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Inadimplência no Santander Brasil recua para 2,8%

Índice apresentou nova melhora no segundo trimestre, encerrando o período em 2,8% ante indicador de 2,9%

Santander: mesmo com recuo positivo, a inadimplência de curto prazo da pessoa jurídica teve piora de 0,2 ponto porcentual no segundo trimestre (Luke MacGregor/Bloomberg)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 25 de julho de 2018 às 11h14.

Última atualização em 25 de julho de 2018 às 11h15.

São Paulo - O índice de inadimplência do Santander Brasil , considerando os atrasos acima de 90 dias, apresentou nova melhora no segundo trimestre, encerrando o período em 2,8% ante indicador de 2,9% nos três meses anteriores. No comparativo anual, foi registrado idêntico desempenho.

De acordo com o Santander Brasil, a inadimplência do segundo trimestre foi o menor patamar histórico já apresentado pela instituição no País. "Esse desempenho é reflexo dos nossos modelos assertivos e gestão preventiva de riscos", acrescenta o banco, em relatório que acompanha as suas demonstrações financeiras.

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O índice de inadimplência pessoa física atingiu 3,8% no período, redução de 0,1 ponto porcentual (p.p.)em 12 meses e aumento de 0,1 p.p. em relação ao trimestre anterior. Já o da pessoa jurídica foi a 1,7%, queda de 0,3 p.p. em ambos os períodos de comparação.

Já o índice de inadimplência do Santander, considerando os atrasos de 15 a 90 dias, encerrou junho em 4,2% ante 4,3% ao término de março. A melhora foi possível graças à pessoa física, cujo indicador ficou em 5,7% ante 6,0%, na mesma base de comparação.

Em contrapartida, a inadimplência de curto prazo da pessoa jurídica teve piora de 0,2 ponto porcentual no segundo trimestre, quando teve a greve dos caminhoneiros no Brasil, ante o primeiro, para 2,4%.

Provisões

As despesas com provisão para devedores duvidosos, as chamadas PDDs, do Santander Brasil somaram R$ 3,181 bilhões de abril a junho, leve queda de 0,72% ante os três meses anteriores, de R$ 3,204 bilhões. Em um ano, quando esses gastos totalizaram R$ 2,907 bilhões, a queda chegou a 9,43%.

As despesas de provisão totalizaram R$ 6,385 bilhões no primeiro semestre de 2018, o que representa um aumento de 7,1% em 12 meses e redução de 0,7% em três meses. "Cabe mencionar que nossa carteira de crédito segue com qualidade evidenciada pelo desempenho de nossos indicadores", destaca o Santander.

O saldo de provisões do banco foi a R$ 18,096 bilhões no segundo trimestre, cifra 5,0% maior em um ano, de R$ 17,229 bilhões. No comparativo trimestral, quando estava em R$ 17,747 bilhões, foi identificada elevação de 2,0%.

Índice de Basileia

O índice de Basileia do Santander Brasil, que mede o quanto um banco pode emprestar sem comprometer o seu capital, ficou em 14,8% no segundo trimestre deste ano, queda de 0,5 ponto porcentual ante os três meses anteriores, de 15,3%. Em um ano, o indicador encolheu 1,7 p.p.

O Santander explica, em relatório que acompanha suas demonstrações financeiras que a variação resulta, principalmente, do impacto sobre as deduções de capital do cronograma de Basileia III que passaram de 80% em 2017 para 100% em 2018.

No trimestre, conforme a instituição, o índice mostrou redução de 0,5 p.p., impactado pela alta do risco de crédito (RWA, na sigla em inglês) no período, devido ao crescimento da carteira de crédito. "Cabe mencionar que o índice supera em 3,8 p.p. a soma dos requerimentos mínimos de Patrimônio de Referência e Adicionais de Capital Principal", destaca o banco, em relatório.

O Santander afirma ainda que a partir do segundo trimestre foi aprovada pelo Banco Central a utilização do modelo interno para Risco de Mercado. Com isso, a apuração desta parcela passa a ser o valor máximo entre a metodologia interna e 90% da abordagem padronizada. Além disso, a instituição diz que desde janeiro de 2018 a exigência de capital foi alterada de 9,25% para 8,625% mais capital de conservação de 1,875% e adicional de importância sistemicamente de 0,5%, totalizando 11%. Com isso, o Capital Nível I atinge 8,375% e o Capital Principal 6,875%.

Já o capital principal do Santander Brasil, ou seja, próprio dos acionistas, foi a 12,4% no segundo trimestre, contração de 0,9 p.p. Em 12 meses e 0,6 p.p. em três meses.

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