Gol eleva estimativas de margem de lucro de 2018 e 2019
Variações recentes dos preços do petróleo e a alta do dólar ante o real influenciaram decisão da aérea de revisar projeções de indicadores
Reuters
Publicado em 11 de janeiro de 2019 às 09h38.
Última atualização em 11 de janeiro de 2019 às 09h40.
São Paulo - A companhia aérea Gol reviu nesta sexta-feira projeções para uma série de indicadores econômicos da empresa, elevando entre eles as estimativas de margem de lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de 2018 e 2019 e prevendo margem de cerca de 28 por cento em 2020.
A empresa informou que a revisão das projeções ocorreu para incorporar variações mais recentes dos preços do petróleo, a valorização do dólar ante o real, a incorporação de aeronaves Boeing 737 MAX, mais eficientes que modelos anteriores, a sua frota e a adoção do sistema contábil IFRS 16.
Com isso, para 2018, a projeção de margem Ebitda passou de cerca de 16 por cento para 26 por cento. Já a estimativa de 2019 subiu de ao redor de 17 para cerca de 27 por cento.
A Gol também reviu a relação de endividamento. Para 2018, a estimativa de dívida líquida sobre Ebitda subiu de 2,6 para 3,6 vezes enquanto para 2019 a previsão subiu de 2,5 para 3 vezes. Em 2020, a companhia estima que a proporção seja de 2,5 vezes.
A estimativa de investimento em 2019 subiu de 600 milhões para 650 milhões de reais e em 2010 a Gol estima dispêndio de 600 milhões.
A empresa piorou a estimativa de prejuízo por ação em 2018 de 2 reais a 1,8 real para 3,20 a 2,90 reais. Em 2019, a expectativa passou de lucro de 1,50 a 1,90 real por ação para 2,20 a 2,60 reais. Em 2020, a Gol espera resultado positivo por papel de 2,60 a 3,10 reais.
A companhia espera terminar 2019 com frota de 122 a 125 aeronaves ante projeção anterior de 121 a 123 aviões. A expectativa para o ano seguinte é uma frota de 125 a 128 aeronaves.
(Por Alberto Alerigi Jr.)