Fortuna de Eike passa à 3ª do país após perda de US$ 6,8 bi
O patrimônio de Eike, avaliado em US$ 12,7 bi, está atrás do de Jorge Paulo Lemann, investidor da Anheuser-Busch InBev, e Dirce Camargo, herdeira do setor de construção
Da Redação
Publicado em 14 de dezembro de 2012 às 06h22.
São Paulo - O patrimônio líquido de Eike Batista é US$ 6,8 bilhões menor do que o estimado anteriormente devido aos novos detalhes do acordo para a venda de uma participação no EBX Group Co., que representam um valor menor para o conglomerado, segundo o Índice Bloomberg de Bilionários.
Eike perdeu o título de pessoa mais rica do Brasil no mês passado para Jorge Paulo Lemann, investidor da Anheuser-Busch InBev. Em 7 de dezembro, Eike recuperou o posto e, agora, está em terceiro lugar, atrás de Lemann e de Dirce Camargo, herdeira do setor de construção civil. O patrimônio de Eike está avaliado em US$ 12,7 bilhões, segundo o ranking da Bloomberg.
Ao vender 5,63 por cento do EBX Group Co. para a Mubadala Development Co., fundo soberano de Abu Dhabi, por US$ 2 bilhões em março, o bilionário brasileiro concordou em ceder uma fatia adicional de sua holding em 2019 se não entregar retorno anual de 5 por cento sobre o investimento do fundo, segundo uma pessoa com conhecimento do acordo.
Os termos publicados inicialmente sobre a transação avaliavam o conglomerado de Eike, de 56 anos, em US$ 35,5 bilhões. Com base no preço das ações das empresas de capital aberto em que o bilionário tem participação, na época do anúncio, o acordo avaliava as empresas fechadas de Eike em US$ 10,6 bilhões. O ranking da Bloomberg não considera mais esse prêmio às empresas fechadas porque os termos do acordo consideram um valor total menor para o grupo do bilionário.
Desconto em ativos
“Eu preferiria embutir um desconto bem grande nesses ativos sem ações em bolsa”, disse Ed Kuczma, que ajuda a administrar cerca de US$ 36,4 bilhões em ativos na Van Eck Associates Corp. e que não detém ações das empresas de Eike. “Elas não estão gerando fluxo de caixa e deve demorar para que isso aconteça. Dado o histórico recente das empresas abertas, se elas vierem ao mercado, investidores vão exigir um desconto.”
Após repetir várias vezes que se tornaria a pessoa mais rica do mundo, Eike agora está em 73º lugar. Ele chegou a ter patrimônio de US$ 34,5 bilhões no fim de março, após anunciar o acordo com a Mubadala. No ano, perdeu US$ 9,8 bilhões, mais do que qualquer outra pessoa no Índice Bloomberg de Bilionários, depois que o valor de suas empresas de recursos naturais e logística despencou em função de prejuízos, atrasos e metas de produção não cumpridas.
A EBX, sediada no Rio de Janeiro, não quis comentar a queda no patrimônio de Eike no levantamento da Bloomberg e fez referência ao e-mail enviado pelo empresário em 30 de novembro, quando ele perdeu o título de pessoa mais rica do País para Lemann.
“O Brasil merece ter mais brasileiros nessa lista”, disse Eike no e-mail.
As assessorias de imprensa da EBX e do Mubadala não quiseram comentar a estrutura do acordo entre as duas empresas e fizeram referência ao comunicado de março que anunciou o negócio.
Acordo com Mubadala
Pelos termos anunciados em março, a Mubadala adquiriu uma “participação acionária preferencial” no Centennial Asset Brazilian Equity Fund LLC e outros veículos de investimento no exterior de Eike. O acordo deu à Mubadala 5,63 por cento de cada participação de Eike em suas empresas de capital aberto e de capital fechado, além do mesmo percentual em qualquer novo empreendimento.
Em 2014, Eike terá opção de recomprar metade da fatia vendida à Mubadala, de acordo com a pessoa com conhecimento da operação, que pediu para não ter o nome revelado porque os detalhes são privativos. A pessoa não quis dizer como a meta de 5 por cento é mensurada.
