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Estácio e Kroton: corrida na bolsa

Quando a rede educacional Estácio divulgar seus resultados trimestrais hoje, dois grupos de inveditores acompanharão com especial interesse. No começo de julho, o conselho da companhia aprovou a venda para a maior concorrente, a Kroton, num negócio de 5,5 bilhões de reais. Acontece que a venda só será concluída com o aval do Cade, o […]

Kroton: ações da empresa e de outras educacionais registram perdas  (Germano Lüders/Exame)

Kroton: ações da empresa e de outras educacionais registram perdas (Germano Lüders/Exame)

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Da Redação

Publicado em 10 de agosto de 2016 às 19h10.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 19h18.

Quando a rede educacional Estácio divulgar seus resultados trimestrais hoje, dois grupos de inveditores acompanharão com especial interesse. No começo de julho, o conselho da companhia aprovou a venda para a maior concorrente, a Kroton, num negócio de 5,5 bilhões de reais. Acontece que a venda só será concluída com o aval do Cade, o conselho de defesa da concorrência. O processo pode levar até um ano.

Até lá, os números da Estácio vão servir de balizador para mostrar se o negócio saiu caro, barato, ou no preço justo. No segundo trimestre do ano passado, a Estácio manteve o lucro na casa dos 132 milhões de reais. Agora, de acordo com analistas, deve apresentar lucros entre 110 e 125 milhões reais, além de um faturamento de 851 milhões – 10% a mais do que 12 meses atrás.

Amanhã é a vez de a Kroton, a compradora, divulgar seus resultados. Ela deve apresentar uma receita de 1,36 bilhão, 3,6% menor do que no mesmo trimestre do ano passado, além de um lucro por de 493 milhões de reais. Se o resultado se confirmar, será uma alta de 18,5% em seu lucro. Ou seja, enquanto os ganhos da Estácio devem diminuir, os da Kroton continuam avançando.

Caso a tendência se mantenha ao longo dos próximos trimestres, o medo de investidores dos dois lados do balcão é que se repita o que aconteceu quando a Kroton comprou a Anhanguera, em 2013. Naquela ocasião, o Cade demorou mais de um ano para aprovar o negócio. Enquanto isso, os resultados da Kroton melhoraram muito mais que os da Anhanguera, o que levou os compradores a exigir uma revisão nos termos – eles acabaram conseguindo.

Para evitar que a situação se repita, e acelerar o processo, executivos da Kroton já falam em voluntariamente abrir mão da área de ensino à distância da Estácio. Após as divulgações de hoje e de amanhã, um dos dois lados vai ter ainda mais pressa.

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