Negócios

Apresentado por CIEE

96% dos estagiários consideram a experiência fundamental para o desenvolvimento profissional

Segundo levantamento do CIEE, o programa é responsável por formar talentos e contribui para a permanência dos estudantes nos bancos escolares

[17:30] Gabriella Sandoval Empregabilidade: 56% do total de participantes dos estágios intermediados pelo CIEE foram efetivados (Getty Images/Divulgação)

[17:30] Gabriella Sandoval Empregabilidade: 56% do total de participantes dos estágios intermediados pelo CIEE foram efetivados (Getty Images/Divulgação)

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Publicado em 29 de fevereiro de 2024 às 09h00.

Última atualização em 29 de fevereiro de 2024 às 09h14.

O CEO da maior ONG de inclusão e empregabilidade da América Latina, o CIEE, Humberto Casagrande, fez dois estágios na vida, os quais classifica como fundamentais para o desenvolvimento de sua carreira. O primeiro, em uma fábrica de compressores de geladeiras, foi na área de engenharia de produção, na qual se formou. O segundo foi no Itaú e na área financeira, onde fez carreira. "O estágio ajuda tanto a abrir portas para o primeiro emprego quanto a confirmar a vocação profissional de cada um", diz Casagrande, que foi efetivado pelo banco. "Precisei estagiar na área de engenharia de produção para descobrir que não é a minha praia".

"O estágio ajuda tanto a abrir portas para o primeiro emprego quanto a confirmar a vocação profissional de cada um"

Humberto Casagrande, CEO do CIEE

De acordo com pesquisa do CIEE, 78% dos estagiários avaliam de maneira positiva o programa. "Na última década, a maneira como os estagiários são vistos no Brasil mudou muito", observa Casagrande. "Foi-se o tempo em que eram classificados como mão de obra barata ou como profissionais que só serviam para trazer café, buscar papel ou desempenhar funções do tipo. Agora, de maneira geral, são classificados como profissionais de alto nível e que aprendem fazendo".

Não à toa, muitas empresas enxergam o estágio como uma ferramenta para ajudar na seleção de talentos permanentes. "É uma espécie de test-drive", compara o CEO do CIEE. "Além de treinar os estagiários e confirmar os chamados hard skills, os gestores conseguem atestar, ao longo do estágio, também os soft skills, que podem fazer toda a diferença. Um profissional altamente capacitado, porém, desagregador, pode não interessar a muitas companhias. Com o estágio, fica mais fácil evidenciar qualidades e defeitos".

Os expressivos dados comprovam que para as empresas, investir nos programas de estágio é muito mais que dar uma oportunidade, mas sim tem se mostrado uma ferramenta de seleção e retenção de talentos a médio e longo prazo absolutamente vencedora.

Ombudsman do Itaú Unibanco, Ricardo Oréfice começou a trabalhar na instituição há 24 anos – como estagiário. "A experiência me deu a oportunidade de propor ideias e participar da revisão de processos, o que me permitiu exercer algumas habilidades essenciais que estava aprendendo na faculdade de engenharia de produção", recorda ele. "Pude interagir, ouvir e aprender com muitas pessoas, o que foi um privilégio. O estágio foi fundamental para eu exercer minha posição atual, cuja função é garantir o cuidado e o respeito às pessoas".

No Itaú Unibanco, a evolução dos estagiários é conferida semestralmente e envolve feedbacks recorrentes. "Em toda a jornada há o incentivo da troca constante entre a equipe, o líder e o estagiário", resume Oréfice. "Nosso foco é preparar os estagiários para ocupar posições de entrada e lidar com desafios futuros da organização. O banco e o CIEE têm um objetivo em comum: a inclusão produtiva e o desenvolvimento dos estudantes, proporcionando uma experiência transformadora".

Como a maior organização do Brasil quando o tema é estágio, o CIEE foi fundado antes da instauração da Lei do Estágio e foi pioneiro no país no tema. Com mais de 60 anos de atuação e com toda evolução tecnológica e a reformulação de processos e inovações ocorrida nos últimos anos, hoje é responsável pelo ingresso no mercado de trabalho de mais de 300 mil estagiários, contando com 3 milhões de currículos cadastrados.

Prêmio CIEE Melhores Programas de Estágio

Para estimular as companhias a orientarem seus estagiários corretamente, a ONG de inclusão e empregabilidade criou o Prêmio CIEE Melhores Programas de Estágio, cuja 14ª edição foi anunciada em maio de 2023 e terá sua 15ª edição em 17 de outubro de 2024.

Neste prêmio, os estagiários avaliam seus empregadores, convém esclarecer, de maneira anônima. "Não há nenhuma lei que obrigue as empresas a contratar estagiários", lembra Rodrigo Dib, superintendente institucional do CIEE. "Elas optam por considerá-los altamente produtivos e possíveis profissionais no futuro. Daí o interesse no desenvolvimento deles o quanto antes."

Diretora de RH da Oracle Brasil, Milena Almeida se formou como tradutora e intérprete de inglês e fez estágio nessa área. "Entrei em sala de aula como auxiliar de professora, o que me fez ver que não era aquilo que eu queria", conta ela. "Depois disso, fui trainee na área de tradução, o que me abriu muitas portas e me ajudou a chegar aonde estou".

Milena virou uma entusiasta dos estágios. "São uma etapa profissional fundamental", classifica. "Fazem com que as pessoas que estão começando tenham um vislumbre da empresa e da profissão. Na Oracle, os estagiários passam por diversas áreas para aprenderem e para conhecerem melhor o futuro profissional".

Impacto no orçamento

De acordo com a pesquisa, 11% dos estagiários eram os únicos responsáveis pelo sustento da família em 2022 – o maior índice registrado desde 2019 69% dos estagiários contribuem com o sustento da família

Quanto tempo pode durar o estágio?

Pelas regras atuais, o estágio pode durar no máximo 24 meses. O tempo médio, porém, é de 15 meses e a média da bolsa-auxílio é de R$ 1.012,11.

A pesquisa do IPEC constatou que 11% dos estagiários eram os únicos responsáveis pelo sustento da família em 2022 – o maior índice registrado desde 2019. "Cada vez mais, o estágio tem um peso maior nos orçamentos das famílias", observa o superintendente institucional do CIEE.

O início da carreira Diz Ana Cecília Simões, diretora de Talentos da Vivo: "Meu período de estágio foi fundamental para adquirir conhecimentos e colocar em prática o que eu estava vendo na faculdade. Me possibilitou passar por diferentes áreas, descobrir meus interesses e direcionar minhas habilidades e esforços para onde eu desejei ir. Tive a oportunidade de trabalhar com pessoas muito experientes e que me ensinaram e orientaram, contribuindo muito para meu desenvolvimento profissional e pessoal. Na Vivo, desenvolvemos nossos estagiários para que eles assumam posições efetivas na companhia e tenham uma boa trajetória profissional."

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