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Início de produção da OGX dependerá do clima, diz Eike Batista

O clima instável, com chuvas frequentes no Sudeste brasileiro, poderá adiar o primeiro óleo da companhia, sinalizou o empresário após participar de evento no Rio na noite desta segunda-feira

EXAME.com (EXAME.com)
DR

Da Redação

Publicado em 13 de dezembro de 2011 às 20h44.

São Paulo - O começo de produção da OGX , previsto para o final de dezembro, dependerá de melhores condições meteorológicas, disse à Reuters Eike Batista, controlador da petroleira que faz parte de seu conglomerado, o Grupo EBX.

O clima instável, com chuvas frequentes no Sudeste brasileiro, poderá adiar o primeiro óleo da companhia, sinalizou o empresário após participar de evento no Rio na noite desta segunda-feira.

Mas, para o executivo, a data de início da produção, mesmo que atrase algumas semanas, não fará diferença para um projeto de longo prazo.

"Num projeto que vai produzir petróleo por 28 anos, eu lhe pergunto: será que um mês ou quatro, cinco, seis semanas, faz diferença?", questionou o homem mais rico do Brasil ao ser indagado sobre a possibilidade do projeto ser adiado.

Construída em Cingapura, a plataforma OSX 1 atracou no porto do Rio em outubro, com previsão de seguir para a Bacia de Campos entre novembro e dezembro, para iniciar um teste de longa duração (TLD) no campo de Waimea, o primeiro projeto de produção da empresa.


Nesta terça-feira, a plataforma ainda podia ser vista atracada no porto do Rio.

A estimativa da OGX é de uma produção inicial média de 15 mil a 20 mil barris por dia.

Cinco meses após o início do TLD, a expectativa é aumentar o volume para entre 45 mil e 50 mil barris diários, com a interligação de mais dois poços produtores à plataforma.

As ações da OGX, que chegaram a subir quase 1 por cento nesta terça-feira, fecharam em queda de mais de 1,25 por cento.

Vendido para a Shell

Eike lembrou que o petróleo produzido a partir do seu primeiro projeto já tem venda garantida à Shell, independentemente da data em que a produção for iniciada.

A OGX fechou com a petroleira anglo-holandesa a venda de 1,2 milhão de barris de petróleo, quantidade que será dividida em dois carregamentos de 600 mil barris. O preço fechado entre as duas companhias representa um desconto médio de 5,5 dólares em relação ao Brent.

Em valores desta terça-feira, o contrato significaria receita de aproximadamente 123 milhões de dólares para 24 dias de produção quando o TLD de Waimea estiver operando em sua segunda fase, com volume de 50 mil barris/dia.

Vários dos grandes projetos de Eike Batista, como a OGX, receberam grande aporte de investidores, que agora aguardam o desenvolvimento destes negócios.

A OGX alcançou cerca 90 por cento de sucesso exploratório em suas atividades de perfuração, um percentual três vezes superior ao da média mundial. "Isso que temos, nenhuma empresa fez: iniciar produção em dois anos após a descoberta", afirmou recentemente o diretor-geral, Paulo Mendonça.


A meta da empresa de Eike Batista, apresentada ao mercado, é que a produção aumente para 165 mil barris diários em 2013; 730 mil barris em 2015; e 1,38 milhão em 2019.

O empresário foi homenageado nesta segunda-feira pela Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imbiliário (Ademi).

Sem riscos

Na entrevista, Batista afirmou ainda não estar preocupado com eventuais problemas de liquidez como reflexo da crise na zona do euro. Segundo ele, alguns projetos marginais no mercado talvez sofram, mas os do Grupo EBX estariam fora desta classificação.

"Temos todas as nossas linhas de crédito alinhadas a projetos de alta rentabilidade que não param", afirmou. "Não temos projetos marginais."

Mais em conta

O empresário falou também sobre o vazamento de petróleo na Bacia de Campos, afirmando que algumas petroleiras podem ter optado por pagar multas a investir em prevenção de acidentes, já que as penalidades devem custar menos do que o gasto para disponibilizar a infraestrutura necessária para evitar vazamentos.

"Muitas empresas provavelmente decidiram seus investimentos na base do `ah, a multa é tanto, então prefiro não mobilizar e pagar multa?."


"Cabe a todas as empresas manter suas condições de alerta, de stand-by, nos padrões mundiais e nós (OGX) as cumprimos", acrescentou.

Sem acidentes

"Quem vai as praias sao meus filhos. Eu não quero óleo nas praias que meus filhos vão frequentar", disse Eike.

