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Ex-presidente da Azul vai comandar a portuguesa TAP

Antonoaldo Neves já é membro dos conselhos executivo e administrativo da companhia aérea portuguesa

TAP: Neves substituirá o também brasileiro Fernando Pinto, que estava no cargo havia 17 anos e liderou o processo de privatização da companhia (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

TAP: Neves substituirá o também brasileiro Fernando Pinto, que estava no cargo havia 17 anos e liderou o processo de privatização da companhia (Wikimedia Commons/Wikimedia Commons)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 12 de janeiro de 2018 às 08h14.

São Paulo - O ex-presidente da Azul Antonoaldo Neves assumirá o comando da companhia aérea TAP a partir de fevereiro.

O brasileiro já é membro dos conselhos executivo e administrativo da empresa portuguesa, na qual é responsável pela área comercial desde agosto do ano passado.

Neves substituirá o também brasileiro Fernando Pinto, que estava no cargo havia 17 anos e liderou o processo de privatização da companhia.

O nome de Neves, que deverá ser aprovado em reunião do conselho no dia 31 de janeiro, é sugestão da Atlantic Gateway, consórcio de Humberto Pedrosa e do fundador da Azul, David Neeleman.

No ano passado, quando Neves deixou a empresa brasileira, umas das justificativas nos bastidores da Azul era que Neeleman queria um homem de confiança em Portugal.

Desde que Neves chegou à TAP, já se comentava que ele sucederia Fernando Pinto, hoje com 68 anos. Em carta a funcionários da TAP a qual o Estado teve acesso, Pinto afirmou que permanecerá como assessor da companhia pelos próximos dois anos.

"A TAP é hoje três vezes maior do que quando eu aqui cheguei e cresceu muito também neste dois anos de privatização. (...)Saio com a certeza de que a empresa está numa rota de crescimento. O nosso caminho é crescer. E irei acompanhar esse crescimento de perto, uma vez que continuarei ligado à companhia nos próximos dois anos enquanto assessor da TAP", escreveu o executivo, que também já presidiu a Varig.

Desafios

Pinto destacou ainda as dificuldades que enfrentou enquanto esteve à frente da empresa aérea - o brasileiro assumiu o comando da TAP quanto a então estatal estava à beira da falência.

"Foram 15 anos (até a privatização) de sobrevivência. Sobreviver à falta absoluta de capital, às imensas flutuações cambiais, à reestruturação da frota e por fim à chegada das low cost (de baixo custo)."

A TAP encerrou 2017 com 14,3 milhões de passageiros transportados - 21,7% a mais que no ano anterior. Em 2016, a empresa teve um prejuízo de ¤ 27,7 milhões, um recuo diante do resultado negativo de ¤ 156 milhões de 2015. O resultado do ano passado ainda não foi divulgado.

Em 2016, a Azul investiu cerca de US$ 100 milhões em títulos conversíveis em ações preferenciais da TAP, o que fez com que a companhia brasileira passasse a deter 40% do capital da portuguesa. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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