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Itaú faz planos mais conservadores para 2012

Um dos enfoques será diminuir as despesas não decorrentes de juros em até 8%

Em 2011, 1,144 trilhão de reais de recursos de clientes foram administrados pelo banco Itaú Unibanco (Pedro Zambarda/EXAME.com)

Em 2011, 1,144 trilhão de reais de recursos de clientes foram administrados pelo banco Itaú Unibanco (Pedro Zambarda/EXAME.com)

Tatiana Vaz

Tatiana Vaz

Publicado em 8 de fevereiro de 2012 às 12h11.

São Paulo – Depois do Itaú apresentar o maior lucro de toda a história dos bancos brasileiros, de 14,6 bilhões de reais, em 2011, o banco anunciou hoje pela manhã expectativas mais conservadoras para este ano.

As metas acompanharão o desempenho esperado pelo setor, com base nas estimativas de inflação e crescimento da economia brasileira para 2012. “À medida que a economia retome o crescimento, a qualidade do crédito (aumento de volume, menos inadimplência) retomará também, mais intensamente no segundo semestre”, disse Roberto Setúbal, presidente do banco.

A evolução da carteira de crédito no ano ficou entre 14% e 17% - abaixo dos até 20% estipulados para o ano passado – em 2011, a margem conquistada pela instituição foi de 19,1%. Em 2011, o Itaú teve 1,144 trilhão de reais de recursos de clientes administrados pelo banco Itaú Unibanco.

A evolução da receita de prestações de serviços e resultados com seguros, previdência e capitalização foi estipulada entre 10% e 12% - em 2011, a margem conquistada, de 11,4%, ficou abaixo que a mínima estipulada, de 14%.

Integração concluída

A maior conquista do Itaú no ano foi, segundo Setúbal, a total integração do banco com o Unibanco, concluída no segundo semestre de 2011. Hoje, 100% das plataformas de tecnologia estão integradas e funcionando em um ambiente único.

“Isso nos possibilita simplificar muita coisa dentro do banco e desenvolver novidades tecnológicas para os clientes”, afirma Setúbal. Segundo ele, 30% do tempo dos profissionais de tecnologia do Itaú estavam alocados para a integração entre os bancos e agora eles poderão concentrar os esforços em melhorias e novos produtos para os clientes.

Menos despesas

O banco implantou, no ano passado, um programa rigoroso de controle de despesas não decorrentes de juros, com a meta de 10% a 13%, depois revisada para 8% a 10%. “A redução foi de 9,5% no ano porque o plano foi implantado com atraso e passou a funcionar plenamente no segundo semestre”, afirmou Setúbal.

Para 2012, a redução deve ser mais conservadora de 4% a 8%. “É uma medida que nos ajudará a aumentar o nível de eficiência e que envolve todos os colaboradores do grupo”, disse o executivo. A medida não terá impacto nos investimentos em ações estratégicas, como a de abertura de agências. 

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