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Álbum da Panini é um dos poucos negócios de sucesso da Copa

Enquanto varejistas preocupam-se com a possível diminuição das vendas durante o mundial, fabricante dos álbuns de figurinha pode chegar a faturamento de R$ 1 bi

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Da Redação

Publicado em 3 de junho de 2014 às 12h34.

São Paulo - Há nove dias da estreia da Copa do Mundo , as empresas brasileiras ainda estão decidindo se o evento será bom ou ruim para seus negócios. Varejistas preocupam-se, por exemplo, com a possível queda das vendas no Dia dos Namorados , que coincidirá este ano com a abertura do Mundial.

Os feriados não programados podem atrapalhar muita gente e todos temem que possíveis manifestações afastem as pessoas das ruas - e das lojas, consequentemente.

A Panini, porém, é só sorrisos. A febre dos cromos se alastrou pelo Brasil, chegou até a presidente Dilma Rousseff e trará para a companhia um faturamento de até 1 bilhão de reais só com a venda de figurinhas.

O valor foi estimado com base nos 8 milhões de torcedores que a empresa espera que, até o fim do mundial, tornem-se colecionadores no Brasil.

Para dar conta de tamanha demanda, a fabricante exclusiva dos álbuns dobrou a capacidade de produção de sua fábrica no Brasil em relação à Copa de 2010, chegando a 9 milhões de envelopes por dia. Para isso, gastou 2,5 milhões de reais. Hoje, são 380 funcionários trabalhando, enquanto que no último mundial, este número não passou de 100.

A companhia italiana foi fundada em 1961 por quatro irmãos e destacou-se no segmento de figurinhas ao vendê-las em pacotes fechados, o que dava surpresa ao colecionador. Com a ideia original, a Panini ganhou presença em centenas de países e faturamento bilionário.

Hoje, tem unidades na Europa, nos Estados Unidos e na América Latina . No Brasil, ela está presente desde 1989 e a fábrica no país é responsável por exportar para quase todas as regiões latino-americanas.

São Paulo – Daqui pouco menos de um mês, um dos eventos mais esperados do mundo irá começar: a Copa do Mundo no Brasil. Empreendedores e pequenos empresários podem aproveitar o período do evento para faturar mais. De acordo com o Sebrae, as micro e pequenas empresas devem faturar 500 milhões de reais com a Copa. Para Mark Paladino, sócio do Instituto Aquila, consultoria em gestão avançada, é um pouco tarde, mas ainda dá tempo de planejar uma ação para o evento. “As empresas podem direcionar sua estratégia para absorver os turistas que estarão na cidade. Criar alguns eventos festivos de celebração, antes ou durante dos jogos”, explica. A recomendação para quem já se preparou e tem muita expectativa para faturar durante o próximo mês é clara: não deixe de monitorar. “Tem que ter uma gestão eficiente, acompanhar os resultados e observar a performance diariamente”, ensina Paladino. Veja seis exemplos de empresas de setores diversos que estão prontas para a Copa do Mundo no Brasil.
  • 2. Terraço Itália

    2 /8(Divulgação/Terraço Itália)

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    Um dos principais pontos turísticos do centro de São Paulo, o Terraço Itália atrai pela sua história e pela possibilidade de ver a capital do alto. André Marques, gerente geral do Terraço Itália, conta que o espaço recebe muitos eventos corporativos e que algumas empresas vão aproveitar a Copa para relacionar-se com seus clientes. Assim surgiu a ideia de um camarote para assistir aos jogos da Copa do Mundo no Bar do Terraço Itália. Cada ingresso custa 151 reais e dá direito a alguns petiscos. O local preparou ainda coquetéis inspirados em países do mundial. De acordo com Marques, a preparação para o evento inclui um reforço da equipe nos horários dos jogos e a instalação de telões e uma sonorização adequada. Até agora, o jogo que tem mais reservas é o do dia 23 de junho, entre Holanda e Chile. A expectativa é faturar 25% mais.
  • 3. Pub Crawl São Paulo

    3 /8(Divulgação/Pub Crawl São Paulo)

