Rodrigo Dessaune, da ISH Tecnologia: aposta em inteligência artificial integrada às ferramentas de segurança (Divulgação/Divulgação)
Publicado em 8 de dezembro de 2025 às 11h31.
Última atualização em 8 de dezembro de 2025 às 11h33.
A ISH Tecnologia ajuda empresas a protegerem seus dados, sistemas e operações digitais contra ataques, invasões, fraudes e qualquer tipo de risco tecnológico. Mas, antes de se tornar uma gigante do setor, a empresa percorreu um longo caminho.
O administrador Rodrigo Dessaune fundou o negócio em 1996, num cenário completamente diferente do atual.
Para se ter uma ideia, a internet chegou no Brasil de forma acadêmica apenas em 1988, e o acesso comercial ao público em geral foi liberado só em 1995. Foi justamente nesse momento que ele enxergou uma oportunidade.
“A tecnologia era muito incipiente. Mas pensei que um dia seria algo importante e que queria seguir por esse caminho”, diz.
Ele conta que começou a trabalhar com tecnologia muito cedo. “Quando tinha 16 anos, fui emancipado para montar a minha primeira empresa. E antes disso eu já trabalhava informalmente”, relembra.
O primeiro empreendimento de Dessaune era focado em desenvolvimento de software e processamento de dados. Com o tempo, o negócio passou a atuar com consultoria.
Até que a internet começou a chegar às empresas brasileiras. Nesse momento, ele decidiu deixar o desenvolvimento e focar em conectividade e segurança. Vendeu a empresa e criou a ISH Tecnologia, com mais um sócio.
Segundo ele, o trabalho consistia em explicar às companhias que a tecnologia seria o futuro. A equipe apresentava soluções, indicava o que deveria ser comprado, implementava e ajudava a disseminar o uso internamente.
Hoje, a empresa figura no ranking EXAME Negócios em Expansão 2025, o maior anuário de empreendedorismo do país, na categoria de companhias com receita entre R$ 300 milhões e R$ 600 milhões.
Em 2024, a companhia teve receita operacional líquida de R$ 487 milhões, alta anual de 12%.A ISH Tecnologia trabalha para proporcionar “paz de espírito” aos clientes, como define Dessaune. Na prática, protege qualquer ativo digital que a empresa possua.
Isso envolve diversas frentes, como garantir que sistemas nunca fiquem fora do ar; impedir acessos indevidos de pessoas externas, como hackers ou concorrentes; e evitar riscos internos, seja por malícia de funcionários ou por erros operacionais. A empresa também ajuda os clientes a cumprir normas e regulamentações necessárias.
A principal oferta da ISH é avaliar o grau de maturidade cibernética de cada empresa e recomendar melhorias.
“É o que chamamos de jornada. Sugerimos, implementamos ferramentas e treinamos o cliente para operá-las”, explica Dessaune, que ocupa o cargo de chairman da empresa.
A companhia também opera essas ferramentas remotamente, monitora 24 horas por dia o que acontece dentro das instalações do cliente e corrige ou reporta o problema, dependendo do contrato.
Há ainda o Safe Labs, uma unidade de pesquisa e desenvolvimento para criar soluções próprias.
Com três escritórios (em Vitória, onde a empresa nasceu, em Brasília e em São Paulo), a ISH Tecnologia atende cerca de 600 clientes de todos os portes, incluindo pequenas e médias empresas que passaram a perceber a necessidade de proteção. Entre os setores mais atendidos estão bancos, seguros, varejo e healthcare.Além disso, possui 800 colaboradores, atende todos os estados do Brasil e também clientes nos Estados Unidos e na América Latina.
Sobre o futuro, Dessaune diz que o setor de tecnologia, especialmente o de segurança, sofre com um déficit de profissionais qualificados, o que impacta não só a ISH Tecnologia, mas também seus clientes.
A principal novidade para os próximos meses será uma automação ainda maior dos serviços. A empresa está ampliando o uso de inteligência artificial integrada às ferramentas de segurança, o que deve facilitar o treinamento em novas tecnologias e acelerar respostas a incidentes.
A ISH Tecnologia também avalia internacionalizar a operação. Hoje, atende a América Latina e Estados Unidos por meio de vendas indiretas, ou seja, vende serviços no Brasil e, se o cliente tem subsidiária fora, executa o trabalho lá.
“Estamos planejando entrar de forma direta em países da América do Sul”, comenta o executivo.
O ranking EXAME Negócios em Expansão é uma iniciativa da EXAME e do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME).
O objetivo é encontrar as empresas emergentes brasileiras com as maiores taxas de crescimento de receita operacional líquida ao longo de 12 meses.
Em 2025, a pesquisa avaliou as empresas que mais conseguiram expandir receitas ao longo de 2024. A análise considerou negócios com faturamento anual entre 2 milhões e 600 milhões de reais.
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