EXAME.com (EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h41.
Está marcada para o final do julho a estréia da venda de energia elétrica no pregão da Bolsa de Valores do Rio de Janeiro. A princípio, os consumidores poderão fechar contratos de um mês, mas o plano é que, aos poucos, esse prazo seja prolongado, e até ser negociado no mercado futuro.
O convênio que deu origem à negociação em pregão foi assinado nesta quinta-feira (9/6) entre a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F) e a Associação Brasileira dos Agentes Comercializadores de Energia Elétrica (Abraceel).
Segundo o presidente da Abraceel, Paulo Cezar Coelho Tavares, a iniciativa dará maior transparência e credibilidade ao mercado livre de energia elétrica. "O pregão vai expandir a liqüidez neste segmento, diminuindo os riscos para o comprador", disse Tavares.
A negociação livre de energia elétrica começou no final de 2002, na esteira da desregulamentação do setor. Em 2003, contratos desse tipo que permitem a negociação de valores, de acordo com a demanda do cliente movimentou 1 000 megawatts. No mês passado, chegou a 7 400 megawatts, ou seja, 16% de todo o consumo de energia elétrica no país. Tavares estima que o mercado movimente 10 bilhões de reais por ano.
Mesmo com contratos de curto prazo, ele acredita que será possível ao consumidor proteger-se de eventuais sustos no mercado. "Além disso, o preço da energia no mercado livre chega a ser 40% do praticado no mercado regulado", disse o presidente da Abraceel.
Na estréia, o leilão de energia elétrica funcionará no sistema viva-voz, mas a previsão é de que depois de 90 dias ele seja substituído pelo pregão eletrônico.