Amil: a tendência é que ocorram aquisições em linha com a feita pela americana UnitedHealth que comprou a operadora Amil (Divulgação)
Da Redação
Publicado em 10 de dezembro de 2014 às 12h04.
São Paulo - A necessidade de se ter escala para suprir os riscos no setor de saúde suplementar afasta novos entrantes no mercado para iniciar operações do zero, mas estimula o movimento de fusões e aquisições, segundo o presidente da Federação Nacional de Saúde Suplementar (FenaSaúde).
"É preciso escala para diluir risco. Essa necessidade faz com que o mercado brasileiro não tenha novos entrantes. No passado, o transplante era um risco catastrófico, do ponto de vista técnico, hoje é um procedimento recorrente", avaliou ele, em conversa com jornalistas, nesta quarta-feira, 10.
A tendência, na opinião de Coriolano, é que ocorram aquisições em linha com a feita pela americana UnitedHealth que comprou a operadora brasileira Amil por cerca de R$ 6,5 bilhões em outubro de 2012. Segundo ele, o segmento de saúde complementar não registrou mudanças de impacto negativo com a chegada da estrangeira.
Ele comemorou, contudo, o ingresso da seguradora espanhola Mapfre no seguro saúde. A companhia já vinha estudando este segmento e anunciou esta semana o ingresso no segmento.
Outras companhias como, por exemplo, a americana Metlife já demonstraram interesse em passar a atuar no segmento de saúde, entretanto, a complexidade do segmento que, conforme Coriolano, exige escala afasta novos players.
Uma companhia que também enxerga o setor de saúde com bons olhos é a BB Seguridade, holding que controla os negócios de seguros do Banco do Brasil. A seguradora começou a vender seguro odontológico este ano e procura um parceiro para atuar em saúde. Recentemente, estava fazendo um projeto piloto com a SulAmérica. Em 2010, a BB Seguridade vendeu o restante do capital da sua seguradora de saúde, a Brasilsaúde, para a SulAmérica no âmbito da reestruturação que fez nos negócios de seguros e que resultaram na abertura do seu capital.