A Mubadala liberou um empréstimo de 7,35 bilhões de dirhams (US$ 2 bilhões) garantido por “papéis listados e garantias” a uma terceira parter não identificada, de acordo com o balanço de resultados do fundo referente ao primeiro semestre. O acordo tem “retorno mínimo garantido”, vence em 2017 e pode ser prorrogado pela Mubadala por mais dois anos, de acordo com o documento.
Operação híbrida
Essa transação é a participação acionária preferencial na EBX e é computada como empréstimo por razões contábeis, de acordo com uma pessoa a par das finanças do fundo, que pediu para não ser identificada porque os detalhes do acordo não são públicos.
Dois bancos com conhecimento do acordo consideram a operação um híbrido entre ação e dívida, segundo duas outras pessoas. Um dos bancos, que financia a EBX, trata o acordo como empréstimo para fins de avaliação da qualidade de crédito do grupo de Eike, disse uma das pessoas.
Os termos completos do negócio ajudam a preservar o investimento da Mubadala se a EBX não crescer ou perder valor. Eles também colocam os ativos de Eike sob risco depois que o valor de mercado de suas empresas abertas caíram cerca de 50 por cento este ano.
Transparência
Os termos que acabam de ser revelados sobre a transação não implicam mais um valor de US$ 35,5 bilhões para o império de Eike, disseram Eric Conrads, da ING Investment Management, e Tim Hall, da Deltec Asset Management LLC, ambos baseados em Nova York.
“É provavelmente um pouco abaixo disso, já que os termos são diferentes”, disse Hall, que ajuda na gestão de mais de US$ 700 milhões em ativos e não detém ações das empresas de Eike. “Você gosta de ter total transparência quando alguém fecha um negócio. Ao mesmo tempo, a Mubadala está colocando dinheiro nele. Então, obviamente eles têm alguma confiança na capacidade de Eike de fazer o que prometeu.”
“Isso parece menos favorável a Eike do que só assinar um cheque”, disse Conrads, que administra US$ 750 milhões em ações latino-americanas e se recusou a dizer se administra ações das empresas do bilionário brasileiro. “Eike tem que dividir alguns dos frutos quando as ações vão bem e ele sofre mais quando caem. É assimétrico.”
Queda da OGX
Eike também vendeu uma fatia adicional de 0,8 por cento em ações preferenciais da EBX para a General Electric Co. por US$ 300 milhões em maio. A EBX não quis comentar se a transação foi estruturada da mesma forma que o negócio com a Mubddala.
As participações de Eike em companhias de capital aberto valem US$ 9 bilhões, após a venda de fatias para a Mubadala e par a GE. O maior ativo dele é a participação avaliada em US$ 4,2 bilhões na OGX Petróleo & Gás Participações SA, cujas ações acumulam queda de 66 por cento este ano depois que as metas iniciais de produção foram cortadas. As seis empresas de capital aberto de Eike tiveram prejuízo combinado de R$ 1,68 bilhão nos primeiros nove meses do ano, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.
Reservas de ouro
“Todas as companhias de capital aberto do Grupo EBX vêm cumprindo seus planos de negócios”, com funding suficiente para os próximos anos, segundo nota enviada por e-mail. O grupo está capitalizado com cerca de US$ 9 bilhões em caixa e as companhias começarão, de forma crescente, a gerar receita a partir de 2013 e 2014, disse a EBX.
As injeções de capital planejadas na OGX, OSX Brasil SA e MMX Mineração & Metálicos SA “enfatizam a confiança do controlador nas companhias”, disse a EBX na nota.
Com o dinheiro dos acordos com a Mubadala e com a GE, Eike pretende investir até R$ 1,4 bilhão na MMX nos próximos meses. Ele também concordou em injetar US$ 1 bilhão na OSX e possivelmente mais US$ 1 bilhão na OGX nos próximos dois anos.
Eike é dono de reservas de ouro na Colômbia, administrada pela AUX. Em junho, ele informou ter vendido uma fatia de 49 por cento a um comprador cujo nome seria revelado em setembro. A participação restante dele na empresa de capital fechado foi avaliada na época com base na avaliação de US$ 4,1 bilhões informada pela Bloomberg News. Como a transação não foi concluída, Eike recebe crédito por toda a AUX.
