Executivos de tecnologia discordam sobre vigor da recuperação
Mercado europeu de produtos de tecnologia da informação subiu em 4% no primeiro semestre
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.
Hamburgo - Importantes executivos de empresas de bens eletrônicos de consumo, reunidos em uma feira comercial, ofereceram opiniões divergentes sobre a sustentabilidade da recuperação econômica da Europa.
"No que tange à Europa, vimos desenvolvimento positivo", disse o presidente-executivo da Navigon, fabricante de sistemas de navegação, Egon Minar, à Reuters durante a IFA, a maior feira de eletrônica da Europa.
O mercado europeu de produtos de tecnologia da informação subiu em 4 por cento no primeiro semestre do ano e a tendência deve se manter pelo restante de 2010, informou o grupo de pesquisa de mercado GfK na sexta-feira.
"Pelo restante do ano, o crescimento talvez não seja tão rápido quando no segundo trimestre, mas ainda assim será firme", disse Minar.
O presidente da divisão de eletrodomésticos da LG Electronics, Young-Ha Lee, e o responsável pela operação da Panasonic na Europa, Laurent Abadie, adotaram tom ligeiramente mais otimista.
"Esperamos ver uma ligeira recuperação na Europa no segundo semestre, ante o primeiro", disse Lee.
Abadie declarou que "existem diversas tendências de recuperação na Europa, e algumas delas são muito perceptíveis na Alemanha".
O Banco Central Europeu ainda antecipa uma recuperação moderada e irregular, disse o presidente da instituição, Jean-Claude Trichet, na semana passada.
A Alemanha - maior economia da Europa - cresceu no segundo trimestre no ritmo mais acelerado desde a reunificação, e mais de duas vezes acima da média geral da zona do euro, enquanto alguns de seus parceiros enfrentam o risco de nova recessão.
O presidente-executivo da fabricante de equipamentos de som Harman International Industries, Dinesh Paliwal, disse não ver sinais de outra recessão na economia mundial.
"Há quem diga que a probabilidade de uma nova recessão supera os 50 por cento, mas discordo", disse.
"Uma contração na Alemanha? Não vejo. E tampouco na China", afirmou Paliwal, acrescentando que uma causa de incerteza se referia a novos impostos e mudanças de regulamentação, especialmente nos Estados Unidos.
"No momento, muitas empresas com bilhões em reservas de caixa estão esperando para ver", disse. Para ele, mais clareza quanto ao futuro ajudaria no planejamento das empresas.
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