Electrolux inicia nova tentativa de criar casa inteligente
A Electrolux está retomando as tentativas da era pontocom de construir uma casa inteligente a partir dos eletrodomésticos
Da Redação
Publicado em 12 de março de 2015 às 22h09.
Estocolmo - A Electrolux AB está retomando as tentativas da era pontocom de construir uma casa inteligente a partir dos eletrodomésticos .
Empresas como Apple Inc. e Google Inc. estão ampliando as ofertas nessa área.
Neste ano, a companhia sueca vai começar a vender um forno que faz o download de instruções de como fazer carne assada através de um aplicativo de receitas.
Ele também filma a tarefa, para que os chefs do lar acompanhem o processo por uma tela enquanto conversam com os convidados.
Jan Brockmann, diretor operacional da Electrolux, disse que 2015 poderia ser o ano em que os eletrodomésticos finalmente se tornarão inteligentes, após décadas de tentativas frustradas.
Ele prevê que a empresa terá 10 por cento do mercado daqui a cinco anos, frente à participação atual de menos de 1 por cento.
“Neste ano haverá grandes lançamentos”, disse ele em referência ao mercado, em uma entrevista na sede da empresa em Estocolmo. “Isso realmente vai gerar volume e valor”.
A conexão de eletrodomésticos através de redes de dados poderia concretizar a perspectiva de casas automatizadas que existe desde a década de 1950 sem de fato passar dos protótipos e visões de ficção científica para os produtos de consumo rapidamente disponíveis.
As famílias nunca entenderam plenamente os benefícios de uma casa inteligente ou de um eletrodoméstico conectado, disse Michael Wolf, analista do setor da NextMarket Insights em Seattle e autor do boletim informativo Smart Home Weekly.
Embora alguns produtos simplesmente adicionem recursos de rede e conectividade “por amor à tecnologia”, os preços estão caindo e o software está melhorando a ponto de poder oferecer um valor tangível, disse ele.
Centro de automação
“Acho que a cozinha passará por um crescimento significativo nos próximos anos”, disse Wolf em entrevista por telefone.
Google colocou a Nest Labs, uma fabricante de termostatos que a empresa comprou no ano passado por US$ 3,2 bilhões, no cerne da oferta de automação residencial. Entre seus parceiros estão a Whirlpool Corp., a Mercedes Benz e a fabricante de fechaduras inteligentes Kwikset Corp. A Apple, por sua vez, está trabalhando no HomeKit, um conceito para controlar diversos produtos eletrônicos domésticos por meio de seus aparelhos.
A Electrolux teve sua quota de fracasso nesse campo. No fim da década de 1990, a maior fabricante de eletrodomésticos da Europa uniu forças com a fabricante de equipamentos de rede Ericsson AB para desenvolver produtos como uma geladeira que possui uma tela integrada. Brockmann disse que embora certos conhecimentos adquiridos com os produtos continuem vigentes, o empreendimento em si foi descartado alguns anos depois.
Eletrodomésticos conectados
Nos 15 anos que se passaram, a tecnologia se progrediu enormemente e a iniciativa de desenvolver padrões que facilitem a conexão de todos os aparelhos a um único sistema nunca esteve tão forte, disse Brockmann. Assim, a televisão poderia avisar se a porta da geladeira estiver aberta.
Para a Electrolux, os eletrodomésticos conectados fazem parte de uma estratégia mais ampla que visa estabelecer laços mais estreitos com os consumidores. O novo forno está conectado a um aplicativo que possui uma comunidade em que os clientes podem se vincular a outros e compartilhar suas experiências na cozinha.
“Se você comprar um produto conectado, teremos uma relação diferente da que teríamos em uma compra com um único contato”, disse Brockmann. “Conheceremos muito melhor suas necessidades. Poderemos lhe oferecer coisas mais direcionadas, você poderá nos dizer o que pensa”.
Com fome
A automação residencial não está livre de problemas iniciais. Críticas devastadoras foram feitas a instalações que praticamente só frustraram os usuários. Há alguns anos, a Electrolux participou de um projeto piloto em uma nova região de Estocolmo onde os aparelhos eram testados para economizar energia e simplificar a vida de uma família.
Depois de alguns incidentes, como sensores que desligavam o forno da cozinha enquanto a família estava esperando com fome na sala de jantar, ou luzes que apagavam se as pessoas não se mexessem o suficiente enquanto assistiam à televisão, a economia de energia estimada foi de apenas 12 coroas (US$ 1,40) por mês.
