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Gol espera ampliar oferta internacional de 5% a 8% em 2014

Aérea pretende manter os voos domésticos estáveis em relação a 2013


	Gol: no acumulado deste ano até setembro, a Gol registra recuo de 9,7% na oferta de voos domésticos, sobre um ano antes, e alta de 31,1% em voos internacionais
 (Dado Galdieri/Bloomberg)

Gol: no acumulado deste ano até setembro, a Gol registra recuo de 9,7% na oferta de voos domésticos, sobre um ano antes, e alta de 31,1% em voos internacionais (Dado Galdieri/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 13 de novembro de 2013 às 12h00.

São Paulo - A empresa aérea Gol espera ampliar a oferta de voos internacionais entre 5 a 8 por cento no próximo ano, e manter os voos domésticos estáveis em relação a 2013, afirmou o presidente da empresa, Paulo Kakinoff.

"Estamos com previsão de aumento da oferta para o mercado internacional. Deverá ficar na faixa de 5 a 8 por cento, mas é número preliminar", disse em teleconferência com a imprensa nesta quarta-feira, acrescentando que a empresa ainda está elaborando as metas para o próximo ano.

Kakinoff evitou entrar em detalhes sobre as possíveis novas rotas da empresa, pois "dependem do processo de autorização" da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mas afirmou que América Central e Estados Unidos "são mercados que estão nos planos".

Em 2012, a Gol iniciou voos para Santo Domingo, na República Dominicana, e para Miami, nos Estados Unidos, afirmando que esperava elevar as receitas internacionais, ao mesmo tempo em que cortava a oferta de voos domésticos para fazer frente ao aumento nos preços do combustível.

No acumulado deste ano até setembro, a Gol registra recuo de 9,7 por cento na oferta de voos domésticos, sobre um ano antes, e alta de 31,1 por cento em voos internacionais. A empresa tem como meta encerrar 2013 com redução de cerca de 9 por cento na oferta doméstica.

"Entendemos que os ajustes realizados pela companhia (neste ano) são compatíveis com cenário econômico para o próximo ano", afirmou o presidente da Gol, sobre a meta de estabilidade em 2014.


A Gol divulgou na noite da véspera que conseguiu reduzir seu prejuízo no terceiro trimestre deste ano em 36,3 por cento em relação a igual período do ano passado, para 197 milhões de reais.

A empresa viu o yield (indicador de preços de passagens aéreas) crescer 28,4 por cento na comparação anual, enquanto a receita por passageiro (Prask) teve alta de 21,1 por cento na mesma base de comparação.

Para Kakinoff, ainda há espaço para crescimento do yield e do Prask em 2014. "Neste ano em especial privilegiamos o yield. Foi o condutor da nossa estratégia. Não vamos abrir mão dessa conquista. E também vemos oportunidade de melhorar o yield (em 2014) ... para continuar impulsionando o Prask de maneira geral".

Para o UBS, os resultados da Gol no terceiro trimestre indicam que a empresa deve atingir as metas de 2013, que contemplam margem operacional Ebit entre 1 e 3 por cento.

"Com os resultados melhores que o esperado do terceiro trimestre, acreditamos que a Gol pode atingir facilmente sua meta de 2013", disse o analista Victor Mizusaki, em relatório.

"O cenário positivo para a indústria aérea brasileira é apoiado por uma relação apertada de oferta e demanda no Brasil, que provavelmente irá resultar em maior taxa de ocupação e margem Ebit", completou.

Ainda assim, as ações da Gol operavam em forte baixa nesta quarta-feira. Às 12h49, o papel recuava 5,02 por cento, a 9,47 reais, enquanto o Ibovespa caía 0,51 por cento.

Em relatório, os analistas da Planner liderados por Mario Roberto Mariante ressaltaram que "a empresa ainda carrega prejuízo líquido expressivo", apesar do reflexo positivo já observado nos resultados trimestrais.

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