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GOL se diz confortável com aumento de dívida

Empresa acredita que qualidade da dívida atual é bem superior à apresentada na crise de 98

Gol: aumento de custos, desvalorização do real e alta do combustível impactaram resultados (Divulgação)

Tatiana Vaz

Publicado em 4 de maio de 2012 às 20h11.

São Paulo – De janeiro a março, a Gol acumulou um prejuízo de 41,4 milhões de reais, revertendo um lucro líquido de 69,4 milhões de reais no mesmo intervalo do ano passado. A empresa apresentou ainda um endividamento 35% maior no trimestre, boa parte dele atrelado em dólar. Um resultado que tararia preocupação para qualquer gestor de empresa, ao contrário da companhia aérea que se diz confortável com a situação.

“Embora maior, a dívida de agora tem mais qualidade, em comparação ao endividamento que tínhamos em 98, no início daquela crise financeira”, disse Leonardo Pereira, diretor financeira da Gol. “Nunca tivemos um perfil de dívida tão forte e um balanço tão sólido”.

De acordo com o executivo, a situação comparada a que a empresa se encontrava no fim dos anos 90 é muito mais confortável. Hoje, a Gol tem 70% das dívidas em dólar, quando na época praticamente ela era toda atrelada à moeda americana. Do endividamento atual, 10% são de vencimentos a curto prazo e a companhia tem em caixa 2,2 bilhões de reais, contra cerca de 200 milhões de reais daquele tempo.

“A coisa mais importante da empresa é ela ser rentável, ter disciplina na capacidade, foco nos custos e é nisso que estamos trabalhando”, disse Constantino Junior, presidente da empresa. “As dívidas que estamos fazendo são para nova frota, parceiras, ações estratégicas que trarão resultado em breve.”

Abaixo do esperado

Uma série de motivos levou a companhia a apresentar tais resultados. Entre eles, pressão nos custos operacionais, aumento do custo de combustível, queda do real frente ao dólar e aumento das despesas com tarifas aeroportuárias nos principais aeroportos do Brasil.

"Adicionalmente, o resultado do período foi impactado pelas despesas com resultado financeiro de 23,2 milhões de reais e 25,5 milhões de reais de imposto de renda", afirmou a empresa em comunicado.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e leasing de aeronaves foi de 267,9 milhões de reais no período, queda de 24,2% ante o primeiro trimestre do ano passado. Custos e despesas operacionais subiram 22,6% na comparação anual, para 2,158 bilhões de reais.

A receita líquida da companhia no primeiro trimestre foi de 2,166 bilhões de reais, alta de 14,3% em comparação ao primeiro trimestre de 2011.

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“Embora maior, a dívida de agora tem mais qualidade, em comparação ao endividamento que tínhamos em 98, no início daquela crise financeira”, disse Leonardo Pereira, diretor financeira da Gol. “Nunca tivemos um perfil de dívida tão forte e um balanço tão sólido”.

De acordo com o executivo, a situação comparada a que a empresa se encontrava no fim dos anos 90 é muito mais confortável. Hoje, a Gol tem 70% das dívidas em dólar, quando na época praticamente ela era toda atrelada à moeda americana. Do endividamento atual, 10% são de vencimentos a curto prazo e a companhia tem em caixa 2,2 bilhões de reais, contra cerca de 200 milhões de reais daquele tempo.

“A coisa mais importante da empresa é ela ser rentável, ter disciplina na capacidade, foco nos custos e é nisso que estamos trabalhando”, disse Constantino Junior, presidente da empresa. “As dívidas que estamos fazendo são para nova frota, parceiras, ações estratégicas que trarão resultado em breve.”

Abaixo do esperado

Uma série de motivos levou a companhia a apresentar tais resultados. Entre eles, pressão nos custos operacionais, aumento do custo de combustível, queda do real frente ao dólar e aumento das despesas com tarifas aeroportuárias nos principais aeroportos do Brasil.

"Adicionalmente, o resultado do período foi impactado pelas despesas com resultado financeiro de 23,2 milhões de reais e 25,5 milhões de reais de imposto de renda", afirmou a empresa em comunicado.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação, amortização e leasing de aeronaves foi de 267,9 milhões de reais no período, queda de 24,2% ante o primeiro trimestre do ano passado. Custos e despesas operacionais subiram 22,6% na comparação anual, para 2,158 bilhões de reais.

A receita líquida da companhia no primeiro trimestre foi de 2,166 bilhões de reais, alta de 14,3% em comparação ao primeiro trimestre de 2011.

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