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Hapvida confirma plano de fusão com Notre Dame Intermédica

Segundo a proposta, os atuais acionistas da Hapvida passariam a deter 53,1% da nova empresa e os do GNDI, 46,9%

(Hapvida/Divulgação)
DG

Denyse Godoy

Publicado em 8 de janeiro de 2021 às 16h32.

Última atualização em 8 de janeiro de 2021 às 19h36.

A operadora de planos de saúde Hapvida confirmou, na tarde desta sexta-feira (8), que apresentou uma proposta ao conselho de administração do Grupo Notre Dame Intermédica (GNDI) para unir os dois negócios.

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A transação havia sido antecipada pelo colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, mais cedo, e as ações das duas dispararam, o que obrigou a Hapvida a mandar um comunicado aos investidores esclarecendo a notícia. Se consumada a fusão, a companhia resultante permaneceria listada na bolsa de valores brasileira B3 , no segmento chamado Novo Mercado, que tem regras de governança rígidas para as empresas.

Segundo a proposta, os atuais acionistas da Hapvida passariam a deter 53,1% da nova empresa e os da Intermédica, 46,9%. A relação de troca considera o preço médio ponderado por volume das ações das duas na B3 no período de 20 dias de negociação imediatamente anteriores a 21 de dezembro de 2020, acrescido de um prêmio de 10%.

A nova empresa seria um gigante nacional no setor da saúde, valendo mais de 100 bilhões de reais. Atualmente, a Hapvida opera em 12 estados do Norte e do Nordeste mais Santa Catarina. A Intermédica, em São Paulo e no Rio de Janeiro. Há, portanto, uma grande complementariedade entre os negócios. Nos últimos meses, com estratégias de expansão agressivas, a Hapvida e a Intermédica andavam disputando espaço em novos estados de interesse, como Minas Gerais.

No entanto, existe uma grande diferença entre as duas operadoras no controle. A família cearense Pinheiro, que fundou a operadora em 1986, tem uma fatia de 70% da Hapvida. Já os principais acionistas da Intermédica são fundos de investimento: o Alkes II, da Bain Capital, tem 1,3%; a gestora americana BlackRock, 5,1%, a Capital Research, 5%, e a Capital World Investors, 4,6%. Com a fusão, o controle ficaria nas mãos da família Pinheiro, como fica claro na composição do conselho de administração da nova empresa segundo a proposta da Hapvida: dois indicados pela Intermédica, dois independentes e cinco indicados pelos acionistas da Hapvida. O atual presidente da Intermédica seria mantido em posição estratégica na companhia resultante, de acordo com o comunicado da Hapvida.

"A potencial transação estará sujeita à aprovação pelos órgãos de administração e pelas bases acionárias das duas companhias, bem como às aprovações regulatórias aplicáveis", disse a Hapvida no documento. "De todo modo, neste momento, não há garantia de que as companhias chegarão a um acordo."

Com o salto das ações hoje, a Hapvida está valendo cerca de 53 bilhões de reais (19,6% mais do que ontem), e o GNDI, 48 bilhões de reais (uma valorização de 22,6%.

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