Em forte expansão, Subway abre novo modelo de loja no Brasil
Além da mudança no visual das lojas e em sua marca, a Subway também deverá trazer novidades para o seu cardápio
Karin Salomão
Publicado em 22 de março de 2018 às 08h00.
Última atualização em 22 de março de 2018 às 08h00.
São Paulo – Com design mais claro, fresco e digital, o novo modelo de lojas da Subway chegou ao Brasil. Batizado de Fresh Foward, as lojas marcam um novo momento da rede no país.
Nos novos restaurantes , os ingredientes ganham mais destaque. Os pães ficam expostos em uma vitrine de vidro – antes, ficavam escondidos em um forno onde são aquecidos. Pimentões, tomates e outros legumes também ganham prateleiras como se estivessem em um supermercado.
Ao invés dos painéis fixos e banners, o menu e as promoções passam a ser exibidas em televisores. Também será possível fazer o pedido em totens digitais nas lojas de rua, que são maiores que as de shopping e representam 80% do total instalado no Brasil.
A transformação da marca começou nos Estados Unidos, país natal da empresa, em julho do ano passado. Desde então, o novo modelo chegou a 18 países, com 193 restaurantes prontos e 247 em fase de projeto ou reforma.
No Brasil, o modelo chegou primeiro a Belo Horizonte. A segunda unidade, que marcou o lançamento oficial da nova identidade, foi aberta no dia 20 de março no shopping Metrô Santa Cruz, em São Paulo.
O plano é reformar uma loja no novo modelo em cada grande região em que o Subway atua. “Dessa forma, os franqueados olham para a loja nova e se inspiram para investir na reforma da própria loja”, afirmou Leandro Florio, gerente de marketing para o Brasil.
Além da mudança no visual das lojas e em sua marca, a Subway também deverá trazer novidades para o seu cardápio. Além das opções de customização, há 16 sanduíches fixos. Deles, 11 são fixos para todos os países e cinco seguem os gostos regionais.
O de frango defumado com cream cheese, um dos mais populares por aqui, é exclusivo do país, por exemplo. “Enquanto nos Estados Unidos os sanduíches com frios, como presunto e peito de peru, são mais populares, aqui os consumidores preferem as opções com carne ou frango”, diz Florio.
Franqueados
Todos os 2.122 restaurantes da Subway no Brasil são franquias , administradas por cerca de mil franqueados. O investimento para abrir uma unidade Subway é de, pelo menos, 300 mil reais para uma unidade em um shopping, sem considerar o ponto físico. Lojas de rua, por serem maiores, também são mais caras.
As unidades que serão abertas a partir de agora já contarão com o novo modelo e as antigas serão reformadas aos poucos. O custo da transformação para o modelo Fresh Foward é de cerca de 100 mil reais, que deve ser investido pelo franqueado.
“A empresa ajuda o franqueado a encontrar linhas de crédito”, afirmou Paul Davis, diretor regional de marketing da Subway.
A reforma das lojas já está no contrato de licenciamento e deve ser feita a cada cinco anos, para renovar o visual. Por isso, Davis prevê que todos os restaurantes do Brasil estarão no novo formato no máximo até 2023.
Crescimento
A Subway chegou ao Brasil em 2002, mas teve uma expansão tímida nos seus primeiros anos. Em 2008, eram apenas 180 restaurantes. De lá para cá, elegeu o Brasil como uma de suas prioridades de desenvolvimento e cresceu mais de 10 vezes em uma década – hoje já são 2.122 unidades.
Com a expansão, o país passou a ser o quarto mercado mais importante para a rede, atrás dos Estados Unidos, Canadá e Reino Unido.
Para sustentar a expansão e garantir os melhores preços aos franqueados, as compras de suprimentos e matérias primas, inclusive alimentos, são feitos por uma cooperativa independente. A maior parte dos suprimentos, inclusive mobiliário de loja, é de origem nacional, o que deixa o preço mais barato.
“Trabalhamos muito para desenvolver fornecedores que pudessem nos atender, por conta do nosso volume”, afirmou Philippe de Frivel, presidente da cooperativa de compras dos franqueados para a América Latina, a IPC.
Depois de uma expansão acelerada, a rede está em um novo momento no país. Nos últimos dois anos, a companhia está reavaliando seu portfólio, cardápio e rede de restaurantes, para buscar maior eficiência, afirmou Davis, mas sem deixar de abrir novas unidades.