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JBS, sob pressão, paralisa fábricas

A crise dos frigoríficos brasileiros ganha novo capítulo nesta segunda-feira, quando a JBS inicia férias coletivas em quatro unidades no Mato Grosso. O motivo é a queda de faturamento em razão dos embargos temporários à carne brasileira após a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. Os abates estão suspensos em 10 unidades de São Paulo, Mato Grosso […]

JOESLEY BATISTA: o empresário, envolvido em escândalos, deixou o conselho de administração de sua holding / Daniela Toviansky
DR

Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2017 às 06h34.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h50.

A crise dos frigoríficos brasileiros ganha novo capítulo nesta segunda-feira, quando a JBS inicia férias coletivas em quatro unidades no Mato Grosso. O motivo é a queda de faturamento em razão dos embargos temporários à carne brasileira após a Operação Carne Fraca, da Polícia Federal. Os abates estão suspensos em 10 unidades de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Goiás e Pará. A empresa conta com exportações para compor 40% de seu faturamento.

Com a Operação Carne Fraca, a JBS se viu no centro de mais um escândalo de corrupção. A investigação faz companhia às acusações de envolvimento no esquema de compra de sentenças do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf) para abater 277 milhões de reais em multas, e também à Operação Greenfield, em que o grupo J&F foi acusado de participação em desvios que podem chegar a 50 bilhões de reais dos quatro maiores fundos de pensão do Brasil.

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O cenário se completa com o pedido de afastamento de Joesley Batista da presidência do Conselho de Administração da J&F, que controla a JBS e a Eldorado Brasil Celulose, citada na Greenfield. Segundo o Ministério Público Federal, o executivo quebrou acordo de depositar 1,51 bilhão de reais em seguro-garantia ou em títulos públicos e tomar medidas de saneamento administrativo na empresa em troca de manter o cargo no grupo.

A semana promete um desenrolar da crise. Segundo a revista VEJA, Joesley ensaia em meio à crise uma delação premiada. Seria possível assim detalhar as relações entre o grupo e o crédito consedido pelo governo federal, via BNDES e FI-FGTS, por exemplo, e detalhar acusação de Lucio Funaro, operador do ex-deputado Eduardo Cunha, de que a JBS lucra com fraudes no ICMS. Segundo a VEJA, o esquema consiste no pagamento de propina a governadores que oferecem uma redução na alíquota do imposto.

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