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Ferreira não comenta sobre licença no Conselho da Petrobras

O diretor-presidente da Vale afirmou que não iria se pronunciar sobre a licença que pediu do Conselho de Administração da Petrobras


	Murilo Ferreira, presidente da Vale: comportamento do executivo mostrou uma mudança de tom em relação a teleconferência da Vale realizada no último trimestre
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Murilo Ferreira, presidente da Vale: comportamento do executivo mostrou uma mudança de tom em relação a teleconferência da Vale realizada no último trimestre (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2015 às 20h59.

Rio de Janeiro - O diretor-presidente da Vale, Murilo Ferreira, afirmou nesta quinta-feira que não iria se pronunciar sobre a licença que pediu do Conselho de Administração da Petrobras, após ser questionado durante teleconferência com jornalistas.

O comportamento do executivo mostrou uma mudança de tom em relação a teleconferência da Vale realizada no último trimestre, quando disse a jornalistas que estava "muito motivado" para fazer parte de "um time de muito respeito" no Conselho da petroleira.

Na ocasião, Ferreira teceu elogios a outros integrantes do Conselho da Petrobras e também destacou como motivação ter a oportunidade de trabalhar para contribuir para melhorar a gestão na Petrobras, envolvida em um escândalo bilionário de corrupção, que envolve empreiteiras, ex-executivos e políticos.

"Com relação a Petrobras, eu estou em uma call da Vale, eu não pretendo me manifestar sobre o assunto da Petrobras no dia de hoje", afirmou Ferreira, nesta quinta, ao ser questionado sobre os motivos que o levaram a pedir uma licença da empresa.

Ferreira havia assumido a posição na estatal no final de abril, quando o governo federal permitiu uma mudança quase completa no Conselho.

A licença do executivo termina em 30 de novembro e ele ainda não se manifestou se irá retornar ou não. O presidente da Petrobras, Aldemir Bendine, por sua vez, já afirmou publicamente mais de uma vez que espera o retorno de Ferreira ao Conselho.

Em setembro, uma fonte próxima da situação disse à Reuters que a volta de Ferreira dependeria de uma mudança de postura da Diretoria Executiva sobre como conduzir a companhia em um momento de crise, com preços baixos do petróleo, falta de clareza na política de reajustes de combustíveis e um dólar forte, que afeta a dívida da estatal em moeda estrangeira.

Ao final daquele mês, a Petrobras surpreendentemente elevou os preços da gasolina em 6 por cento e os do diesel em 4 por cento.

MOMENTO POLÍTICO DO BRASIL

Ferreira também comentou o atual momento político do país.

"Nós olhamos com preocupação a falta de entendimento para a construção de uma agenda positiva no Congresso Nacional, acreditamos que uma série de medidas precisam ser tomadas, algumas são óbvias... como o caso do ajuste fiscal, que precisa ter uma boa vontade de todos os lados para que se chegue a um número razoável, mas não está limitado a isso", afirmou.

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