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Governo divulgará detalhes de encontros com empresas de Murdoch

A polícia britânica está analisando um pedido da oposição para investigar alegações de que James, filho de Rupert Murdoch, deu depoimento "equivocado" ao comitê parlamentar

O escândalo abalou a empresa que Rupert Murdoch transformou em império mundial de mídia, após começar no negócio com um jornal na Austrália (Peter Macdiarmid/Getty Images)

O escândalo abalou a empresa que Rupert Murdoch transformou em império mundial de mídia, após começar no negócio com um jornal na Austrália (Peter Macdiarmid/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 25 de julho de 2011 às 16h09.

Londres - Ministros da coalizão do governo britânico, criticados por terem relações muito próximas com o escândalo da News Corp, do magnata Rupert Murdoch, enfrentarão novo escrutínio esta semana quando detalhes de seus encontros com os dirigentes da empresa forem publicados.

O executivo da News Corp James Murdoch, filho do dono do império de mídia, também está sob pressão por seu papel no escândalo de escutas telefônicas que atingiu as empresas de Murdoch e pode pôr em risco sua posição na corporação.

A polícia britânica está analisando um pedido do político oposicionista Tom Watson, do Partido Trabalhista, para investigar alegações de que James, de 38 anos, deu depoimento "equivocado" a um comitê parlamentar na semana passada.

Um outro deputado trabalhista, Chris Bryant, escreveu aos diretores independentes da News Corp pedindo que suspendam tanto James como o pai, de 80 anos, por falharem no exercício do controle apropriado da corporação.

O escândalo, que se concentra no tablóide News of the world, agora extinto, levou à renúncia de dirigentes do alto escalão da News Corp e também custou o emprego de duas autoridades policiais de Londres, depois de serem acusadas de muita proximidade com a empresa.

O primeiro-ministro, David Cameron, também enfrenta a pior crise em seus 15 meses no governo. Ele vem sendo criticado por ter contratado o ex-editor do News of the World Andy Coulson como seu chefe de comunicação.

O ministro das Finanças, George Osborne, seguiu os passos de Cameron nesta segunda-feira ao também lamentar a nomeação de Coulson, que deixou o cargo governamental em janeiro e foi preso no começo deste mês.

"Sabendo o que sabemos agora, nós lamentamos a decisão (de contratar Coulson) e também suspeito que Andy Coulson não assumiria o cargo sabendo o que ele sabe agora", disse Osborne a repórteres, depois de se encontrar com o titular da pasta de Finanças da Índia, Pranab Mukherjee.

O governo vai publicar detalhes das reuniões ministeriais com executivos da News Corp, numa tentativa de dissipar as alegações de que a empresa detinha influência indevida quando as autoridades do país decidiam sobre sua proposta de pagar 12 bilhões de dólares para assumir pleno controle da TV paga BSkyB.

"No que se refere às minhas reuniões com proprietários e editores de todos os jornais, nós vamos muito em breve publicar os detalhes de meus encontros e dos encontros de outros membros do governo", acrescentou Osborne. Cameron já deu detalhe de suas reuniões relacionadas à TV.


TV Bskyb em foco

A News Corp desistiu de sua proposta pela BSkyB e fechou o News of the World -- jornal fundado havia 168 anos -- para tentar aplacar o escândalo depois das alegações de que o tablóide teve acesso ilegalmente a mensagens de celulares de vítimas de crimes, incluindo uma adolescente.

O escândalo abalou a empresa que Rupert Murdoch transformou em império mundial de mídia, após começar no negócio com um jornal na Austrália.

A expectativa é que James Murdoch mantenha o apoio de investidores e diretores independentes da BSkyB -- que ele preside e da qual detém 39 por cento das ações -- quando a empresa anunciar seus resultados finais, na sexta-feira.

James e o pai compareceram a um comitê parlamentar de imprensa na terça-feira passada para responder a questões sobre escutas telefônicas.

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