Fracasso é o segredo do sucesso? Empreendedoras compartilham erros e aprendizados
No painel do “Agora é que são Elas”, as convidadas falaram sobre os erros que fizeram parte de suas trajetórias profissionais. Confira:
(Isabela Rovaroto/Exame)
17 de novembro de 2022, 16h29
Nem tudo são flores no empreendedorismo. De cada 10 startups, apenas duas são bem sucedidas. "Falar dos erros é um processo chave para a gente não desistir dos nossos sonhos. Precisamos aprender com os erros", diz Camila Salek, cofundadora da Vimer Retail Experience.
A empreendedora participou do painel "Deu ruim: meu melhor fracasso" do “Agora é que são Elas”, evento da EXAME em parceria com Movimento Aladas de empreendedorismo feminino e que celebra o protagonismo de mulheres nos negócios.
Ao lado de Salek estavam Carol Paiffer, CEO da Atom S/A, Danielle Bibas, VP do marketing do Grupo Petrópolis, e Sônia Hess, VP do Grupo Mulheres do Brasil.
No painel, as convidadas falaram sobre os erros que fizeram parte de suas trajetórias profissionais, como aprender com eles e como não cometer o mesmo erro mais de uma vez.
A importância de não romantizar o fracasso foi um dos temas abordados. "Fracasso e falência são coisas muito pesadas. É importante olhar para o erro. Se você acha que você não errou, você não aprende. Na hora ninguém acha bom, mas é um processo importante", diz Carol Paiffer, investidora no programa Shark Tank Brasil.
Danielle Bibas deixou recentemente o mercado de beleza no qual atuou por mais de 10 anos. Atualmente no Grupo Petrópolis, a executiva falou sobre vulnerabilidade no mercado corporativo.
"Não gosto da palavra fracasso, parece que é o fim. As pessoas precisam se reciclar, o erro tem a ver com isso. O executivo precisa de humildade para continuar aprendendo com as pessoas", diz.
Sônia Hezz falou que o medo de errar é mais comum entre mulheres. "A mulher no segundo não desiste. Não podemos desistir. Isso é extremamente importante. O erro faz parte. Não more dentro do fracasso. Nossa coragem tem que ser maior que os nossos medos.
Demissão e novos negócios
Camila Salek contou que foi demitida pela primeira vez aos 28 anos e entendeu aquela situação como um fracasso.
"Comecei a olhar para a minha jornada profissional e percebi que o mercado corporativo não estava preparado para o que eu queria oferecer. Depois disso, eu decidi abrir o meu negócio. Ter sido demitida foi essencial naquele momento", relembra.
A empreendedora Sônia Hezz falou sobre sua principal história de 'fracasso'. A ex-presidente da Dudalina foi retirada do cargo por novos sócios depois de 32 anos no cargo. "Esse foi o melhor fracasso. Hoje em dia eu estou dedicada ao terceiro setor, dedicada ao grupo mulheres do Brasil. Me sinto mais livre".
Tomada de risco
Até onde um erro é tolerável no mundo corporativo? Para Danielle Bibas, a vida corporativa não oferece a mesma liberdade de errar do que o empreendedorismo por conta do custo da tomada de risco.
"Gerenciar o risco no orçamento é o grande desafio das grandes companhias. O erro é traduzido em números. Como gerenciar isso? Não tem resposta só pra todo mundo. Não é simples bancar o risco", diz.
Como errar menos?
Carol Paiffer compartilhou alguma estratégias para errar menos na hora de investir em novos empreendedores. A investidora contou que o programa Shark Tank Brasil foi um grande exercício para conhecer pessoas.
"Coloquei todos no mesmo grupo do WhatsApp. A comunidade faz diferença no empreendedorismo brasileiro. É importante também identificar os principais erros, mas o grande desafio é descobrir as habilidades de cada um e delegar tarefas para outras pessoas", diz.
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