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FinanZero capta R$ 7,5 milhões para ampliar empréstimos pessoais no Brasil

Com proposta de oferecer empréstimos pessoais até a negativados, a fintech FinanZero já transacionou mais de R$ 1,2 bilhão em sete anos

Olle Widén, CEO da FinanZero: novos R$ 7,5 milhões para ampliar produtos de empréstimo pessoal (FinanZero/Divulgação)

Olle Widén, CEO da FinanZero: novos R$ 7,5 milhões para ampliar produtos de empréstimo pessoal (FinanZero/Divulgação)

Maria Clara Dias
Maria Clara Dias

Repórter de Negócios e PME

Publicado em 26 de abril de 2023 às 08h59.

A startup FinanZero, plataforma de crédito online, anunciou nesta quarta-feira, 26, a captação de 7,5 milhões de reais em sua sexta rodada de investimento. A captação atual foi liderada por três family offices da Suécia — a empresa não divulga os nomes dos novos acionistas.

O aporte acontece menos de um ano após a empresa levantar 22 milhões de reais em uma rodada seed envolvendo fundos como VEF, Webrock Ventures, Dunross & CO e Atlant Fonder.

 O que faz a FinanZero

Fundada em 2016, a FinanZero ganhou apelo entre os consumidores com a proposta de oferecer empréstimos pessoais em um marketplace, aos moldes de grandes plataformas de varejo como como Mercado Livre, Magazine Luiza e Amazon, mas com o diferencial de se limitar a linhas de crédito anunciadas por ali por bancos e financeiras.

Na plataforma, clientes podem fazer cotações de linhas de financiamento e comparar taxas de juros e mais condições de pagamento — até mesmo aqueles com nome negativado em empresas como SPC e Serasa

O modelo de negócio da fintech está baseado no pagamento de comissões pelos anunciantes interessados em captar “leads”, ou seja, contatos de pessoas que colocam ali seus dados e tornam-se potenciais tomadores.

Entre as 72 instituições financeiras conectadas à FinanZero estão bancos tradicionais como Itaú, Santander e Banco do Brasil e também as fintechs Creditas e Will Bank.  Já entre os principais produtos oferecidos pela fintech, estão as linhas de

  • refinanciamento de veículos
  • empréstimos com garantia de casa (home equity)
  • crédito consignado
  • crédito com garantia do FGTS
  • crédito com garantia de celular (operação ainda em fase inicial)

A cada mês, a FinanZero recebe algo como 3,5 milhões de visitantes em seu site e conta com uma base de 13 milhões de CPFs cadastrados. São números que saltam aos olhos para qualquer instituição financeira interessada na montanha de dados originados pela plataforma, especialmente em tempos de Open Finance, que pressupõe o compartilhamento de informações de clientes entre diferentes instituições financeiras.

Desde o início da operação, a FinanZero já recebeu 40 milhões de pedidos de empréstimo e intermediou 1,2 bilhão de reais em transações.

Quem está por trás do negócio

Por trás do comando da fintech está o sueco Olle Widén, atual CEO da empresa. Widén fundou a FinanZero ao lado do colega — e também sueco — Kristian Jacobsson e da gestora conterrânea Webrock Ventures. 

Mesmo tendo boa parte de sua operação concentrada na Suécia, a fintech adota o modelo de trabalho híbrido, com seus mais de 70 funcionários trabalhando em diferentes partes do mundo.

“A missão da FinanZero é descomplicar e facilitar o acesso ao crédito para todos os brasileiros oferecendo diversas opções de prazos e taxas para que o cliente possa comparar e escolher a melhor opção”, diz Widén.

Como a empresa vai usar o investimento

Com o aporte atual, a FinanZero pretende ampliar a linha de produtos de crédito à disposição de clientes O foco, segundo a empresa, está na expansão da oferta de crédito com garantia, com o lançamento de financiamento de veículos e imóveis ainda no primeiro semestre deste ano.

"Estamos confiantes que conseguiremos expandir os nossos produtos com ofertas competitivas em um momento mais adverso do cenário econômico atual”.

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