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Greve fará Air France cancelar 54% dos voos amanhã

A companhia aérea terá que cancelar 54% dos voos devido à continuidade da greve de pilotos

Aviões da Air France: empresa indicou que pretende manter 46% da agenda programada (Jacky Naegelen/Reuters)

Aviões da Air France: empresa indicou que pretende manter 46% da agenda programada (Jacky Naegelen/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de setembro de 2014 às 10h42.

Paris - A companhia aérea Air France terá que cancelar 54% dos voos nesta quarta-feira devido à continuidade da greve de pilotos, que protestam contra os planos de desenvolvimento da filial de baixo custo Transavia.

A empresa francesa indicou em comunicado que pretende manter 46% da agenda programada, levando em consideração que 52% dos pilotos já avisaram que darão prosseguimento à paralisação.

A companhia aconselha os clientes a verificarem na internet se a viagem ainda está agendada antes de saírem para o aeroporto. Também é solicitado que, se possível, as reservas para voos até o dia 30 de setembro sejam alteradas para datas posteriores, sem custos extras, apenas com a condição que haja assentos disponíveis.

O principal sindicato organizador da greve, o Sindicato Nacional de Pilotos de Linha (SNPL), rejeitou na segunda-feira uma proposta da direção que propunha adiar o projeto de desenvolvimento da Transavia para o fim do ano, para dar margem a uma negociação "mais profunda".

Segundo Jean-Louis Barber, presidente do SNPL, a rejeição ocorreu porque o responsável executivo do grupo Air France-KLM, Alexandre de Juniac, divulga as iniciativas de negociação na imprensa, mas muda de posição constantemente perante os sindicatos.

Em declarações ao canal "BFM TV", Barber garantiu que os pilotos querem que Transavia se desenvolva, mas se queixou do modelo que a direção da Air France quer impor. Para ele, o padrão parece similar ao da Easyjet, com contratos de trabalho localizados em países com salários mais baixos e com piores condições do que na França.

De acordo com a empresa, as previsões de lucro para este ano podem ser comprometidas com a greve.

É estimado que a companhia tenha um prejuízo de 10 a 15 milhões de euros para cada dia de paralisação.

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