Fundo de Sam Zell investe na Estapar
O aporte do novo sócio da companhia, que é líder no segmento, vai financiar a expansão do grupo no País nos próximos dois anos
Da Redação
Publicado em 8 de agosto de 2016 às 09h47.
São Paulo - A rede de estacionamentos Estapar , que tem o banco BTG Pactual como controlador e maior acionista, vai receber aporte de R$ 400 milhões da Equity International (EI), fundo de investimento voltado para mercados emergentes que pertence ao bilionário americano Sam Zell .
Com essa injeção de recursos, a EI se torna o segundo maior acionista, atrás do banco de investimento.
O aporte do novo sócio da companhia, que é líder no segmento, vai financiar a expansão do grupo no País nos próximos dois anos, afirmou André Iasi, presidente da Estapar.
Com a entrada de Sam Zell, o terceiro e quarto maiores acionistas da rede de estacionamento passam a ser os fundos da Bozano Investimentos, do empresário gaúcho Julio Bozano (ex-banco Bozano, Simonsen) e da Templeton Emerging Markets, que pertence ao investidor Mark Mobius.
O EI passará a ter assento no conselho da companhia quando a transação for concluída.
Novo dono
Entre o fim do ano passado e início de 2016, eram fortes as apostas de que a rede de estacionamento mudaria de controlador por causa da crise que do BTG depois da prisão do banqueiro André Esteves, no dia 25 de novembro.
Esteves foi preso pela Polícia Federal sob suspeita de obstruir as investigações da Operação Lava Jato, que apura corrupção na Petrobras.
Em dezembro passado, foi autorizado pela Justiça a cumprir prisão domiciliar. O banqueiro voltou ao banco em abril, após autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).
O BTG recebeu ofertas para a venda da rede Estapar, que chegou a ser avaliada pelo mercado em até R$ 1,5 bilhão, segundo fontes. O banco tornou-se acionista da empresa em 2009, com 50% do negócio, e chegou a ter 77% de participação na rede de estacionamento.
O banco se desfez de importantes ativos nos últimos meses, como a Rede DOr, a Recovery e o banco suíço BSI, para ganhar liquidez.
Embora já não tenha mais tanta pressa para vender ativos, a instituição vai continuar se desfazendo de participações em negócios considerados não estratégicos, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto. Procurado, o BTG não comenta.
Negociações
Segundo André Iasi, as conversas para a entrada do fundo de Sam Zell na Estapar começaram no início do ano. "O fundo busca fazer investimentos em empresas com potencial de crescimento, mas sem interesse de controle", afirmou o executivo.
Conhecido por fazer investimentos no mercado imobiliário, Sam Zell passou a diversificar suas apostas nos últimos anos em países emergentes.
Em 2014, o fundo Equity International fez aporte na empresa Guarde Aqui, de aluguel de espaço para guardar móveis, conhecido nos Estados Unidos como self storage.
Com faturamento de R$ 900 milhões no ano passado, a rede Estapar deverá encerrar este ano com receita entre R$ 1 bilhão e R$ 1,1 bilhão, afirmou Iasi. O executivo disse que a companhia tem uma programação de R$ 1,5 bilhão em investimentos até 2018.
O aporte do EI, segundo o executivo, deverá ampliar o portfólio da companhia, incluindo operações de infraestrutura em aeroportos, arenas esportivas, concessões e contratos privados de longo prazo.
Hoje, a rede tem cerca de 360 mil vagas de estacionamentos nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. "Estamos presentes em 75 cidades brasileiras e o nosso foco será o fortalecimento nas regiões onde já atuamos", disse Iasi.
Concorrência
Extremamente pulverizado, o mercado de estacionamento do País tornou-se alvo de interesse de investidores. Em março, o Pátria Investimentos ganhou a licitação para operar o estacionamento do Aeroporto Internacional Afonso Pena, de Curitiba (PR).
O fundo de infraestrutura da gestora é dono de 100% da Pare Bem, rede de estacionamento adquirida em 2015.
Já a Moving/Vinci Park, da rede francesa Vinci, vice-líder nesse segmento no Brasil, com 120 mil vagas, está presente no País desde 2013 e pretende expandir sua atuação no mercado nos próximos anos.
