Empresa russa quer ajudar Bolívia a vender ureia para o Brasil
Em reunião com autoridades bolivianas, executivo da Acron disse que tem interesse de investir na indústria de adubos dos países sul-americanos
EFE
Publicado em 27 de março de 2018 às 22h02.
A empresa russa Acron manifestou interesse em ajudar a Bolívia a vender no mercado latino-americano, sobretudo no Brasil, a ureia produzida na principal petroquímica do país sul-americano.
O interesse foi manifestado pelo vice-presidente da Acron, Vladimir Kantor, em reunião com o ministro de Hidrocarbonetos da Bolívia, Luis Alberto Sánchez, segundo um comunicado divulgado pela pasta nesta terça-feira.
"Estamos estudando várias oportunidades de investimento na América Latina, e uma matéria-prima da produção de adubos é o gás natural, por isso debatemos com o ministro as oportunidades do fornecimento de gás e outras oportunidades", disse Kantor, segundo a nota.
O executivo russo afirmou que no encontro foram abertas "várias oportunidades de negócios" entre a Acron e a estatal YPFB, entre elas a possibilidade de "investir juntos na indústria de adubos no Brasil e na Bolívia", assim como a opção de distribuição de ureia na região.
"Neste campo, a Acron tem experiência, e nos dá muita satisfação ver estas oportunidades junto com a YPFB", acrescentou.
Segundo Kantor, o Brasil é "um dos mercados-chave da América Latina" e é um destino potencial para a ureia boliviana.
"A Acron está presente neste mercado há 15 anos com a comercialização de adubos, por isso conhecemos os distribuidores locais e estamos vendo que há um grande aumento da demanda", afirmou.
A empresa russa trabalha na distribuição de adubos em mais de 60 países, incluindo Rússia, China, Estados Unidos e Brasil. Além disso, tem uma experiência de mais de 50 anos na construção, melhoria e operação de plantas de amoníaco.
O governo boliviano oficializou em janeiro um contrato com a empresa suiça Keytrade para vender 335 mil toneladas anuais de ureia para o Brasil, com o qual espera obter mais de US$ 100 milhões em receita. EFE