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Greve está impactando operações relevantes, diz Embraer

Segundo nota, ação de ativistas na porta da fábrica estão "impactando operações relevantes da companhia, causando danos para seus clientes e empregados"

Trabalhadores da Embraer durante uma greve para exigir melhores salários, em São José dos Campos (Roosevelt Cassio/Reuters)

Trabalhadores da Embraer durante uma greve para exigir melhores salários, em São José dos Campos (Roosevelt Cassio/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 7 de novembro de 2014 às 18h07.

São Paulo - A Embraer afirmou em nota divulgada nesta sexta-feira, 7, que a greve na unidade Faria Lima, em São José dos Campos (SP), e a ação de ativistas na porta da fábrica estão "impactando operações relevantes da companhia, causando danos para seus clientes e empregados", e reiterou informação dada ontem de que ainda não é possível avaliar as consequências para os resultados da empresa no ano.

A companhia também reclamou que ativistas estariam impedindo a entrada de trabalhadores que tinham a intenção de entrar na unidade e lamentou a ocorrência de alguns incidentes de agressões e desrespeito aos empregados que manifestaram desejo de entrar para trabalhar.

"O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos não colocou em votação a proposta apresentada pela Fiesp e continuou a cercear o direito de ir e vir pelo uso da força física", afirmou a empresa.

"A Embraer reafirma sua posição de que o direito de escolha dos empregados precisa ser preservado, assim como seu direito constitucional de ir e vir, inclusive de entrar e sair de seu local de trabalho sem qualquer tipo de coação", acrescentou.

Conforme a Embraer, após assembleia com os empregados do segundo turno realizada na tarde da última quarta-feira, 5, aprovar a greve, o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos apenas comunicou aos empregados do primeiro turno e do turno administrativo sobre a paralisação, em assembleia realizada ontem.

A empresa salienta que o número de empregados do segundo turno é significativamente menor que o dos demais turnos. Hoje não houve novas assembleias.

Segundo o sindicato, a proposta de reajuste apresentada pelo grupo patronal não foi colocada em votação nas assembleias porque foi rejeitada já na mesa de negociações, em reunião realizada no último dia 29 de outubro.

As empresas do setor aeroespacial, representadas na negociação pela Fiesp, apresentaram proposta de reajuste de 7,4%.

Nesta sexta, em reunião, as empresas ratificaram sua posição limite em torno da proposta de 7,4% de reajuste, apresentada não apenas ao sindicato de São José dos Campos como também em Gavião Peixoto, Sorocaba e Taubaté.

Os metalúrgicos reivindicam um aumento de 10%.

O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos convocou uma assembleia unificada com os trabalhadores de todos os turnos da Embraer para a próxima segunda-feira, dia 10, às 9h. Segundo a entidade, na reunião será discutido o andamento da mobilização.

Mais cedo, a entidade informou que pediu ao governo federal que interceda em favor dos trabalhadores nas negociações relativas à campanha salarial.

A solicitação foi feita por meio de uma carta enviada nesta sexta-feira ao ministro da Secretaria-Geral da Presidência da República, Gilberto Carvalho, e ao ministro da Defesa, Celso Amorim, pedindo audiência para discutir o assunto.

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