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Fiat suspende 1,8 mil funcionários por falta de peças para produzir

Fábrica de Betim (MG) terá redução no segundo turno até janeiro, mas não será completamente paralisada

Betim: fábrica produz os modelos Argo, Doblò, Grand Siena, Mobi, Strada e Uno (Fiat/Divulgação)
GA

Gabriel Aguiar

Publicado em 30 de setembro de 2021 às 14h48.

Última atualização em 30 de setembro de 2021 às 15h17.

Nem mesmo a Fiat, que conquistou a liderança do mercado em plena pandemia, conseguiu escapar da falta de componentes e suspendeu cerca de 1.800 funcionários na fábrica de Betim (MG). E, mesmo com os afastamentos, a empresa manterá os dois turnos de produção e não será totalmente fechada – será a terceira vez que reduções acontecem no grupo Stellantis desde o ano passado.

Essa readequação no ritmo de produção da Fiat é sutil comparada às últimas interferências, que tiveram paralisação completa de um turno durante dez dias no último mês de agosto; dez dias de férias coletivas em abril; além de paralisação completa das linhas, durante 48 dias, entre abril e meio do ano passado. E, desta vez, a previsão é de que olayoffseja mantido por três meses, até janeiro.

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Todos os funcionários envolvidos terão postos preservados pelo grupo Stellantis durante o afastamento – definido por acordo coletivo – e salário integral para quem recebe até 3.500 reais (e reduções a quem tem salário acima deste teto). Também haverá qualificação profissional, com aulas virtuais e bolsa de 70 reais para internet; planos de saúde; e estabilidade proporcional a esse período.

Paralisações nas fábricas

A Volkswagen também reduziu, temporariamente, a produção em Taubaté (SP) com férias coletivas para 800 funcionários – equivalente a um turno da fábrica. E outra unidade da empresa, em São Bernardo do Campo (SP) também aderiu à iniciativa, com interrupção de dois turnos durante dez dias. De acordo com o fabricante, não há previsão de quando o fornecimento de peças será normalizado.

Valorização dos carros usados

Com gargalos na produção de carros novos durante a pandemia, o mercado de seminovos e usados está aquecido. Prova disso é que boa parte dos modelos tiveram valorização acima da inflação neste período, puxados pelos zero-quilômetro – influenciados também pelo aumento das commodities e do dólar. Mas, segundo especialistas, esse também é o melhor momento para quem quer vender .

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