Ventana Gold
Em maio, Eike disse a repórteres que a AUX tinha direito a 11 milhões de onças-troy de ouro. Com base nas demonstrações financeiras de duas pequenas empresas compradas por Eike em outubro, ele logo vai controlar os direitos a mais de 15,6 milhões de onças. A AUX é avaliada em US$ 1,7 bilhão, de acordo com dados compilados pela Bloomberg, com base no múltiplo do preço médio por onça e na relação entre o valor do negócio e a onça do ouro para a Beadell Resources Ltd., Torex Gold Resources Inc., Premier Gold Mines Ltd. e Continental Gold Ltd.
O patrimônio líquido de Eike também reflete a dívida assumida no ano passado para aquisição da Ventana Gold Corp., empresa que se tornou a AUX. A EBX revelou passivo de US$ 1,4 bilhão num e-mail enviado em fevereiro. Desde então, US$ 400 milhões desse valor foram pagos.
A LLX Logística SA, que tem o capital aberto, detém 70 por cento do Porto de Açu, no Estado do Rio de Janeiro. A fatia separada de Eike de 30 por cento no porto é avaliada em cerca de US$ 180 milhões, com base em estimativa do JPMorgan Chase & Co. feita em julho de 2011, de que o projeto compõe cerca de 60 por cento do valor total da LLX. A EBX forneceu a mesma estimativa este ano.
Carteira de investimentos
Eike tem, provavelmente, pelo menos US$ 1,85 bilhão em sua carteira de investimentos, de acordo com o ranking da Bloomberg. O total inclui impostos e gastos desde os acordos com a Mubadala e a GE, além dos ganhos estimados com a compra de uma participação na Burger King Worldwide Inc., que foi revelada pela EBX no mês passado.
O valor também inclui mais de US$ 300 milhões em imóveis comerciais, que são agrupados na REX e incluem dois hotéis, a Marina da Glória e um centro médico no Rio de Janeiro, assim como seus negócios iniciantes. Um deles é a IMX, que promove espetáculos do Cirque du Soleil e lutas do Ultimate Fighting Championship no Brasil; a SIX, empresa de tecnologia que vai invetir R$ 245 milhões em uma fábrica de semicondutores. Além disso, o valor incluiu suas propriedades pessoais, aviões, barcos e automóveis.
O Índice Bloomberg de Bilionários faz um cálculo para as pessoas mais ricas do mundo com base em mudanças no mercado e na economia e nas reportagens da Bloomberg News. Cada cálculo de patrimônio líquido é atualizado todo dia útil às 17:30 no horário de Nova York. As avaliações são feitas em dólares.
São Paulo - O patrimônio líquido de Eike Batista é US$ 6,8 bilhões menor do que o estimado anteriormente devido aos novos detalhes do acordo para a venda de uma participação no EBX Group Co., que representam um valor menor para o conglomerado, segundo o Índice Bloomberg de Bilionários.
Eike perdeu o título de pessoa mais rica do Brasil no mês passado para Jorge Paulo Lemann, investidor da Anheuser-Busch InBev. Em 7 de dezembro, Eike recuperou o posto e, agora, está em terceiro lugar, atrás de Lemann e de Dirce Camargo, herdeira do setor de construção civil. O patrimônio de Eike está avaliado em US$ 12,7 bilhões, segundo o ranking da Bloomberg.
Ao vender 5,63 por cento do EBX Group Co. para a Mubadala Development Co., fundo soberano de Abu Dhabi, por US$ 2 bilhões em março, o bilionário brasileiro concordou em ceder uma fatia adicional de sua holding em 2019 se não entregar retorno anual de 5 por cento sobre o investimento do fundo, segundo uma pessoa com conhecimento do acordo.
Os termos publicados inicialmente sobre a transação avaliavam o conglomerado de Eike, de 56 anos, em US$ 35,5 bilhões. Com base no preço das ações das empresas de capital aberto em que o bilionário tem participação, na época do anúncio, o acordo avaliava as empresas fechadas de Eike em US$ 10,6 bilhões. O ranking da Bloomberg não considera mais esse prêmio às empresas fechadas porque os termos do acordo consideram um valor total menor para o grupo do bilionário.
Desconto em ativos
“Eu preferiria embutir um desconto bem grande nesses ativos sem ações em bolsa”, disse Ed Kuczma, que ajuda a administrar cerca de US$ 36,4 bilhões em ativos na Van Eck Associates Corp. e que não detém ações das empresas de Eike. “Elas não estão gerando fluxo de caixa e deve demorar para que isso aconteça. Dado o histórico recente das empresas abertas, se elas vierem ao mercado, investidores vão exigir um desconto.”
