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Embraer tem prejuízo devido a volume fraco de entregas e baixa contábil

Terceira maior fabricante de aeronaves comerciais do mundo teve um prejuízo líquido de 40,1 milhões de reais no primeiro trimestre

Embraer: transição para uma nova geração de jatos comerciais também elevou os custos e comprometeu a demanda (Germano Luders/Exame)
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Reuters

Publicado em 27 de abril de 2018 às 10h58.

São Paulo - A Embraer reportou nesta sexta-feira um prejuízo líquido devido ao volume mais fraco de entregas e baixas contábeis com jatos usados, conforme as atividades de vendas foram pouco movimentadas em meio às negociações para uma aliança com a norte-americana Boeing.

A terceira maior fabricante de aeronaves comerciais do mundo teve um prejuízo líquido de 40,1 milhões de reais no primeiro trimestre, ante lucro líquido de 168,5 milhões de reais no mesmo período de 2017, de acordo com o balanço.

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Em dezembro, Boeing e Embraer anunciaram que estavam negociando uma "potencial combinação" e confirmaram neste mês que o acordo pode envolver uma nova companhia para produção de jatos comerciais, excluindo as operações de defesa da empresa brasileira e, talvez, sua unidade de aviões executivos.

As ações da Embraer subiram mais de 40 por cento desde a divulgação do início das conversas com a Boeing, mas as grandes encomendas continuaram no limbo, conforme as companhias aéreas aguardam para ver se a norte-americana vai integrar os E-jatos regionais em sua linha de produção, trazendo possíveis vantagens e economias de custo.

A transição da Embraer para uma nova geração de jatos comerciais também elevou os custos e comprometeu a demanda pela família anterior de aeronaves.

A carteira de pedidos firmes, excluindo contratos de serviços, recuou para 18,1 bilhões de dólares no primeiro trimestre, de 18,3 bilhões de dólares em dezembro e pico de 22,9 bilhões de dólares em junho de 2015.

Com base em novo método contábil, incluindo contratos de serviço e suporte, a carteira de pedidos firmes -referência da receita futura da companhia- somou 19,5 bilhões de dólares ao fim de março.

A receita líquida da Embraer caiu 5 por cento em relação ao mesmo período de 2017 devido ao número menor de entregas de jatos executivos e comerciais, parcialmente compensado por uma alta de 63 por cento no faturamento da divisão de defesa.

Com menos receita em geral para diluir os custos fixos, o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) da companhia recuou para 292,9 milhões de reais, ante 354 milhões de reais nos três primeiros meses de 2017.

A Embraer ainda reportou despesas operacionais não recorrentes de 29,7 milhões de dólares, em parte causadas por expectativas de uma baixa contábil maior em seu portfólio de jatos comerciais.

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