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Fibria vê demanda dos EUA e da Europa em 2014 com otimismo

São Paulo - A Fibria vê com otimismo a perspectiva de demanda de celulose dos Estados Unidos e da Europa, com a recuperação de suas economias, e acredita que as preocupações por uma desaceleração na China são de curto prazo. "Os volumes para EUA e Europa devem ser bastante bons este ano. E na China, […]


	Fibria: empresa divulgou na noite da véspera um prejuízo líquido de 185 milhões de reais no quarto trimestre, pressionada pelo variação cambial e pelo aumento da despesas
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Fibria: empresa divulgou na noite da véspera um prejuízo líquido de 185 milhões de reais no quarto trimestre, pressionada pelo variação cambial e pelo aumento da despesas (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 30 de janeiro de 2014 às 13h53.

São Paulo - A Fibria vê com otimismo a perspectiva de demanda de celulose dos Estados Unidos e da Europa, com a recuperação de suas economias, e acredita que as preocupações por uma desaceleração na China são de curto prazo.

"Os volumes para EUA e Europa devem ser bastante bons este ano. E na China, a gente acredita que a preocupação é muito de curto prazo", afirmou o diretor comercial de logística internacional da Fibria, Henri Philippe van Keer, em teleconferência com jornalistas nesta quinta-feira.

A empresa divulgou na noite da véspera um prejuízo líquido de 185 milhões de reais no quarto trimestre, pressionada pelo variação cambial e pelo aumento da despesas com imposto de renda pela adesão ao Refis. A produção de celulose da companhia no período caiu 1 por cento na comparação anual, a 1,358 milhão de toneladas, enquanto as vendas caíram 5 por cento na mesma base de comparação.

Segundo van Keer, as perspectivas para Europa estão melhores que o esperado.

O presidente da fabricante, Marcelo Castelli, acrescentou que a entrada em operação de novas máquinas de papéis no mundo também melhora a perspectiva para demanda em 2014.

"Apesar do início da operação de novas fábricas (de celulose), a previsão de melhora das economias dos EUA e Europa, combinada com novas máquinas de papel que entraram em operação em 2013, devem suportar aumento no nível de demanda", disse ele, durante teleconferência com analistas.

Castelli também afirmou que os impactos que seriam sentidos na demanda com a entrada em operação de novas fábricas do insumo deverão ser sentidos mais tarde do que o esperado inicialmente pela empresa.


Além da fábrica da Suzano no Maranhão, apenas na região do Mercosul o setor tem registrado uma série de novos projetos. A Eldorado Celulose deu início à expansão de fábrica no Mato Grosso do Sul, enquanto a chilena Copec e a finlandesa Stora Enso preparam a entrada em operação de uma unidade no Uruguai.

Questionados sobre as possíveis pressões nos preços de celulose com o aumento da capacidade no setor, os executivos da Fibria ressaltaram que apesar da influência da empresa, uma das líderes na produção de celulose de eucalipto, ela não determina os preços.

"A Fibria tem papel importante, mas se o preço cair vamos acompanhar essa queda", disse van Keer, acrescentando que a empresa está com dificuldades em implementar completamente o aumento de 20 dólares por tonelada feito em janeiro.

"A gente realmente está tentando implementar nosso anúncio de 20 dólares para janeiro. Não está sendo nada fácil. Mas a gente vê que os volumes estão fluindo. Algum tipo de aumento está sendo conseguido", disse ele GRAU DE INVESTIMENTO No início de 2013, a Fibria afirmou que um de seus objetivos era conquistar o grau de investimento por parte de agências de classificação de risco. Embora isso não tenha acontecido no ano passado, a fabricante ressaltou que já atingiu as métricas para obter a nota.

"Já atingimos métricas financeiras suficientes para obter grau de investimento, mas as agências mudaram suas metodologias este ano e tem a questão que elas geralmente querem fazer uma avaliação se esse resultado é pontual ou se vai se manter", disse o diretor financeiro e de relações com investidores, Guilherme Cavalcanti, evitando dar uma estimativa de quando a Fibria obterá a nota.

Novos projetos

Sobre novos projetos da empresa, o presidente Marcelo Castelli afirmou que a decisão de iniciar uma nova linha de produção em Três Lagoas (MS) não afeta os planos para o porto de celulose Portocel (ES).

"Seguimos com intenção positiva de viabilzar o projeto. A Fibria e o sócio Cenibra continuam engajados. Estamos avançando muito e revendo o plano de investimentos para tomar decisão quando tiver clareza dos marcos regulatórios." O projeto via a expansão da capacidade portuária da empresa para exportação, em joint-venture com a Cenibra no Portocel, especializado em celulose.

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