Após repetir várias vezes que se tornaria a pessoa mais rica do mundo, Eike agora está em 73º lugar. Ele chegou a ter patrimônio de US$ 34,5 bilhões no fim de março, após anunciar o acordo com a Mubadala. No ano, perdeu US$ 9,8 bilhões, mais do que qualquer outra pessoa no Índice Bloomberg de Bilionários, depois que o valor de suas empresas de recursos naturais e logística despencou em função de prejuízos, atrasos e metas de produção não cumpridas.
A EBX, sediada no Rio de Janeiro, não quis comentar a queda no patrimônio de Eike no levantamento da Bloomberg e fez referência ao e-mail enviado pelo empresário em 30 de novembro, quando ele perdeu o título de pessoa mais rica do País para Lemann.
“O Brasil merece ter mais brasileiros nessa lista”, disse Eike no e-mail.
As assessorias de imprensa da EBX e do Mubadala não quiseram comentar a estrutura do acordo entre as duas empresas e fizeram referência ao comunicado de março que anunciou o negócio.
Acordo com Mubadala
Pelos termos anunciados em março, a Mubadala adquiriu uma “participação acionária preferencial” no Centennial Asset Brazilian Equity Fund LLC e outros veículos de investimento no exterior de Eike. O acordo deu à Mubadala 5,63 por cento de cada participação de Eike em suas empresas de capital aberto e de capital fechado, além do mesmo percentual em qualquer novo empreendimento.
Em 2014, Eike terá opção de recomprar metade da fatia vendida à Mubadala, de acordo com a pessoa com conhecimento da operação, que pediu para não ter o nome revelado porque os detalhes são privativos. A pessoa não quis dizer como a meta de 5 por cento é mensurada.
A Mubadala liberou um empréstimo de 7,35 bilhões de dirhams (US$ 2 bilhões) garantido por “papéis listados e garantias” a uma terceira parter não identificada, de acordo com o balanço de resultados do fundo referente ao primeiro semestre. O acordo tem “retorno mínimo garantido”, vence em 2017 e pode ser prorrogado pela Mubadala por mais dois anos, de acordo com o documento.
Operação híbrida
Essa transação é a participação acionária preferencial na EBX e é computada como empréstimo por razões contábeis, de acordo com uma pessoa a par das finanças do fundo, que pediu para não ser identificada porque os detalhes do acordo não são públicos.
Dois bancos com conhecimento do acordo consideram a operação um híbrido entre ação e dívida, segundo duas outras pessoas. Um dos bancos, que financia a EBX, trata o acordo como empréstimo para fins de avaliação da qualidade de crédito do grupo de Eike, disse uma das pessoas.
Os termos completos do negócio ajudam a preservar o investimento da Mubadala se a EBX não crescer ou perder valor. Eles também colocam os ativos de Eike sob risco depois que o valor de mercado de suas empresas abertas caíram cerca de 50 por cento este ano.
Transparência
Os termos que acabam de ser revelados sobre a transação não implicam mais um valor de US$ 35,5 bilhões para o império de Eike, disseram Eric Conrads, da ING Investment Management, e Tim Hall, da Deltec Asset Management LLC, ambos baseados em Nova York.
“É provavelmente um pouco abaixo disso, já que os termos são diferentes”, disse Hall, que ajuda na gestão de mais de US$ 700 milhões em ativos e não detém ações das empresas de Eike. “Você gosta de ter total transparência quando alguém fecha um negócio. Ao mesmo tempo, a Mubadala está colocando dinheiro nele. Então, obviamente eles têm alguma confiança na capacidade de Eike de fazer o que prometeu.”
“Isso parece menos favorável a Eike do que só assinar um cheque”, disse Conrads, que administra US$ 750 milhões em ações latino-americanas e se recusou a dizer se administra ações das empresas do bilionário brasileiro. “Eike tem que dividir alguns dos frutos quando as ações vão bem e ele sofre mais quando caem. É assimétrico.”
Queda da OGX
Eike também vendeu uma fatia adicional de 0,8 por cento em ações preferenciais da EBX para a General Electric Co. por US$ 300 milhões em maio. A EBX não quis comentar se a transação foi estruturada da mesma forma que o negócio com a Mubddala.
