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Itália discute bloqueio a possível venda da TIM no Brasil

Segundo fontes, governo italiano estuda uma medida para bloquear uma eventual venda da unidade brasileira


	Pedestres passam em frente a uma loja da TIM em Ipanema, no Rio de Janeiro
 (Lianne Milton/Bloomberg)

Pedestres passam em frente a uma loja da TIM em Ipanema, no Rio de Janeiro (Lianne Milton/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 4 de julho de 2014 às 16h10.

Milão/Londres - O governo italiano estuda uma medida para bloquear uma eventual venda ou fragmentação da unidade brasileira da Telecom Italia, segundo três pessoas familiarizadas com o assunto.

Autoridades italianas podem ampliar um decreto de “poder dourado” adotado em junho, que dá ao governo poder de veto em operações consideradas de interesse nacional, para incluir as companhias de comunicação italianas fora do país, disseram as pessoas que pediram anonimato porque as discussões são confidenciais.

As ações da Telecom Italia caíram até 4,1 por cento em Milão e as da TIM Brasil, até 4,7 por cento em São Paulo.

A administração do primeiro-ministro Matteo Renzi teme que a possível transação envolvendo a rede da TIM Brasil, a segunda maior operadora de telefonia celular do país, prejudique um ativo internacional estratégico, disseram as fontes.

A Telefónica SA da Espanha e a Oi SA estão estudando um possível fatiamento de TIM Brasil, disseram fontes com conhecimento do assunto em maio. O CEO da Telecom Italia, Marco Patuano, é a favor de manter e desenvolver o ativo.

Maior acionista

Uma porta-voz do escritório de Renzi não quis comentar, assim como um porta-voz da Telecom Italia, que tem sede em Milão.

A Telefónica se tornará a maior acionista único da Telecom Italia quando um grupo de investidores que possui 22,4 por cento da operadora for dissolvido ainda neste ano. A Telefónica, que faz parte do grupo Telco SpA, teria uma participação direta de cerca de 15 por cento.

Se em última análise a Itália aprovar uma medida como essa, isso poderia provocar uma avaliação das reguladoras europeias, disse uma das fontes.

No mês passado, o governo ampliou seu poder de veto para transações que envolvem toda a rede de telecomunicações da Itália, além do acesso à rede de energia.

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