São Paulo - O fundo de pensão dos funcionários da Caixa (Funcef) suspendeu o aporte de R$ 200 milhões que deveria ter feito até março na OAS Empreendimentos, empresa do ramo imobiliário do grupo OAS.
O atraso no aporte complica ainda mais a situação financeira do grupo, que está sem crédito nos bancos e em via de pedir recuperação judicial para tentar evitar a falência.
O grupo deve ao todo R$ 8 bilhões. Segundo o último balanço publicado, de setembro do ano passado, somente a OAS Empreendimentos tem aproximadamente R$ 1 bilhão em dívidas e pelo menos desde 2013 vem registrando prejuízos trimestrais.
A Funcef já tem uma exposição de R$ 200 milhões na empresa por meio de um fundo de participações que controla a OAS Empreendimentos.
O primeiro aporte foi feito no início do ano passado e a fundação se comprometeu contratualmente a aplicar outros R$ 200 milhões, em janeiro deste ano, prazo que foi estendido até 18 de março.
O fundo de pensão, entretanto, não fez o investimento. Em nota enviada ao jornal O Estado de S. Paulo, informou que o aporte da segunda parcela está sob análise "em vista de alterações na conjuntura que impactaram o plano de negócios do empreendimento".
"A Funcef está envidando esforços para que a questão seja solucionada de forma que preserve seus interesses, bem como os do empreendimento", termina a nota.
A OAS informou, também em nota, que está em negociações com a fundação.
Segundo uma fonte próxima ao grupo, a decisão foi tomada por causa das investigações da Operação Lava Jato e o temor da administração em como os investimentos feitos pelo fundo poderiam ser questionados.
Além da OAS Empreendimentos, a Funcef tem exposição direta à Sete Brasil, empresa criada para gerenciar a contratação de sondas do pré-sal para a Petrobrás e que foi implicada na operação.
Somente a Funcef tem cerca de R$ 1,2 bilhão aportados no fundo Sondas, que é o principal acionista da Sete.
Negócios
A OAS Empreendimentos atua em quatro Estados e no Distrito Federal, segundo o último informe anual publicado pela empresa, que é datado de 2013. De 2007 a 2013, a empresa lançou cerca de 12 mil unidades com valor geral de vendas de quase R$ 4 bilhões.
No Rio de Janeiro está à frente de empreendimentos no Porto Maravilha, que busca revitalizar a área portuária da capital fluminense.
O principal sócio da empresa é o Fundo de Investimento em Participações OAS Empreendimentos, com um patrimônio de R$ 1,7 bilhão. Boa parte dos recursos é da própria OAS.
É neste fundo que está a participação da Funcef de R$ 200 milhões feita no ano passado quando a fundação se comprometeu a investir R$ 500 milhões.
A OAS Empreendimentos tem hoje uma série de processos de mutuários da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo (Bancoop), cujas obras foram assumidas pela OAS.
O caso Bancoop ficou famoso quando investigações do Ministério Público levaram à denúncia de prejuízos de R$ 70 milhões aos cooperados.
Um dos principais envolvidos no escândalo é o atual tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, que hoje, assim como a OAS, também é investigado na Operação Lava Jato. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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1. Quanto cada político recebeu das empresas investigadas
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1/34 (Baris Simsek/Thinkstock)
São Paulo – A lista de políticos investigados por suspeita de envolvimento no esquema de
corrupção na
Petrobras inclui 12 senadores e 22 deputados em exercício. Destes, 19 receberam doações das empresas investigadas na
Operação Lava Jato para suas campanhas eleitorais, seja em 2014 ou em 2010. A suspeita dos investigadores é de que essas doações legais tenham sido usadas para pagamento de propina a políticos. Em depoimento, o delator Paulo Roberto Costa, ex-diretor da estatal, afirmou que as doações são, na realidade,
“empréstimos a juros altos”. Somados, os 34 parlamentares suspeitos receberam ao menos R$ 11,2 milhões das empreiteiras envolvidas no esquema de corrupção na Petrobras. Além dos congressistas, também são investigados os governadores Luiz Fernando Pezão (PMDB), do Rio de Janeiro, e Tião Viana (PT), do Acre. Veja nas fotos acima quanto cada senador e deputado recebeu.
