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Funcef dobra participação na usina de Belo Monte

Fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal quer ficar com parte das ações que serão vendidas pelas construtoras que desistiram do negócio

Como as construtoras anunciaram a saída há duas semanas, o período de preferência se encerrará dentro de 15 dias (Paulo Jares/VEJA)

Como as construtoras anunciaram a saída há duas semanas, o período de preferência se encerrará dentro de 15 dias (Paulo Jares/VEJA)

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Da Redação

Publicado em 24 de julho de 2012 às 14h53.

Brasília - O fundo de pensão dos funcionários da Caixa Econômica Federal (Funcef) deve dobrar sua participação no consórcio que vai administrar a Hidrelétrica de Belo Monte (PA). A entidade ficará com parte das ações que serão vendidas pelas construtoras que desistiram do negócio. Se a operação for confirmada, a participação estatal no controle da usina será de praticamente 70%.

A ideia do Funcef é comprar cerca de um terço da parcela que as construtoras J.Malucelli, Galvão Engenharia, Cetenco, Contern, Serveng e Mendes Júnior colocaram à venda, conforme noticiou o jornal O Estado de S. Paulo. Juntas, as empreiteiras detêm 7,25% de participação na usina que será construída no Rio Xingu. Com a aquisição, o fundo de pensão, que tem 2,5%, passará a deter 5% do controle de Belo Monte.

A Neoenergia, outra acionista do consórcio Norte Energia - que vai tocar a hidrelétrica -,deve fechar na semana que vem a compra de outra fatia das construtoras desistentes, segundo informou uma fonte ligada às negociações. Não há ainda uma definição sobre o tamanho da parcela que poderá ser adquirida pela empresa, que detém 10% de participação na usina por meio da Belo Monte Participações. Oficialmente, a empresa, controlada pela Iberdrola, Previ e Banco do Brasil, nega que, no momento, haja qualquer negociação.

Por já serem acionistas, o Funcef e a Neoenergia têm preferência na compra da participação das construtoras. Pelas regras do consórcio, toda vez que um sócio manifesta interesse em deixar o grupo, os demais integrantes têm 30 dias para decidirem se compram ou não a fatia à venda.

Como as construtoras anunciaram a saída há duas semanas, o período de preferência se encerrará dentro de 15 dias. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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