Exame Logo

IP planeja ingresso no mercado brasileiro de embalagens

Por André Magnabosco São Paulo - O presidente da International Paper do Brasil (IP), Maximo Pacheco, afirmou hoje que a companhia pretende ingressar no mercado nacional de embalagens, segmento considerado prioritário pelo grupo norte-americano em escala mundial. A entrada nesse mercado, onde faria frente à brasileira Klabin, deverá ocorrer via aquisições ou parcerias com empresas […]

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.

Por André Magnabosco

São Paulo - O presidente da International Paper do Brasil (IP), Maximo Pacheco, afirmou hoje que a companhia pretende ingressar no mercado nacional de embalagens, segmento considerado prioritário pelo grupo norte-americano em escala mundial. A entrada nesse mercado, onde faria frente à brasileira Klabin, deverá ocorrer via aquisições ou parcerias com empresas já em atividade no País.

Veja também

O interesse da IP nesse segmento é antigo. De acordo com executivos do setor, desde o ano passado a companhia realiza pesquisas informais a respeito da aceitação de possíveis clientes sobre o eventual ingresso da International Paper no mercado de embalagens. Esse segmento, juntamente com a área de papéis não revestidos, foi escolhido como prioritário pela companhia, que no ano passado concluiu a aquisição da área de embalagens da Weyerhaeuser por US$ 6 bilhões.

Líder do mercado nacional de papéis não revestidos, com capacidade anual de 1 milhão de toneladas e três fábricas instaladas no Brasil, a IP ainda possui atuação discreta no segmento de embalagens na América Latina, onde opera uma fábrica no Chile. "Nós queremos ter presença no setor de embalagens na América Latina", sintetizou Maximo, durante encontro com jornalistas promovido pela empresa nesta quarta-feira. O evento marcou a despedida do executivo, que deixa a presidência da IP em janeiro de 2010, após seis anos no Brasil. O executivo chileno será substituído por Jean-Michel Ribieras, atual vice-presidente de Papéis para Conversão e Celulose nos Estados Unidos.

Apesar de afirmar que a companhia está atenta a oportunidades em toda a América Latina, Maximo não esconde que o foco deve ser o ingresso no mercado brasileiro, ainda extremamente pulverizado. A Klabin, por exemplo, é a maior fabricante de papelão ondulado do País, mas tem participação de mercado modesta, de aproximadamente 20%.

Enquanto analisa alternativas no segmento de embalagens, a companhia também dá continuidade aos estudos para definir a respeito da viabilidade da ampliação de capacidade da fábrica de papel de Três Lagoas (MS). O projeto, que seria abastecido pela fábrica de celulose da Fibria localizada no mesmo município, encontra como principal barreira o câmbio desfavorável às exportações. Atualmente as vendas externas respondem por 55% dos negócios da IP no Brasil.

Além da questão cambial, a companhia ainda precisa resolver questões tributárias e o perfil de financiamento para viabilizar a construção da nova linha, afirmou Maximo. O projeto, segundo Maximo, tem prazo limite para entrar em operação em fevereiro de 2012, conforme acordado com a Votorantim Celulose e Papel (que juntamente com a Aracruz compõe a Fibria).

Acompanhe tudo sobre:[]

Mais lidas

exame no whatsapp

Receba as noticias da Exame no seu WhatsApp

Inscreva-se

Mais de Negócios

Mais na Exame