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2. Luiz Fernando Pezão (PMDB) - Governador do Rio de Janeiro
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2/34 (Tomaz Silva/Agência Brasil)
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3. Renan Calheiros (PMDB-AL) - Senador
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3/34 (Ueslei Marcelino/Reuters)
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4. Romero Jucá (PMDB-RR) - Senador
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4/34 (AGÊNCIA BRASIL)
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5. Edison Lobão (PMDB - MA) - Senador
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5/34 (Fabio Rodrigues Pozzebom/AGÊNCIA BRASIL)
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6. Valdir Raupp (PMDB-RO) - Senador
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6/34 (Geraldo Magela/Agência Senado)
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7. Eduardo Cunha (PMDB-RJ) - Deputado
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7/34 (Fabio Rodrigues Pozzebom/ABr)
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8. Aníbal Gomes (PMDB - CE) - Deputado
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8/34 (Câmara dos Deputados/Diogo Xavier)
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9. Tião Viana (PT-AC) - Governador do Acre
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9/34 (Agência Brasil)
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10. Lindbergh Farias (PT-RJ) - Senador
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10/34 (Wilson Dias/ABr)
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11. Humberto Costa (PT-PE) - Senador
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11/34 (Wikimedia Commons)
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12. José Mentor (PT-SP) - Deputado
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12/34 (José Cruz/Agência Brasil)
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13. Vander Loubet (PT-MS) - Deputado
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13/34 (Flickr/Vander Loubet)
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14. Fernando Collor (PTB-AL) - Senador
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14/34 (Antonio Cruz/ABr)
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15. Ciro Nogueira (PP-PI) - Senador
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15/34 (Wikimedia Commons)
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16. Benedito de Lira (PP-AL) - Senador
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16/34 (Moreira Mariz/Agência Senado)
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17. Gladson Cameli (PP-AC) - Senador
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17/34 (Reprodução / Facebook)
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18. Nelson Meurer (PP-PR) - Deputado
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18/34 (Zeca Ribeiro/ Câmara dos Deputados)
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19. Luiz Fernando Faria (PP-MG) - Deputado
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19/34 (Divulgação)
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20. Aguinaldo Ribeiro (PP-PB) - Deputado
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20/34 (Elza Fiuza/ABr)
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21. Arthur Lira (PP-AL) - Deputado
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21/34 (Luis Macedo / Câmara dos Deputados)
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22. Simão Sessim (PP-RJ) - Deputado
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22/34 (Leonardo Prado/Câmara dos Deputados)
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23. José Otávio Germano (PP-RS) - Deputado
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23/34 (Facebook/José Otávio Germano/Reprodução)
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24. Eduardo da Fonte (PP-PE) - Deputado
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24/34 (Elton Bonfim/Agência Câmara)
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25. Dilceu Sperafico (PP-PR) - Deputado
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25/34 (Divulgação)
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26. Jerônimo Goergen (PP-RS) - Deputado
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26/34 (Valter Campanato/ABr)
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27. José Afonso Hamm (PP-RS) - Deputado
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27/34 (Divulgação)
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28. Luiz Carlos Heinze (PP-RS) - Deputado
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28/34 (Divulgação/Site Oficial)
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29. Renato Molling (PP-RS) - Deputado
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29/34 (Divulgação)
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30. Roberto Balestra (PP-GO) - Deputado
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30/34 (Lucio Bernardo Jr./Câmara dos Deputados)
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31. Roberto Britto (PP-BA) - Deputado
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31/34 (Divulgação)
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32. Waldir Maranhão (PP-MA) - Deputado
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32/34 (Reprodução)
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33. Antônio Anastasia (PSDB-MG) - Senador
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33/34 (Marcos Oliveira/Agência Senado)
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34. Veja agora o que os políticos investigados têm a dizer sobre o caso
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34/34 (José Cruz/ Agência Brasil)