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Eletrobras receberá R$ 1 bilhão com a privatização da Celg-D

Empresa vai receber mais do que o mínimo estipulado, que era de R$ 913 milhões

Eletrobras: empresa afirmou que vai usar recursos para saldar dívidas e honrar compromissos (DIVULGACAO)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 30 de novembro de 2016 às 13h14.

São Paulo - O presidente da Eletrobras , Wilson Ferreira Junior, avaliou nesta quarta-feira, 30, que a privatização da distribuidora goiana Celg D é uma "demonstração importante de confiança no País" e vai gerar um recurso "muito importante" para a recuperação da companhia.

Conforme explicou, a Eletrobras receberá R$ 1,065 bilhão pela sua participação na Celg D, acima do valor mínimo de R$ 913 milhões.

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O executivo explicou que esses recursos serão utilizados para manter a adimplência com os investimentos e liquidar as dívidas, "em particular as caras e curtas que foram tomadas nos últimos dois ou três anos".

"(A venda das Celg) era parte importante do nosso plano estratégico (...) demos um passo importante de um conjunto de passos que estão delineados", disse, destacando que o trabalho segue agora para a privatização das demais seis distribuidoras - Boa Vista Energia S/A, Manaus Energia S/A, Companhia Energética de Alagoas (Ceal), Companhia de Eletricidade do Acre (Eletroacre), Centrais Elétricas de Rondônia S/A (Ceron) e Companhia Energética do Piauí (Cepisa).

"Era um passo importante, vencido. Tem outros e acho que estamos em um bom caminho", comentou. A companhia tem como meta reduzir sua alavancagem, para chegar em um patamar inferior a 4 vezes dívida líquida sobre Ebitda, ante as mais de 8 vezes anotadas em setembro.

Para isso, além de renegociar dívidas, a companhia deve avançar em seu plano de desinvestimentos, com o qual pretende arrecadar R$ 4,6 bilhões.

O executivo comentou que a ideia é vender "a minoria" das Sociedades de Propósito Específico (SPE), mas não revelou quais tendem a vender ou quais a companhia não pretende se desfazer.

Questionado sobre três aportes realizados pela União na estatal, que somam cerca de R$ 3 bilhões, na forma de Adiantamento para Futuro Aumento de Capital (AFAC), Ferreira Junior falou que não trabalha mais com essa perspectiva. "Agora temos que ir com as próprias perdas, mesmo", diz.

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