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Eneva eleva em até 47% remuneração dos administradores

Apesar de votos contrários, o aumento foi aprovado pela maioria dos acionistas em assembleia realizada nesta terça-feira, 30, no Rio de Janeiro

Eneva: montante global anual da remuneração dos administradores passa de R$ 8,5 mi para até R$ 12,5 mi (Divulgação)
DR

Da Redação

Publicado em 30 de dezembro de 2014 às 19h57.

Rio - Em recuperação judicial e com dívidas de R$ 2,33 bilhões, a Eneva , empresa de energia controlada pela alemã E.ON e pelo empresário Eike Batista, decidiu elevar em até 47% a remuneração dos administradores.

Apesar de votos contrários, o aumento foi aprovado pela maioria dos acionistas em assembleia realizada nesta terça-feira, 30, no Rio de Janeiro.

Uma das justificativas apresentadas para a mudança foi "reter e motivar os membros da administração diante das dificuldades enfrentadas" pela empresa.

Em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), são citados ainda "esforços empreendidos pelos membros da administração ao longo dos últimos meses, com o objetivo de concretizar a estabilização financeira da companhia".

Outro argumento levantado para a remuneração mais alta foi a reestruturação administrativa da companhia, que, segundo a empresa, gerou reflexos nas composições do Conselho de Administração e da diretoria.

De acordo com a Eneva (ex-MPX), o montante global anual da remuneração dos administradores - fixada em Assembleia Geral Ordinária de 28 de abril de 2014 - passa de R$ 8,5 milhões para até R$ 12,5 milhões.

O valor irá vigorar até a Assembleia Geral Ordinária a ser realizada em 2015.

A reunião hoje teve a presença de acionistas que representam 74% do capital social da Eneva.

O empresário Eike Batista, que possui 20%, participou da reunião por meio de uma representante.

Os acionistas também ratificaram na assembleia o pedido de recuperação judicial. A solicitação foi apresentada no último dia 9, na Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro.

O processo inclui a holding Eneva S.A. e sua controlada Eneva Participações.

No último dia 16, a 4ª Vara Empresarial do Rio aprovou o processamento da recuperação. O plano, com proposta de pagamento dos credores, será apresentado em até 60 dias após o deferimento da recuperação.

Os acionistas aprovaram também a eleição de novos membros para o conselho, com mandato unificado aos demais integrantes até a realização da assembleia geral ordinária de 2015.

Os eleitos foram Fabio Hironaka Bicudo e Adriano Carvalhê do Castello Branco Gonçalves. O conselho ficou com cinco integrantes, com alteração do número mínimo de membros - anteriormente eram oito.

Sem acordo

O pedido de recuperação ocorreu após a não revalidação do acordo para suspender a amortização e o pagamento de juros de operações financeiras contratadas pela companhia com os credores, expirado em novembro.

Em comunicado divulgado à época, a empresa disse que a decisão teve objetivo de preservar condições de caixa adequadas para a continuidade das atividades da companhia.

A posição de caixa e equivalentes, em 30 de novembro, era de R$ 78,3 milhões.

As sete usinas termelétricas operadas pela empresa, que tem faturamento superior a R$ 2 bilhões, não foram incluídas no processo e continuam operando normalmente.

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Rio - Em recuperação judicial e com dívidas de R$ 2,33 bilhões, a Eneva , empresa de energia controlada pela alemã E.ON e pelo empresário Eike Batista, decidiu elevar em até 47% a remuneração dos administradores.

Apesar de votos contrários, o aumento foi aprovado pela maioria dos acionistas em assembleia realizada nesta terça-feira, 30, no Rio de Janeiro.

Uma das justificativas apresentadas para a mudança foi "reter e motivar os membros da administração diante das dificuldades enfrentadas" pela empresa.

Em documento enviado à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), são citados ainda "esforços empreendidos pelos membros da administração ao longo dos últimos meses, com o objetivo de concretizar a estabilização financeira da companhia".

Outro argumento levantado para a remuneração mais alta foi a reestruturação administrativa da companhia, que, segundo a empresa, gerou reflexos nas composições do Conselho de Administração e da diretoria.

De acordo com a Eneva (ex-MPX), o montante global anual da remuneração dos administradores - fixada em Assembleia Geral Ordinária de 28 de abril de 2014 - passa de R$ 8,5 milhões para até R$ 12,5 milhões.

O valor irá vigorar até a Assembleia Geral Ordinária a ser realizada em 2015.

A reunião hoje teve a presença de acionistas que representam 74% do capital social da Eneva.

O empresário Eike Batista, que possui 20%, participou da reunião por meio de uma representante.

Os acionistas também ratificaram na assembleia o pedido de recuperação judicial. A solicitação foi apresentada no último dia 9, na Comarca da Capital do Estado do Rio de Janeiro.

O processo inclui a holding Eneva S.A. e sua controlada Eneva Participações.

No último dia 16, a 4ª Vara Empresarial do Rio aprovou o processamento da recuperação. O plano, com proposta de pagamento dos credores, será apresentado em até 60 dias após o deferimento da recuperação.

Os acionistas aprovaram também a eleição de novos membros para o conselho, com mandato unificado aos demais integrantes até a realização da assembleia geral ordinária de 2015.

Os eleitos foram Fabio Hironaka Bicudo e Adriano Carvalhê do Castello Branco Gonçalves. O conselho ficou com cinco integrantes, com alteração do número mínimo de membros - anteriormente eram oito.

Sem acordo

O pedido de recuperação ocorreu após a não revalidação do acordo para suspender a amortização e o pagamento de juros de operações financeiras contratadas pela companhia com os credores, expirado em novembro.

Em comunicado divulgado à época, a empresa disse que a decisão teve objetivo de preservar condições de caixa adequadas para a continuidade das atividades da companhia.

A posição de caixa e equivalentes, em 30 de novembro, era de R$ 78,3 milhões.

As sete usinas termelétricas operadas pela empresa, que tem faturamento superior a R$ 2 bilhões, não foram incluídas no processo e continuam operando normalmente.

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