidos por Exame.com, o carro teve sucesso porque chegou na hora certa, do jeito certo. Entre os fatores que contribuíram para isso, estão a pesquisa da Fiat Chrysler, dona da Jeep, para acertar o que o público estava buscando e o crescimento rápido da rede de concessionárias.

O SUV foi visto pela companhia como um carro amado pelos brasileiros, mas com poucas opções no mercado. Em 2014, as vendas totais de SUVs representaram 10% do mercado. No ano passado, esse percentual passou de 14% e neste ano já está perto de 18%, afirmou Rogério Villaça, diretor da Jeep para América Latina.

Fábrica e concessionárias

Depois de decidir o produto que seria feito no Brasil, a Fiat anunciou em 2014 que iria construir uma fábrica completamente nova em Goiana, Pernambuco. Com R$ 7 bilhões em investimentos, a planta começou a produção em fevereiro do ano passado.

É a unidade fabril mais moderna do grupo em todo o mundo. Lá também é produzida a picape Toro, da Fiat.

O alto investimento na fábrica também representou um grande risco para a montadora, já que ela não tinha muito espaço para errar. "A estratégia da Jeep foi no mínimo audaciosa. Uma fábrica desse tamanho não pode ficar parada ou vender pouco. Por isso, ela estudou muito bem a linha de produtos que iria lançar", afirmou Fernando Calmon, jornalista especialista no setor automotivo.

O risco se tornou ainda maior com a crise do setor automotivo, que não estava nos planos da montadora no início da construção da fábrica.

"As vendas são muito boas para o cenário atual. Mas por conta da crise o retorno do investimento vai demorar dois anos a mais do que havia sido previsto", afirmou Raphael Galante, consultor na Oikonomia Consultoria Automotiva.. "Ainda há muito potencial de crescimento".

Para dar vazão à produção da fábrica, a Jeep buscou expandir a sua rede de concessionárias. No final de 2014, eram 45 concessionárias. Um ano depois, eram quase 200 pontos de venda da marca Jeep.

Como a loja Jeep é mais exclusiva e diferenciada, a companhia se esforçou para passar os conceitos da marca. "Demos preferência a grupos que já eram da rede Fiat, mas com a condição de montar lojas independentes, com estruturas e equipes separadas, mesmo que elas ficassem uma ao lado da outra", afirmou Villaça, da Jeep.

O futuro será mais disputado para o Renegade. Enquanto por 10 anos um dos únicos modelos de SUV no Brasil era o Ecosport, novos concorrentes surgiram, como o Duster, HR-V e o novo Kicks, da Nissan, afirma Fernando Calmon.

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São Paulo - No último ano, o Jeep Renegade fez algo que quase nenhum outro veículo conseguiu. As vendas do modelo aceleraram enquanto o mercado estava dando ré.

Lançado no início do ano passado, o carro já está entre os 10 mais vendidos no país. No acumulado do ano, as vendas chegaram a quase 35.000, crescimento de 135%. A montadora Jeep está em 9º lugar e números de vendas, com 3,22% do mercado. No ano passado, ela não aparecia no ranking.

Segundo especialistas ouvidos por Exame.com, o carro teve sucesso porque chegou na hora certa, do jeito certo. Entre os fatores que contribuíram para isso, estão a pesquisa da Fiat Chrysler, dona da Jeep, para acertar o que o público estava buscando e o crescimento rápido da rede de concessionárias.

O SUV foi visto pela companhia como um carro amado pelos brasileiros, mas com poucas opções no mercado. Em 2014, as vendas totais de SUVs representaram 10% do mercado. No ano passado, esse percentual passou de 14% e neste ano já está perto de 18%, afirmou Rogério Villaça, diretor da Jeep para América Latina.

Fábrica e concessionárias

Depois de decidir o produto que seria feito no Brasil, a Fiat anunciou em 2014 que iria construir uma fábrica completamente nova em Goiana, Pernambuco. Com R$ 7 bilhões em investimentos, a planta começou a produção em fevereiro do ano passado.

É a unidade fabril mais moderna do grupo em todo o mundo. Lá também é produzida a picape Toro, da Fiat.

O alto investimento na fábrica também representou um grande risco para a montadora, já que ela não tinha muito espaço para errar. "A estratégia da Jeep foi no mínimo audaciosa. Uma fábrica desse tamanho não pode ficar parada ou vender pouco. Por isso, ela estudou muito bem a linha de produtos que iria lançar", afirmou Fernando Calmon, jornalista especialista no setor automotivo.

O risco se tornou ainda maior com a crise do setor automotivo, que não estava nos planos da montadora no início da construção da fábrica.

"As vendas são muito boas para o cenário atual. Mas por conta da crise o retorno do investimento vai demorar dois anos a mais do que havia sido previsto", afirmou Raphael Galante, consultor na Oikonomia Consultoria Automotiva.. "Ainda há muito potencial de crescimento".

Para dar vazão à produção da fábrica, a Jeep buscou expandir a sua rede de concessionárias. No final de 2014, eram 45 concessionárias. Um ano depois, eram quase 200 pontos de venda da marca Jeep.

Como a loja Jeep é mais exclusiva e diferenciada, a companhia se esforçou para passar os conceitos da marca. "Demos preferência a grupos que já eram da rede Fiat, mas com a condição de montar lojas independentes, com estruturas e equipes separadas, mesmo que elas ficassem uma ao lado da outra", afirmou Villaça, da Jeep.

O futuro será mais disputado para o Renegade. Enquanto por 10 anos um dos únicos modelos de SUV no Brasil era o Ecosport, novos concorrentes surgiram, como o Duster, HR-V e o novo Kicks, da Nissan, afirma Fernando Calmon.

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