  • Os horários em que serão transmitidos os jogos da Copa do Mundo não serão o foco da estratégia do Pub Crawl São Paulo, que oferece tours gastronômicos e em baladas pela cidade. “Vamos focar na torcida”, resume Kyu Bill, um dos cinco sócios da empresa. “A cidade é a principal porta de entrada de turistas e é uma cidade sede. Vai ter um clima festivo, movimentação, e esse clima vai se estender fora dos jogos”, conta. A equipe dobrou, passando a 40 pessoas e, desde ano passado, a marca tem diversificado seus produtos. Os tours variam de 20 a 95 reais por pessoa. O faturamento esperado até o final do ano é de 1 milhão de reais, o dobro do ano passado. Hoje, a empresa trabalha com até sete eventos semanais. Bill explica que a alta temporada da empresa coincide com os meses do mundial. O Pub Crawl São Paulo espera atender, em média, cinco mil pessoas nesse período.
  • 4. Vuvuzela do Brasil

    4 /8(Divulgação/Vuvuzela do Brasil)

    O e-commerce Vuvuzla do Brasil começou suas operações no ano passado e a ideia de criar o negócio surgiu quando Eduardo Sani, consultor de marketing digital, estava preparando uma apresentação. “Ninguém vendia vuvuzela ainda no mercado e vi que o volume de pesquisas ainda era alto. Pesquisei e vi que não tinha nenhum site do tipo”, resume. Ele se uniu ao empreendedor Vinícius Prado Ramos e investiu 20 mil reais. A Copa das Confederações foi o teste da empresa e eles venderam 1,4 mil vuvuzelas. A estratégia da dupla é de investir em mídia online e anúncios no Google e Facebook. Além disso, a marca fez uma parceria com lojas físicas em São Paulo para vender produtos por consignação. No site é possível comprar não só vuvuzelas, mas também camisetas, perucas e cornetas. A maior demanda vem de empresas que estão comprando os produtos para ações de marketing. Nos próximos três meses, a expectativa é de faturar 180 mil reais. Mesmo após a Copa, o site estará no ar, pois os empreendedores querem aproveitar as Olimpíadas de 2016.
  • 5. Lush Motel

    5 /8(Divulgação/Lush Motel)

    Com a possível falta de hospedagem, o Lush Motel criou um formato especial para turistas, com cobrança por diária. Felipe Martinez, diretor de marketing da empresa, explica que o objetivo não é disputar com os hotéis, pois algumas regras do motel serão mantidas, como a proibição do acesso a menores de idade. “É voltado casais que buscam hospedagem, mas com um pouco de privacidade”, explica. O valor de uma diária varia de 360 reais a 1,5 mil reais, com café da manhã incluso. Até agora, foram confirmadas 37 reservas de estrangeiros. Durante a Copa, a fachada do motel será iluminada nas cores verde e amarelo e os chinelos também terão com o tema do evento. Além disso, a marca investiu em uma versão do site em inglês e contratou um professor de inglês para treinar a equipe. O investimento foi de 50 mil reais e a expectativa da empresa é que o faturamento cresça 10% em junho.
  • 6. Amazonas Brands

    6 /8(Divulgação/Amazonas Brands)

    A Amazonas Brands faz parte do Grupo Amazonas e firmou a parceria com a FIFA para desenvolver as sandálias oficiais da Copa do Mundo. A marca tem um mix de 39 chinelos especiais para o evento. Os modelos são inspirados no mascote oficial, o Fuleco, nas bandeiras de algumas seleções que participarão do mundial, na taça e nas cidades sedes como o Rio. A expectativa de vendas é de 1 milhão de pares e o aumento de produção foi de 28%. Os chinelos podem ser encontrados nas lojas oficiais da FIFA e os preços partem de 29,90 reais.
  • 7. Seven Idiomas

    7 /8(Divulgação/Seven Idiomas)

    Fundada em 1987, a Seven Idiomas é especializada no ensino do inglês e espanhol. Em 2012, a marca desenvolveu um curso pensando nos eventos como Copa das Confederações, Copa do Mundo e Olímpiadas. De acordo com o CEO da empresa, Steven Beggs, as aulas foram pensadas para que os alunos aprendessem estruturas essenciais para se comunicar com turistas e situações que cada tipo de profissional terá que vivenciar. A empresa treinou cerca de 500 pessoas, como os funcionários do Airport Bus Service. A carga horária do treinamento é de 100 horas e o curso custa, em média, 2 mil reais por aluno. A abordagem das aulas depende das necessidades da empresa contratante.
  • 8. Agora, veja mais sobre empreendedorismo

    8 /8(Buda Mendes/Getty Images)

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