O objetivo da empresa - que passou a adotar a marca global, Indigo - é encerrar este ano com faturamento de R$ 430 milhões no País. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
São Paulo - A rede de estacionamentos Estapar , que tem o banco BTG Pactual como controlador e maior acionista, vai receber aporte de R$ 400 milhões da Equity International (EI), fundo de investimento voltado para mercados emergentes que pertence ao bilionário americano Sam Zell .
Com essa injeção de recursos, a EI se torna o segundo maior acionista, atrás do banco de investimento.
O aporte do novo sócio da companhia, que é líder no segmento, vai financiar a expansão do grupo no País nos próximos dois anos, afirmou André Iasi, presidente da Estapar.
Com a entrada de Sam Zell, o terceiro e quarto maiores acionistas da rede de estacionamento passam a ser os fundos da Bozano Investimentos, do empresário gaúcho Julio Bozano (ex-banco Bozano, Simonsen) e da Templeton Emerging Markets, que pertence ao investidor Mark Mobius.
O EI passará a ter assento no conselho da companhia quando a transação for concluída.
Novo dono
Entre o fim do ano passado e início de 2016, eram fortes as apostas de que a rede de estacionamento mudaria de controlador por causa da crise que do BTG depois da prisão do banqueiro André Esteves, no dia 25 de novembro.
Esteves foi preso pela Polícia Federal sob suspeita de obstruir as investigações da Operação Lava Jato, que apura corrupção na Petrobras.
Em dezembro passado, foi autorizado pela Justiça a cumprir prisão domiciliar. O banqueiro voltou ao banco em abril, após autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).
O BTG recebeu ofertas para a venda da rede Estapar, que chegou a ser avaliada pelo mercado em até R$ 1,5 bilhão, segundo fontes. O banco tornou-se acionista da empresa em 2009, com 50% do negócio, e chegou a ter 77% de participação na rede de estacionamento.
O banco se desfez de importantes ativos nos últimos meses, como a Rede DOr, a Recovery e o banco suíço BSI, para ganhar liquidez.
Embora já não tenha mais tanta pressa para vender ativos, a instituição vai continuar se desfazendo de participações em negócios considerados não estratégicos, de acordo com pessoas familiarizadas com o assunto. Procurado, o BTG não comenta.
Negociações
Segundo André Iasi, as conversas para a entrada do fundo de Sam Zell na Estapar começaram no início do ano. "O fundo busca fazer investimentos em empresas com potencial de crescimento, mas sem interesse de controle", afirmou o executivo.
Conhecido por fazer investimentos no mercado imobiliário, Sam Zell passou a diversificar suas apostas nos últimos anos em países emergentes.
Em 2014, o fundo Equity International fez aporte na empresa Guarde Aqui, de aluguel de espaço para guardar móveis, conhecido nos Estados Unidos como self storage.
Com faturamento de R$ 900 milhões no ano passado, a rede Estapar deverá encerrar este ano com receita entre R$ 1 bilhão e R$ 1,1 bilhão, afirmou Iasi. O executivo disse que a companhia tem uma programação de R$ 1,5 bilhão em investimentos até 2018.
O aporte do EI, segundo o executivo, deverá ampliar o portfólio da companhia, incluindo operações de infraestrutura em aeroportos, arenas esportivas, concessões e contratos privados de longo prazo.
Hoje, a rede tem cerca de 360 mil vagas de estacionamentos nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. "Estamos presentes em 75 cidades brasileiras e o nosso foco será o fortalecimento nas regiões onde já atuamos", disse Iasi.
Concorrência
Extremamente pulverizado, o mercado de estacionamento do País tornou-se alvo de interesse de investidores. Em março, o Pátria Investimentos ganhou a licitação para operar o estacionamento do Aeroporto Internacional Afonso Pena, de Curitiba (PR).
O fundo de infraestrutura da gestora é dono de 100% da Pare Bem, rede de estacionamento adquirida em 2015.
Já a Moving/Vinci Park, da rede francesa Vinci, vice-líder nesse segmento no Brasil, com 120 mil vagas, está presente no País desde 2013 e pretende expandir sua atuação no mercado nos próximos anos.
O objetivo da empresa - que passou a adotar a marca global, Indigo - é encerrar este ano com faturamento de R$ 430 milhões no País. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.