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Holcim pede suspensão de fusão com Lafarge

Pedido pressiona empresa francesa a renegociar termos do acordo e coloca em risco plano de criar a maior fabricante de cimento do mundo


	Trabalhadores em distribuidora da Holcim: anunciado em abril de 2014, o acordo previa combinar as empresas em condições de igualdade
 (Kemal Jufri/Bloomberg News)

Trabalhadores em distribuidora da Holcim: anunciado em abril de 2014, o acordo previa combinar as empresas em condições de igualdade (Kemal Jufri/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 16 de março de 2015 às 10h05.

Paris/Zurique - A Holcim pediu nesta segunda-feira a suspensão de sua fusão com a Lafarge, pressionando a empresa francesa a renegociar os termos do acordo e colocando em risco o plano de criar a maior fabricante de cimento do mundo.

Anunciado em abril de 2014, o acordo previa combinar as empresas em condições de igualdade.

Mas, desde então, resultados divergentes, preços das ações e uma valorização do franco suíço em relação ao euro reforçaram a posição da Holcim e levaram seu maior acionista a pressionar publicamente por uma revisão do acordo.

"O Conselho de Administração da Holcim concluiu que o acordo de concentração não pode mais ser buscado em sua forma atual", disse a Holcim, em comunicado, completando que está pronta para tratar tanto da relação de troca de ações como de "questões de governança".

A Lafarge disse em comunicado separado que estava disposta a considerar uma revisão da relação de troca de ações, mas não de outros aspectos do negócio, que foi apresentado como "uma fusão de iguais".

O presidente da Lafarge, Bruno Lafont, se tornaria presidente-executivo da empresa resultante da fusão, mas a Holcim quer mudar o plano anterior, disse uma pessoa familiarizada com a situação.

Um dos dez principais acionistas da empresa disse à Reuters que a composição do Conselho também era um problema, uma vez que o plano original de dividir os assentos igualmente com sete para cada lado já não era justo.

Os acionistas de ambos os grupos ainda têm que ratificar o acordo, e alguns deles no lado da Holcim pediram mudanças, incluindo o investidor Thomas Schmidheiny, que detém uma participação de 20 por cento. (Por Leila Abboud e Oliver Hirt)

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