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Fusões e aquisições no Brasil crescem 22,3% em 2017

O avanço foi fortemente influenciado pela operação da Vale, que no começo de 2017 anunciou reestruturação societária

Vale: mineradora foi responsável pelo crescimento de fusões e aquisições no Brasil (Yusuf Ahmad/Reuters)

Vale: mineradora foi responsável pelo crescimento de fusões e aquisições no Brasil (Yusuf Ahmad/Reuters)

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Reuters

Publicado em 2 de janeiro de 2018 às 20h23.

São Paulo - O volume financeiro envolvido nos anúncios de compra e venda de participações de empresas brasileiras em 2017 atingiu 66,5 bilhões de dólares em 2017, um crescimento de 22,3 por cento em relação ao ano anterior, segundo relatório divulgado nesta terça-feira pela Thomson Reuters.

De acordo com o Emerging Markets M&A Review, o segmento de matérias-primas liderou o movimento, respondendo por cerca de 44 por cento do total, seguido por energia (20 por cento), consumo (14 por cento) e financeiro (7 por cento).

Esse avanço foi fortemente influenciado pela operação da Vale, que no começo do ano anunciou reestruturação societária envolvendo conversão de ações preferenciais em ordinárias, numa operação de cerca de 21 bilhões de dólares.

Em número de operações os 591 negócios do ano representaram queda de 12,6 por cento ante o total de transações de 2016, segundo o levantamento.

O quarto trimestre trouxe anúncios de operações como a venda pela Petrobras de uma fatia no campo de Roncador para a Statoil pelo equivalente a 2,9 bilhões de dólares, e a venda de uma fatia da Itaúsa pela Petros, fundo de pensão dos empregados da Petrobras, para a fundação Helena Zerrenner, por cerca de 1,36 bilhão de dólares.

Em operações completadas, o volume financeiro no ano passado foi de 65,1 bilhões de dólares, um salto de 73,1 por cento ante 2016. Em número de transações houve queda de 12,2 por cento, a 488 negócios concluídos.

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