As participações de Eike em companhias de capital aberto valem US$ 9 bilhões, após a venda de fatias para a Mubadala e par a GE. O maior ativo dele é a participação avaliada em US$ 4,2 bilhões na OGX Petróleo & Gás Participações SA, cujas ações acumulam queda de 66 por cento este ano depois que as metas iniciais de produção foram cortadas. As seis empresas de capital aberto de Eike tiveram prejuízo combinado de R$ 1,68 bilhão nos primeiros nove meses do ano, de acordo com dados compilados pela Bloomberg.
Reservas de ouro
“Todas as companhias de capital aberto do Grupo EBX vêm cumprindo seus planos de negócios”, com funding suficiente para os próximos anos, segundo nota enviada por e-mail. O grupo está capitalizado com cerca de US$ 9 bilhões em caixa e as companhias começarão, de forma crescente, a gerar receita a partir de 2013 e 2014, disse a EBX.
As injeções de capital planejadas na OGX, OSX Brasil SA e MMX Mineração & Metálicos SA “enfatizam a confiança do controlador nas companhias”, disse a EBX na nota.
Com o dinheiro dos acordos com a Mubadala e com a GE, Eike pretende investir até R$ 1,4 bilhão na MMX nos próximos meses. Ele também concordou em injetar US$ 1 bilhão na OSX e possivelmente mais US$ 1 bilhão na OGX nos próximos dois anos.
Eike é dono de reservas de ouro na Colômbia, administrada pela AUX. Em junho, ele informou ter vendido uma fatia de 49 por cento a um comprador cujo nome seria revelado em setembro. A participação restante dele na empresa de capital fechado foi avaliada na época com base na avaliação de US$ 4,1 bilhões informada pela Bloomberg News. Como a transação não foi concluída, Eike recebe crédito por toda a AUX.
Ventana Gold
Em maio, Eike disse a repórteres que a AUX tinha direito a 11 milhões de onças-troy de ouro. Com base nas demonstrações financeiras de duas pequenas empresas compradas por Eike em outubro, ele logo vai controlar os direitos a mais de 15,6 milhões de onças. A AUX é avaliada em US$ 1,7 bilhão, de acordo com dados compilados pela Bloomberg, com base no múltiplo do preço médio por onça e na relação entre o valor do negócio e a onça do ouro para a Beadell Resources Ltd., Torex Gold Resources Inc., Premier Gold Mines Ltd. e Continental Gold Ltd.
O patrimônio líquido de Eike também reflete a dívida assumida no ano passado para aquisição da Ventana Gold Corp., empresa que se tornou a AUX. A EBX revelou passivo de US$ 1,4 bilhão num e-mail enviado em fevereiro. Desde então, US$ 400 milhões desse valor foram pagos.
A LLX Logística SA, que tem o capital aberto, detém 70 por cento do Porto de Açu, no Estado do Rio de Janeiro. A fatia separada de Eike de 30 por cento no porto é avaliada em cerca de US$ 180 milhões, com base em estimativa do JPMorgan Chase & Co. feita em julho de 2011, de que o projeto compõe cerca de 60 por cento do valor total da LLX. A EBX forneceu a mesma estimativa este ano.
Carteira de investimentos
Eike tem, provavelmente, pelo menos US$ 1,85 bilhão em sua carteira de investimentos, de acordo com o ranking da Bloomberg. O total inclui impostos e gastos desde os acordos com a Mubadala e a GE, além dos ganhos estimados com a compra de uma participação na Burger King Worldwide Inc., que foi revelada pela EBX no mês passado.
O valor também inclui mais de US$ 300 milhões em imóveis comerciais, que são agrupados na REX e incluem dois hotéis, a Marina da Glória e um centro médico no Rio de Janeiro, assim como seus negócios iniciantes. Um deles é a IMX, que promove espetáculos do Cirque du Soleil e lutas do Ultimate Fighting Championship no Brasil; a SIX, empresa de tecnologia que vai invetir R$ 245 milhões em uma fábrica de semicondutores. Além disso, o valor incluiu suas propriedades pessoais, aviões, barcos e automóveis.
O Índice Bloomberg de Bilionários faz um cálculo para as pessoas mais ricas do mundo com base em mudanças no mercado e na economia e nas reportagens da Bloomberg News. Cada cálculo de patrimônio líquido é atualizado todo dia útil às 17:30 no horário de Nova York. As avaliações são feitas em dólares.