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EUA rejeita proposta de taxar gigantes da tecnologia

Washington não deve apoiar proposta francesa de taxar Google, Facebook, Amazon e Apple por volume de transações

Google: uma das companhias que devem ser taxadas pelo volume de vendas na França (Justin Sullivan/Getty Images)

Google: uma das companhias que devem ser taxadas pelo volume de vendas na França (Justin Sullivan/Getty Images)

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AFP

Publicado em 14 de outubro de 2017 às 17h30.

Última atualização em 14 de outubro de 2017 às 17h30.

O secretário americano do Tesouro, Steven Mnuchin, anunciou neste sábado que Washington não apoia uma proposta da França de taxar quatro gigantes da tecnologia - Google, Apple, Facebook e Amazon - por seu volume de transações.

"Acho que o conceito de impostos sobre o volume de vendas não tem sentido, e acho que não é a direção correta", disse Mnuchin à imprensa à margem da reunião entre o FMI e o Banco Mundial.

O ministro francês das Finanças, Bruno Le Maire, defendeu esta semana em Washington a proposta de seu governo de taxar os gigantes tecnológicos da Internet por seu volume de vendas e não por seus lucros.

Essa mudança se propõe a evitar que as gigantes da tecnologia aproveitem lacunas nos códigos tributários dos 28 países da União Europeia, que em alguns casos lhes permite pagar quantidade ínfimas de impostos.

Mas Mnuchin descartou na sexta-feira apoiar essa iniciativa e reafirmou que sua prioridade no Tesouro americano é impulsionar uma reforma tributária.

"As empresas americanas são taxadas em todo o mundo. São taxadas em outras jurisdições. Então não é que as companhias de Internet não sejam taxadas", disse Mnuchin.

No entanto, admitiu que "quando se paga taxas no exterior recebe um crédito tributário nos Estados Unidos".

O funcionário americano assinalou que a questão das taxas "surgiu com inúmeros ministros das Finanças" durante as reuniões do FMI e do Banco Mundial, que terminam neste sábado, em Washington.

"Esperamos ter debates produtivos sobre isso", assinalou.

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