Gol diz que tendência de queda de preços continua no 1º tri
Em teleconferência para comentar os resultados, executivos da Gol afirmaram que a companhia continuará ampliando a ocupação
Da Redação
Publicado em 31 de março de 2015 às 13h25.
São Paulo - A companhia aérea Gol vê continuidade da tendência de queda do yield, que mede os preços de passagens, no primeiro trimestre de 2015, após o ritmo mais fraco da economia ter contribuído para uma queda anual de quase 9 por cento no indicador durante o quarto trimestre.
Segundo o vice-presidente financeiro da Gol, Edmar Lopes, a queda foi compensada parcialmente pelo aumento da taxa de ocupação das aeronaves.
Graças à alta de 4,3 pontos percentuais da ocupação no mercado doméstico, a receita por passageiro, Prask, caiu em menor proporção que os yields, com baixa de 4 por cento de outubro a dezembro.
Ainda assim, "a tendência de queda de yield permanece no primeiro trimestre", disse Lopes.
Em teleconferência para comentar os resultados, executivos da Gol afirmaram que a companhia continuará ampliando a ocupação à medida que não conseguir capturar um yield maior em função do crescimento econômico do país, podendo inclusive fazer reduções de capacidade.
"Acontece que o mercado oferece yields máximos em função do ritmo de atividade... (Mas) o produto final que de fato nos interessa é a maximização do Prask, pela combinação de yields com ocupação", disse Lopes.
A companhia tem destacado a menor demanda de clientes corporativos, que pagam preços mais altos de passagens, em meio à desaceleração da economia brasileira.
Com a tendência de queda dos yields, a Gol projetou margem operacional (Ebit) de 2 a 5 por cento em 2015, considerando crescimento zero na oferta nacional de voos e dólar médio entre 2,95 e 3,15 reais, mas ressalvou que "a cada divulgação trimestral vai comentar a meta no sentido de revalidá-la devido ao cenário volátil", afirmou o presidente-executivo da empresa, Paulo Kakinoff.
Analistas do Bank of America Merrill Lynch afirmaram que é mais provável que o cenário mais pessimista da empresa se confirme.
"Na nossa visão, o atual cenário para preços do petróleo, yields e câmbio indica maior probabilidade para a meta mais pessimista da Gol, com pouco espaço para uma surpresa no petróleo, mas maior probabilidade de que o real continue em sua tendência de desvalorização".
Preços do combustível
A Gol afirmou ainda que tem operado "mais leve" do ponto de vista de hedge de petróleo, passando a explorar mais operações de aquisição de combustível a preço fixo com entrega futura com seu principal fornecedor, a Petrobras.
A Gol utiliza contratos derivativos como instrumentos de proteção em suas operações de hedge de combustível, tendo registrado prejuízo maior que o esperado no quarto trimestre por perdas com a liquidação de posições para limitar o impacto de uma desvalorização mais acentuada da commodity no futuro.
As operações de hedge de combustível representaram perdas de 357,6 milhões de reais no quarto trimestre.
Do ponto de vista de hedge cambial, a Gol tem mantido posição de caixa fora do Brasil em entre 200 milhões a 300 milhões de dólares, dependendo do momento do ano, para se proteger das oscilações.
Capacidade
Em meio à meta da Gol de não elevar a oferta de voos domésticos em 2015, o presidente da Gol comentou que a companhia tem atuado no sentido de não reduzir nenhum de seus destinos, tendo trabalhado em cima da frequência dos voos.
"Em boa parte dos destinos, a Gol oferece mais que dois voos diários, isso permite a flexibilização da oferta no curto prazo", afirmou.
No mercado de voos internacionais, a companhia admitiu a possibilidade de fazer redesenho da malha de voos, priorizando alguns mercados de maior demanda por conta da acentuada alta do dólar ante o real, mas acrescentou que a expansão no exterior continuará.
São Paulo - A companhia aérea Gol vê continuidade da tendência de queda do yield, que mede os preços de passagens, no primeiro trimestre de 2015, após o ritmo mais fraco da economia ter contribuído para uma queda anual de quase 9 por cento no indicador durante o quarto trimestre.
Segundo o vice-presidente financeiro da Gol, Edmar Lopes, a queda foi compensada parcialmente pelo aumento da taxa de ocupação das aeronaves.
Graças à alta de 4,3 pontos percentuais da ocupação no mercado doméstico, a receita por passageiro, Prask, caiu em menor proporção que os yields, com baixa de 4 por cento de outubro a dezembro.
Ainda assim, "a tendência de queda de yield permanece no primeiro trimestre", disse Lopes.
Em teleconferência para comentar os resultados, executivos da Gol afirmaram que a companhia continuará ampliando a ocupação à medida que não conseguir capturar um yield maior em função do crescimento econômico do país, podendo inclusive fazer reduções de capacidade.
"Acontece que o mercado oferece yields máximos em função do ritmo de atividade... (Mas) o produto final que de fato nos interessa é a maximização do Prask, pela combinação de yields com ocupação", disse Lopes.
A companhia tem destacado a menor demanda de clientes corporativos, que pagam preços mais altos de passagens, em meio à desaceleração da economia brasileira.
Com a tendência de queda dos yields, a Gol projetou margem operacional (Ebit) de 2 a 5 por cento em 2015, considerando crescimento zero na oferta nacional de voos e dólar médio entre 2,95 e 3,15 reais, mas ressalvou que "a cada divulgação trimestral vai comentar a meta no sentido de revalidá-la devido ao cenário volátil", afirmou o presidente-executivo da empresa, Paulo Kakinoff.
Analistas do Bank of America Merrill Lynch afirmaram que é mais provável que o cenário mais pessimista da empresa se confirme.
"Na nossa visão, o atual cenário para preços do petróleo, yields e câmbio indica maior probabilidade para a meta mais pessimista da Gol, com pouco espaço para uma surpresa no petróleo, mas maior probabilidade de que o real continue em sua tendência de desvalorização".
Preços do combustível
A Gol afirmou ainda que tem operado "mais leve" do ponto de vista de hedge de petróleo, passando a explorar mais operações de aquisição de combustível a preço fixo com entrega futura com seu principal fornecedor, a Petrobras.
A Gol utiliza contratos derivativos como instrumentos de proteção em suas operações de hedge de combustível, tendo registrado prejuízo maior que o esperado no quarto trimestre por perdas com a liquidação de posições para limitar o impacto de uma desvalorização mais acentuada da commodity no futuro.
As operações de hedge de combustível representaram perdas de 357,6 milhões de reais no quarto trimestre.
Do ponto de vista de hedge cambial, a Gol tem mantido posição de caixa fora do Brasil em entre 200 milhões a 300 milhões de dólares, dependendo do momento do ano, para se proteger das oscilações.
Capacidade
Em meio à meta da Gol de não elevar a oferta de voos domésticos em 2015, o presidente da Gol comentou que a companhia tem atuado no sentido de não reduzir nenhum de seus destinos, tendo trabalhado em cima da frequência dos voos.
"Em boa parte dos destinos, a Gol oferece mais que dois voos diários, isso permite a flexibilização da oferta no curto prazo", afirmou.
No mercado de voos internacionais, a companhia admitiu a possibilidade de fazer redesenho da malha de voos, priorizando alguns mercados de maior demanda por conta da acentuada alta do dólar ante o real, mas acrescentou que a expansão no exterior continuará.