Embraer mantém proposta de 6,07%, mesmo após greve
De acordo com o sindicato, a Embraer, maior metalúrgica do Estado, é a única a oferecer apenas a inflação como índice de reajuste salarial
Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2013 às 16h31.
São Paulo - Após uma tentativa de negociação entre o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) e representantes patronais do setor aeronáutico, não houve acordo na questão salarial, e a proposta de reajuste de 6,07% foi mantida, mesmo após a greve que interrompeu a produção da Embraer por quatro horas, na terça-feira, 8.
De acordo com o sindicato, a Embraer, maior metalúrgica do Estado, é a única a oferecer apenas a inflação como índice de reajuste salarial.
Segundo os trabalhadores, a proposta é um "desrespeito". A negociação foi realizada na manhã desta quinta-feira, 10, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que representa legalmente as empresas do setor aéreo na região.
"A proposta da Embraer é inaceitável e demonstra a intransigência da empresa", disse o vice-presidente do sindicato e trabalhador da Embraer, Herbert Claros da Silva. Conforme Silva, o objetivo da categoria agora é "avançar na mobilização e manter a união entre os trabalhadores". Ele afirmou não descartar nem mesmo novas paralisações. "A Embraer ficou de dar uma resposta, mas não deu prazo, enquanto isso, nós estamos mobilizando a categoria", reforçou.
Os trabalhadores querem 10% de reajuste sem estabelecimento de teto e renovação das cláusulas sociais com inclusão da redução da jornada de trabalho e eleição de delegado sindical. A Embraer afirmou que, "por iniciativa própria", repassou o reajuste da inflação de 6,07% aos trabalhadores desde setembro.
Após a paralisação da terça-feira, a empresa destacou a decisão em nota. "A negociação salarial da data-base 2013 com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região está a cargo da Fiesp. Embora não tenha havido acordo entre as partes até o momento, a Embraer decidiu antecipar, por mera liberalidade, a reposição do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do período já a partir do mês de setembro", diz o documento.
Na análise do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, no entanto, a reposição da inflação não significa aumento real e não há justificativa para que apenas os trabalhadores da Embraer fiquem sem reajuste. "Todas as empresas do Estado deram no mínimo 8% de reajuste. A empresa não tem desculpa. Estamos fazendo hora extra e o trabalhador não consegue entender por que ela não quer dar aumento", disse.
São Paulo - Após uma tentativa de negociação entre o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos (SP) e representantes patronais do setor aeronáutico, não houve acordo na questão salarial, e a proposta de reajuste de 6,07% foi mantida, mesmo após a greve que interrompeu a produção da Embraer por quatro horas, na terça-feira, 8.
De acordo com o sindicato, a Embraer, maior metalúrgica do Estado, é a única a oferecer apenas a inflação como índice de reajuste salarial.
Segundo os trabalhadores, a proposta é um "desrespeito". A negociação foi realizada na manhã desta quinta-feira, 10, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), que representa legalmente as empresas do setor aéreo na região.
"A proposta da Embraer é inaceitável e demonstra a intransigência da empresa", disse o vice-presidente do sindicato e trabalhador da Embraer, Herbert Claros da Silva. Conforme Silva, o objetivo da categoria agora é "avançar na mobilização e manter a união entre os trabalhadores". Ele afirmou não descartar nem mesmo novas paralisações. "A Embraer ficou de dar uma resposta, mas não deu prazo, enquanto isso, nós estamos mobilizando a categoria", reforçou.
Os trabalhadores querem 10% de reajuste sem estabelecimento de teto e renovação das cláusulas sociais com inclusão da redução da jornada de trabalho e eleição de delegado sindical. A Embraer afirmou que, "por iniciativa própria", repassou o reajuste da inflação de 6,07% aos trabalhadores desde setembro.
Após a paralisação da terça-feira, a empresa destacou a decisão em nota. "A negociação salarial da data-base 2013 com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região está a cargo da Fiesp. Embora não tenha havido acordo entre as partes até o momento, a Embraer decidiu antecipar, por mera liberalidade, a reposição do INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) do período já a partir do mês de setembro", diz o documento.
Na análise do presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, no entanto, a reposição da inflação não significa aumento real e não há justificativa para que apenas os trabalhadores da Embraer fiquem sem reajuste. "Todas as empresas do Estado deram no mínimo 8% de reajuste. A empresa não tem desculpa. Estamos fazendo hora extra e o trabalhador não consegue entender por que ela não quer dar aumento", disse.