Governo autoriza Shell a importar GNL de diversos países para o Brasil
A autorização foi concedida pelo Ministério de Minas e Energia à Shell, envolvendo volume total a ser importado de até 36,5 milhões de metros cúbicos em GNL
Reuters
Publicado em 17 de março de 2021 às 16h07.
Última atualização em 17 de março de 2021 às 16h42.
O governo brasileiro autorizou uma unidade local da petroleira anglo-holandesa Shell a realizar importações de gás natural liquefeito ( GNL ) de diversos países mirando o mercado brasileiro.
A autorização foi concedida pelo Ministério de Minas e Energia à Shell Energy do Brasil Gás, envolvendo volume total a ser importado de até 36,5 milhões de metros cúbicos em GNL, segundo publicação no Diário Oficial da União desta quarta-feira.
A permissão para as operações será válida até 31 de março de 2024 e limitada apenas a negócios envolvendo gás liquefeito, de acordo com a portaria publicada pelo ministério.
A Shell apontou que o GNL será transportado por meio marítimo e terá como mercado potencial o segmento de usinas térmicas, distribuidoras de gás e consumidores livres.
O local de entrega no Brasil será o terminal de regaseificação da Baía de Todos os Santos, em Salvador, na Bahia, segundo a publicação.
Outras permissões
O governo também concedeu aval para importações de gás de outras empresas, incluindo unidades da siderúrgica Gerdau, todas publicadas no Diário Oficial da União.
A Gás Bridge Comercializadora foi autorizada a importar até 25,6 milhões de metros cúbicos de GNL de diversos países para atendimento ao mercado no Nordeste e Sudeste, também com local de entrega no terminal em Salvador, Bahia. A permissão é válida até 2024.
A Gerdau Summit Aços Fundidos e Forjados e a Gerdau Aços Longos conseguiram aval para importações da Bolívia, com a primeira empresa autorizada a trazer até 150.000 m³/dia.
A segunda empresa da Gerdau fará importações de até 50.000 m³/dia para duas unidades do grupo e de até 100.000 m³/dia para outra. As autorizações valem até 2024.
O Ministério de Minas e Energia também deu sinal verde para a compra de gás da Bolívia pela CDGN Logística, que prevê volume total a ser importado de até 4 milhões de m³/dia. O aval vigora até dezembro de 2023.