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GM é acusada de adulterar motores diesel para ocultar emissões

A firma Hagens Berman alega que a GM utilizou um sistema similar ao empregado durante anos nos Estados Unidos pela Volkswagen

GM: a empresa negou categoricamente as acusações do escritório de advogados (Bill Pugliano/Getty Images)

GM: a empresa negou categoricamente as acusações do escritório de advogados (Bill Pugliano/Getty Images)

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EFE

Publicado em 25 de maio de 2017 às 18h03.

Washington - Um escritório de advocacia americano especializado em ações coletivas apresentou nesta quinta-feira um processo contra a General Motors (GM) por supostamente instalar em suas caminhonetes diesel um software para ocultar suas emissões.

A firma Hagens Berman alega que a GM utilizou um sistema similar ao empregado durante anos nos Estados Unidos pela Volkswagen (VW) para ocultar das autoridades e consumidores as emissões reais de dióxidos de nitrogênio de seus motores diesel.

Segundo os advogados, a GM adulterou os motores de cerca de 705.000 caminhonetes equipadas com motores diesel Duramax com a ajuda da empresa alemã Bosch, que desenhou e produziu a unidade de controle eletrônico.

A GM negou categoricamente as acusações do escritório de advogados, que também apresentou uma demanda coletiva contra a VW em nome dos motoristas afetados pela adulteração dos motores diesel da montadora alemã.

Em um comunicado, a GM declarou que "estas acusações são infundadas e nos defenderemos com contundência. (Os modelos) Chevrolet Silverado e GMC Sierra Duramax diesel cumprem com todos os regulamentos de emissões" da Agência de Proteção Ambiental (EPA) e das autoridades ambientais da Califórnia.

Por sua parte, o Hagens Berman destacou em sua ação coletiva que a GM adulterou as caminhonetes "para aumentar a potência e eficiência" dos veículos, ocultando que, em "condições reais", emitem de duas a cinco vezes mais dióxidos de nitrogênio que o permitido pela lei.

O processo, que também assinala a Bosch como acusada, foi apresentado hoje perante o Tribunal do Distrito Oriental de Michigan, em Detroit.

O Hagens Berman alega que a GM instalou um catalisador denominado Selective Catalytic Reduction (SCR) na frente do filtro de partículas diesel (DPF), uma posição que o escritório destaca que é inversa ao habitual.

Com essa disposição, "a GM poderia obter e comercializar potência e eficiência superiores ao mesmo tempo em que superaria os testes de certificação de emissões. Isto fez com que as caminhonetes da GM fossem mais atraentes e competitivas, aumentando as vendas e benefícios".

No entanto, isso também obrigou a GM, segundo o escritório de advogados, a instalar "aparelhos de adulteração" para controlar as emissões contaminantes durante os testes.

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