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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h40.
São Paulo - A Intelig, empresa de telefonia de longa distância comprada pela TIM Participações em 2009, está negociando parcerias com agentes do setor elétrico para ampliar seu alcance nas grandes cidades do Brasil.
A companhia prevê concluir no final de junho a integração de sua rede com a infraestrutura da operadora celular, gerando ganhos de escala e economia de custos ao grupo.
A Intelig iniciou operações em 2000 e passou anos sob a condição de empresa à venda, enquanto rivais como a Embratel cresceram com a forte expansão do mercado brasileiro de telecomunicações.
Agora, sob a tutela da TIM, a companhia tem meta de triplicar sua receita até 2012, após os 650 milhões de reais registrados em 2009.
Para alcançar o objetivo, o novo presidente da Intelig, Antonino Ruggiero, oriundo da TIM, afirmou nesta quinta-feira que será muito agressivo na oferta de serviços ao varejo e de pacotes de telefonia fixa e móvel para o segmento corporativo.
No varejo, onde a empresa começou como prestadora de telefonia de longa distância nacional e internacional, a Intelig avalia iniciar uma operação de telefonia residencial em 2011, começando por São Paulo, disse Ruggiero, o que colocaria a companhia batendo de frente com o território da Telefônica, do grupo espanhol de mesmo nome.
"Queremos entrar sim (no residencial) no tempo certo. Estamos estudando para o próximo ano", disse o executivo, afirmando ainda que a Intelig está muito atenta ao segmento de renda mais baixa formado pela classe C.
Parte do esforço de aumentar a receita da Intelig envolve também negociações de acordos com 15 a 20 companhias elétricas do país, após a parceria acertada com a AES Eletropaulo em São Paulo para oferta de banda larga pela rede elétrica da distribuidora.
A Intelig recentemente lançou oferta de chamadas de longa distância nacional a 0,10 real o minuto, valor que afirma ser três vezes mais barato que o de competidores, e promoção que inclui ligações gratuitas ilimitadas para celulares da TIM.
No mercado corporativo, a meta é triplicar em dois anos a presença da companhia entre grandes empresas. Atualmente, a Intelig está presente em 20 por cento desse mercado e quer chegar aos 60 por cento em 2012, disse Ruggiero.
Desde o início do esforço de "relançamento" da empresa, a Intelig capturou alguns clientes de peso como grupo Pão de Açúcar e Embraer, disse o executivo. "Nessa carteira de grandes empresas, a TIM tem 83 por cento de penetração, por exemplo", afirmou.
Nesse sentido, Intelig e TIM estão oferecendo pacotes integrados de telefonia fixa e móvel e serviços de dados a empresas, aproveitando a integração das redes que deve gerar melhorias no resultado do grupo no segundo trimestre, disse Ruggiero.
O executivo afirmou que não é intenção do grupo abandonar a marca Intelig e sim buscar uma integração ainda maior das duas operações. Além disso, o código 23 de longa distância da Intelig será mantido junto com o 41 da TIM, pelos menos nos próximos 18 meses, antes que o grupo seja obrigado a devolver um deles para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).