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Injeção de capital torna Panamericano “vendável”, diz FGC

Para o fundo que aportou R$ 2,5 bilhões para tapar o rombo, banco agora é o ativo mais fácil de ser vendido do grupo

Panamericano: fonte do rombo no Grupo Silvio Santos e o mais fácil de ser vendido (Divulgação)

Panamericano: fonte do rombo no Grupo Silvio Santos e o mais fácil de ser vendido (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2013 às 18h01.

São Paulo – Os recursos do Fundo Garantidor de Crédito (FGC) transformaram o Banco Panamericano em um bom ativo para ser vendido pelo Grupo Silvio Santos. A avaliação é do próprio FGC, que considera a eventual venda do banco um caminho para encurtar a quitação da dívida de 2,5 bilhões de reais contraída pelo empresário e apresentador para equilibrar as contas de seu banco.

“Hoje, o Panamericano é o ativo do grupo que pode ser vendido mais rapidamente”, afirmou Gabriel Jorge Ferreira, presidente do conselho de administração do FGC. “Com o aporte de recursos, o banco ficou muito fortalecido”, disse.

A liberação dos recursos do FGC foi feita mediante a emissão de debêntures da Silvio Santos Participações, a holding que controla o grupo. Em troca, o apresentador e empresário concordou em ceder todas as 44 empresas de seu grupo como garantia da operação.

Venda de ativos

O prazo de pagamento dos papéis é de dez anos, com carência de três, mas o contrato contém cláusulas que permitem a quitação antecipada da dívida. Uma das hipóteses previstas é a venda de ativos. “Nesse caso, todos os recursos gerados pela venda devem ser utilizados na amortização da dívida”, afirmou Ferreira.

Das companhias do Grupo Silvio Santos, as estrelas são a emissora SBT, a marca de cosméticos Jequiti, a rede de varejo Baú da Felicidade, e a Liderança Capitalização.

Destas, o SBT é considerado o mais difícil de ser vendido por uma série de razões. A primeira é a legislação brasileira, que impede grupos estrangeiros de controlarem uma emissora de TV. Outra é a própria situação da companhia – hoje, a mais problemática do grupo, com sucessivas perdas.

Ferreira não esconde que a venda de ativos seria bem recebida pelo FGC. “Há um desejo de que essas garantias sejam realizadas num prazo razoável”, afirmou, sem, no entanto, precisar que prazo seria esse. O valor contábil das empresas do Grupo Silvio Santos é de 2,7 bilhões de reais.

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