“Quanto mais coisas forem conectadas, maior será o risco de confundir os consumidores”, disse Brockmann. “A solução precisa ser um ecossistema comum, com padrões de comunicação seguros e sintonizados”.
Estocolmo - A Electrolux AB está retomando as tentativas da era pontocom de construir uma casa inteligente a partir dos eletrodomésticos .
Empresas como Apple Inc. e Google Inc. estão ampliando as ofertas nessa área.
Neste ano, a companhia sueca vai começar a vender um forno que faz o download de instruções de como fazer carne assada através de um aplicativo de receitas.
Ele também filma a tarefa, para que os chefs do lar acompanhem o processo por uma tela enquanto conversam com os convidados.
Jan Brockmann, diretor operacional da Electrolux, disse que 2015 poderia ser o ano em que os eletrodomésticos finalmente se tornarão inteligentes, após décadas de tentativas frustradas.
Ele prevê que a empresa terá 10 por cento do mercado daqui a cinco anos, frente à participação atual de menos de 1 por cento.
“Neste ano haverá grandes lançamentos”, disse ele em referência ao mercado, em uma entrevista na sede da empresa em Estocolmo. “Isso realmente vai gerar volume e valor”.
A conexão de eletrodomésticos através de redes de dados poderia concretizar a perspectiva de casas automatizadas que existe desde a década de 1950 sem de fato passar dos protótipos e visões de ficção científica para os produtos de consumo rapidamente disponíveis.
As famílias nunca entenderam plenamente os benefícios de uma casa inteligente ou de um eletrodoméstico conectado, disse Michael Wolf, analista do setor da NextMarket Insights em Seattle e autor do boletim informativo Smart Home Weekly.
Embora alguns produtos simplesmente adicionem recursos de rede e conectividade “por amor à tecnologia”, os preços estão caindo e o software está melhorando a ponto de poder oferecer um valor tangível, disse ele.
Centro de automação
“Acho que a cozinha passará por um crescimento significativo nos próximos anos”, disse Wolf em entrevista por telefone.
Google colocou a Nest Labs, uma fabricante de termostatos que a empresa comprou no ano passado por US$ 3,2 bilhões, no cerne da oferta de automação residencial. Entre seus parceiros estão a Whirlpool Corp., a Mercedes Benz e a fabricante de fechaduras inteligentes Kwikset Corp. A Apple, por sua vez, está trabalhando no HomeKit, um conceito para controlar diversos produtos eletrônicos domésticos por meio de seus aparelhos.
A Electrolux teve sua quota de fracasso nesse campo. No fim da década de 1990, a maior fabricante de eletrodomésticos da Europa uniu forças com a fabricante de equipamentos de rede Ericsson AB para desenvolver produtos como uma geladeira que possui uma tela integrada. Brockmann disse que embora certos conhecimentos adquiridos com os produtos continuem vigentes, o empreendimento em si foi descartado alguns anos depois.
Eletrodomésticos conectados
Nos 15 anos que se passaram, a tecnologia se progrediu enormemente e a iniciativa de desenvolver padrões que facilitem a conexão de todos os aparelhos a um único sistema nunca esteve tão forte, disse Brockmann. Assim, a televisão poderia avisar se a porta da geladeira estiver aberta.
Para a Electrolux, os eletrodomésticos conectados fazem parte de uma estratégia mais ampla que visa estabelecer laços mais estreitos com os consumidores. O novo forno está conectado a um aplicativo que possui uma comunidade em que os clientes podem se vincular a outros e compartilhar suas experiências na cozinha.
“Se você comprar um produto conectado, teremos uma relação diferente da que teríamos em uma compra com um único contato”, disse Brockmann. “Conheceremos muito melhor suas necessidades. Poderemos lhe oferecer coisas mais direcionadas, você poderá nos dizer o que pensa”.
Com fome
A automação residencial não está livre de problemas iniciais. Críticas devastadoras foram feitas a instalações que praticamente só frustraram os usuários. Há alguns anos, a Electrolux participou de um projeto piloto em uma nova região de Estocolmo onde os aparelhos eram testados para economizar energia e simplificar a vida de uma família.
Depois de alguns incidentes, como sensores que desligavam o forno da cozinha enquanto a família estava esperando com fome na sala de jantar, ou luzes que apagavam se as pessoas não se mexessem o suficiente enquanto assistiam à televisão, a economia de energia estimada foi de apenas 12 coroas (US$ 1,40) por mês.
“Quanto mais coisas forem conectadas, maior será o risco de confundir os consumidores”, disse Brockmann. “A solução precisa ser um ecossistema comum, com padrões de comunicação seguros e sintonizados”.