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Inflação pressiona vendas do Carrefour Brasil e lucro cai no 4º trimestre

O grupo controlado pelo francês Carrefour anunciou nesta terça-feira que seu lucro ajustado do período somou 766 milhões de reais, queda de 13,5% ante mesma etapa de 2020

Loja do Carrefour em São Paulo. (Germano Lüders/Exame)
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Reuters

Publicado em 15 de fevereiro de 2022 às 20h18.

O Carrefour Brasil teve queda do lucro no quarto trimestre, refletindo menores vendas comparáveis, o que o grupo atribuiu à inflação alta, mas previu normalização em 2022.

O grupo controlado pelo francês Carrefour anunciou nesta terça-feira que seu lucro ajustado do período somou 766 milhões de reais, queda de 13,5% ante mesma etapa de 2020.

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O resultado operacional medido pelo lucro antes de impostos, juros, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado foi de 1,757 bilhão de reais entre outubro e dezembro, avanço de 1,4% ano a ano. Mas a margem Ebitda caiu de 8,7% para 8,5%.

A companhia teve no intervalo vendas brutas de 22,78 bilhões de reais, subindo 3,7% ano a ano, com a alta de 6,6% da unidade Atacadão apoiada na abertura de novas lojas, o que se sobrepôs à queda de 5% usando as mesmas bases de comparação. O segmento Carrefour Varejo teve queda de 3,4%.

"Esse desempenho ocorreu em meio a um ambiente macro volátil, marcado pela deterioração do poder de compra do consumidor", afirmou o Carrefour Brasil no relatório.

"A partir de janeiro de 2022, esperamos uma normalização gradual nos níveis de volume e, consequentemente (nas vendas comparáveis) do Atacadão", acrescentou a empresa.

A última linha do resultado ainda foi apoiada por queda de 36,8% nas despesas com imposto de renda e contribuição social, para 230 milhões de reais. A alíquota efetiva caiu de 26,5% para 17,4%, favorecida pelo efeito de decisão judicial declarando inconstitucionalidade da tributação dos valores relativos à taxa Selic recebidos em caso de pagamento indevido de impostos.

Em fato relevante separado, a companhia anunciou aumento da previsão de sinergias esperadas com a compra do Grupo BIG, de 1,7 bilhão para 2 bilhões de reais até 2025.

No mês passado, a Superintendência do órgão antitruste Cade recomendou aprovar a compra do Grupo BIG pela empresa, anunciada em março passado. A decisão final deve ser publicada até junho.

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