O empresário sugere que parte da arrecadação do governo com royalties e participações especiais seja efetivamente direcionada para o setor, com a aplicação de recursos num plano de contingência para prevenir acidentes e vazamentos. A maioria dos recursos, lembra Eike, é contingenciada, ficando retida no Tesouro.

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São Paulo - O começo de produção da OGX , previsto para o final de dezembro, dependerá de melhores condições meteorológicas, disse à Reuters Eike Batista, controlador da petroleira que faz parte de seu conglomerado, o Grupo EBX.

O clima instável, com chuvas frequentes no Sudeste brasileiro, poderá adiar o primeiro óleo da companhia, sinalizou o empresário após participar de evento no Rio na noite desta segunda-feira.

Mas, para o executivo, a data de início da produção, mesmo que atrase algumas semanas, não fará diferença para um projeto de longo prazo.

"Num projeto que vai produzir petróleo por 28 anos, eu lhe pergunto: será que um mês ou quatro, cinco, seis semanas, faz diferença?", questionou o homem mais rico do Brasil ao ser indagado sobre a possibilidade do projeto ser adiado.

Construída em Cingapura, a plataforma OSX 1 atracou no porto do Rio em outubro, com previsão de seguir para a Bacia de Campos entre novembro e dezembro, para iniciar um teste de longa duração (TLD) no campo de Waimea, o primeiro projeto de produção da empresa.


Nesta terça-feira, a plataforma ainda podia ser vista atracada no porto do Rio.

A estimativa da OGX é de uma produção inicial média de 15 mil a 20 mil barris por dia.

Cinco meses após o início do TLD, a expectativa é aumentar o volume para entre 45 mil e 50 mil barris diários, com a interligação de mais dois poços produtores à plataforma.

As ações da OGX, que chegaram a subir quase 1 por cento nesta terça-feira, fecharam em queda de mais de 1,25 por cento.

Vendido para a Shell

Eike lembrou que o petróleo produzido a partir do seu primeiro projeto já tem venda garantida à Shell, independentemente da data em que a produção for iniciada.

A OGX fechou com a petroleira anglo-holandesa a venda de 1,2 milhão de barris de petróleo, quantidade que será dividida em dois carregamentos de 600 mil barris. O preço fechado entre as duas companhias representa um desconto médio de 5,5 dólares em relação ao Brent.

Em valores desta terça-feira, o contrato significaria receita de aproximadamente 123 milhões de dólares para 24 dias de produção quando o TLD de Waimea estiver operando em sua segunda fase, com volume de 50 mil barris/dia.

Vários dos grandes projetos de Eike Batista, como a OGX, receberam grande aporte de investidores, que agora aguardam o desenvolvimento destes negócios.

A OGX alcançou cerca 90 por cento de sucesso exploratório em suas atividades de perfuração, um percentual três vezes superior ao da média mundial. "Isso que temos, nenhuma empresa fez: iniciar produção em dois anos após a descoberta", afirmou recentemente o diretor-geral, Paulo Mendonça.


A meta da empresa de Eike Batista, apresentada ao mercado, é que a produção aumente para 165 mil barris diários em 2013; 730 mil barris em 2015; e 1,38 milhão em 2019.

O empresário foi homenageado nesta segunda-feira pela Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imbiliário (Ademi).

Sem riscos

Na entrevista, Batista afirmou ainda não estar preocupado com eventuais problemas de liquidez como reflexo da crise na zona do euro. Segundo ele, alguns projetos marginais no mercado talvez sofram, mas os do Grupo EBX estariam fora desta classificação.

"Temos todas as nossas linhas de crédito alinhadas a projetos de alta rentabilidade que não param", afirmou. "Não temos projetos marginais."

Mais em conta

O empresário falou também sobre o vazamento de petróleo na Bacia de Campos, afirmando que algumas petroleiras podem ter optado por pagar multas a investir em prevenção de acidentes, já que as penalidades devem custar menos do que o gasto para disponibilizar a infraestrutura necessária para evitar vazamentos.

"Muitas empresas provavelmente decidiram seus investimentos na base do `ah, a multa é tanto, então prefiro não mobilizar e pagar multa?."


"Cabe a todas as empresas manter suas condições de alerta, de stand-by, nos padrões mundiais e nós (OGX) as cumprimos", acrescentou.

Sem acidentes

"Quem vai as praias sao meus filhos. Eu não quero óleo nas praias que meus filhos vão frequentar", disse Eike.

O empresário sugere que parte da arrecadação do governo com royalties e participações especiais seja efetivamente direcionada para o setor, com a aplicação de recursos num plano de contingência para prevenir acidentes e vazamentos. A maioria dos recursos, lembra Eike, é contingenciada, ficando retida no Tesouro.

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